Bytedance promete seguir leis chinesas e manter TikTok para usuários dos EUA
Companhia afirma que continuará oferecendo o aplicativo nos Estados Unidos em conformidade com exigências legais da China
247 – A empresa chinesa Bytedance anunciou neste sábado que seguirá avançando em seus trabalhos em conformidade com os requisitos legais da China e manterá o TikTok em operação para usuários norte-americanos. A notícia foi publicada pelo jornal chinês Global Times e divulgada em uma postagem no WeChat da companhia.
Segundo a nota, a Bytedance destacou que “aprecia a preocupação com o TikTok demonstrada pelos líderes dos dois países” e assegurou que continuará oferecendo o serviço ao grande número de usuários nos Estados Unidos. A companhia frisou que todo o processo de manutenção e adequação do aplicativo seguirá as determinações da legislação chinesa.
Importância estratégica do TikTok nos Estados Unidos
O TikTok, que já ultrapassa a marca de 170 milhões de usuários norte-americanos, tem sido alvo de intensos debates políticos e regulatórios em Washington. O governo dos Estados Unidos, liderado pelo presidente Donald Trump, tem questionado os vínculos do aplicativo com a China, levantando preocupações sobre privacidade de dados, segurança nacional e influência em processos democráticos.
Apesar das tensões, a posição divulgada pela Bytedance reforça a intenção de manter o aplicativo disponível no mercado norte-americano, destacando tanto sua relevância social quanto sua importância econômica. O comunicado buscou sinalizar confiança a usuários, investidores e autoridades de que a empresa seguirá dentro da legalidade, mas sem abrir mão de sua soberania em relação às leis chinesas.
Repercussões globais
A decisão de manter o TikTok nos Estados Unidos é acompanhada de perto em todo o mundo, já que a plataforma se tornou uma das principais redes sociais globais, especialmente entre o público jovem. Especialistas avaliam que o posicionamento da Bytedance é também um recado político: de um lado, mostra respeito à legislação chinesa; de outro, assegura ao público americano que a plataforma não será interrompida.
O impasse entre regulações nacionais e o alcance global das big techs deve seguir como tema central nos próximos meses, especialmente diante das eleições presidenciais americanas e da crescente competição tecnológica entre Estados Unidos e China.