Brasil vai “aplaudir a iniciativa” de plano de paz em Gaza, diz Mauro Vieira
Iniciativa proposta pelos EUA que prevê cessar-fogo e libertação de reféns
247 - O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, declarou nesta quarta-feira (1) que o Brasil receberá com entusiasmo a proposta de paz apresentada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para encerrar os confrontos na Faixa de Gaza. Segundo o chanceler, o governo brasileiro vê o documento como uma oportunidade de colocar fim à escalada de violência na região.
Vieira participou de audiência na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN), na Câmara dos Deputados. O ministro compareceu ao colegiado para prestar esclarecimentos sobre diferentes temas ligados à política externa brasileira.
Apoio público à iniciativa
Vieira afirmou que o Itamaraty não apenas acolhe a iniciativa, como pretende externar essa posição de forma imediata. “O Brasil está acompanhando. Somente ontem no final de tarde tomamos conhecimento do plano que foi lançado. Sem dúvida nenhuma vamos aplaudi-lo publicamente, e possivelmente ainda no dia de hoje, porque o objetivo do plano é justamente o que nós sempre defendemos desde o início do conflito”, disse o ministro.
Ele reforçou que a posição brasileira é de apoio integral à tentativa de pacificação. “Sem dúvida nenhuma o Brasil aplaude a iniciativa e fazemos votos de que ela surta efeito, que seja aceita por todas as partes”, acrescentou.
Principais pontos do plano de paz
A proposta elaborada pelo governo norte-americano apresenta 20 condições para um cessar-fogo imediato. Entre as medidas estão a libertação de reféns em até 72 horas, a criação de um “Conselho da Paz” e o estabelecimento de um governo provisório sob supervisão internacional.
Caso seja implementado nos termos anunciados, o plano resultaria na interrupção das operações militares, na liberação de prisioneiros e na abertura de um processo de reconstrução e de transição política na Faixa de Gaza.
Posição de Israel e apoio dos EUA
Na coletiva de apresentação, Donald Trump ressaltou que Israel terá total respaldo de Washington caso o Hamas rejeite os termos. O presidente dos Estados Unidos destacou ainda que o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, não hesitará em tomar medidas unilaterais se considerar necessário.