Brasil repudia ataque de Israel que matou civis palestinos em fila por água
Governo brasileiro cobra investigação após ofensiva israelense em al-Nuseirat que fez dezenas de vítimas civis, incluindo mulheres e crianças
247 - O governo brasileiro manifestou forte repúdio às recentes ações militares de Israel na Faixa de Gaza, que resultaram na morte de dezenas de civis palestinos, com destaque para o alto número de mulheres e crianças entre as vítimas.
No episódio mais recente, ocorrido no campo de refugiados de al-Nuseirat, crianças foram atingidas por um bombardeio israelense enquanto aguardavam na fila para coletar água potável para suas famílias. Segundo reconhecido pelas próprias Forças Armadas de Israel, o ataque foi provocado por um “erro técnico”.
Para o Brasil, os efeitos dessas operações violam as obrigações impostas à potência ocupante pelo Direito Internacional Humanitário e exigem investigações rigorosas para apuração de responsabilidades.
O Itamaraty ainda lamentou que esse massacre se some às cerca de 800 mortes já registradas nas últimas seis semanas, especialmente em áreas próximas a postos de ajuda humanitária controlados por Israel.
“Mais uma vez, civis inocentes são vítimas da ação militar israelense contra áreas densamente povoadas e em filas de ajuda humanitária”, alertou o governo.
Diante do agravamento da crise humanitária na região, o Brasil voltou a exigir um cessar-fogo imediato. O apelo inclui o fim das hostilidades, a libertação dos reféns israelenses em poder do Hamas e a garantia de entrada irrestrita de ajuda humanitária em Gaza.istência humanitária.
Leia aíntegra da nota do Itamaraty:
"O governo brasileiro condena as operações israelenses realizadas, nos últimos dias, na Faixa de Gaza, que resultaram em dezenas de mortes, com alto número de mulheres e crianças palestinas entre elas. No episódio mais recente, no campo de refugiados de al-Nuseirat, crianças foram mortas em um ataque aéreo israelense enquanto faziam fila para coletar água potável para si e para suas famílias. As forças militares israelenses admitiram a autoria do ataque e o atribuíram a “erro técnico”.
As consequências de tais ações são incompatíveis, à luz do Direito Internacional Humanitário, com as obrigações da potência ocupante e devem ser objeto de investigações com vistas à devida apuração de responsabilidades.
O Brasil lamenta, ademais, que tais mortes venham a somar-se às cerca de 800 acumuladas nas últimas seis semanas, ocorridas junto a postos de ajuda humanitária em Gaza controlados pelo governo israelense.
Mais uma vez, civis inocentes são vítimas da ação militar israelense contra áreas densamente povoadas e em filas de ajuda humanitária.
O governo brasileiro reafirma, nesse contexto, seu apelo por um cessar-fogo imediato, que garanta a cessação das hostilidades, a libertação dos reféns israelenses em poder do Hamas e o fluxo desimpedido de assistência humanitária."