Bombardeiros B-2 são mobilizados pelos EUA enquanto Trump ameaça atacar o Irã
Aeronaves com capacidade de lançar superbombas deixaram base no Missouri e podem estar a caminho de Diego Garcia, elevando a tensão com Teerã
247 - Ao menos dois bombardeiros furtivos B-2 Spirit decolaram da base aérea de Whiteman, no Missouri (EUA), neste sábado (21), rumo ao oeste, numa ação que indica nova escalada militar dos Estados Unidos em direção ao Irã.
A medida ocorre dias após o presidente Donald Trump afirmar, na última quinta-feira (19), que decidirá “em até duas semanas” se os EUA irão se unir oficialmente a Israel nos ataques contra o Irã.
A mobilização foi registrada por monitores de tráfego aéreo, que identificaram a decolagem das aeronaves mesmo com sua tecnologia de furtividade — na fase inicial do voo, seus sistemas de localização ainda estavam ativos. Junto aos B-2, oito aviões-tanque KC-135 também levantaram voo, o que sugere uma missão de longo alcance, com potencial ofensivo.
A ameaça da superbomba GBU-57
O B-2 Spirit é a única aeronave do arsenal norte-americano capaz de lançar a GBU-57, conhecida como a "superbomba" ou “bunker buster”. Trata-se de um artefato de 13,6 toneladas projetado para penetrar mais de 60 metros de solo antes de explodir, sendo capaz de destruir bunkers subterrâneos reforçados. Cada bombardeiro pode transportar duas dessas ogivas. Nenhum país aliado, incluindo Israel, possui armamentos semelhantes.
A capacidade de ataque dessas aeronaves, combinada ao envio de três grupos de porta-aviões dos EUA ao Oriente Médio, representa um salto na capacidade de ofensiva contra instalações nucleares protegidas, como as localizadas nas montanhas de Fordow, no Irã.
Destino provável: Diego Garcia
Embora o destino exato dos bombardeiros ainda não tenha sido oficialmente confirmado, fontes abertas indicam que eles podem estar sendo transferidos para a base militar de Diego Garcia, no Oceano Índico. A localização oferece uma vantagem estratégica: permite alcançar o território iraniano com apoio de reabastecimento aéreo, sem sobrevoar países terceiros — ao contrário do que ocorreria a partir de Guam, no Pacífico, outra possível base de apoio.
Além disso, Diego Garcia está fora do alcance dos mísseis balísticos iranianos, o que a torna um ponto ideal para operações militares com menor risco de retaliação direta.
Sinais de preparação e tensão em Teerã
Imagens de satélite recentes mostram movimentação incomum na base de Diego Garcia, com a presença de caças F/A-18, aviões de transporte e aviões-tanque — o que reforça a possibilidade de preparação para um ataque coordenado. Há ainda a suspeita de que outras aeronaves B-2 tenham decolado sem ativar seus transponders, o que poderia elevar o número de aviões mobilizados a seis, numa ação que pode estar causando forte apreensão no comando iraniano.
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