Ataque israelense em Doha gera condenações globais, até mesmo de Trump
Ações militares contra o Catar são vistas como violação flagrante da soberania e risco para a paz regional
247 - O ataque israelense em Doha, na última terça-feira (9), que visou líderes do Hamas, provocou condenações internacionais e acusações de violação da soberania do Catar. A operação foi confirmada pelo governo israelense, sendo a primeira ação desse tipo contra o Catar, mediador nas negociações de cessar-fogo entre Israel e Hamas, além de hospedar a maior base militar dos EUA na região.
O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, considerou o ataque uma “violação flagrante” da soberania do Catar. O Ministério das Relações Exteriores do país também condenou a ação, chamando-a de “covarde”. A Arábia Saudita e a Turquia se uniram às críticas, alertando para as consequências de uma escalada do conflito. A Turquia afirmou que o ataque evidencia a falta de interesse de Israel em alcançar a paz.
A União Europeia e países como o Reino Unido e França também condenaram o ataque, destacando o risco de mais violência no Oriente Médio. O presidente francês Emmanuel Macron se solidarizou com o Catar, considerando o ataque “inaceitável”.
Líderes palestinos e grupos de resistência como o Hamas chamaram a operação de “crime” e um obstáculo à mediação do Catar. A Liga Árabe e outros países da região, como o Kuwait e o Irã, manifestaram apoio ao Catar e exigiram uma resposta internacional.
Por sua vez, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse em suas redes sociais: "Bombardear unilateralmente dentro do Catar, uma nação soberana e aliada próxima dos Estados Unidos, que está trabalhando arduamente e corajosamente assumindo riscos conosco para intermediar a paz, não faz avançar os objetivos de Israel ou dos Estados Unidos".
Contudo, o norte-americano voltou a defender a 'eliminação' do Hamas.