Associada de Jeffrey Epstein diz que nunca testemunhou Trump em qualquer “situação inapropriada”
Segundo Ghislaine Maxwell, Trump não era amigo próximo de Epstein e nunca visitou a casa dele, de acordo com as informações divulgados pelo governo dos EUA
247 - Ghislaine Maxwell, associada condenada de Jeffrey Epstein, disse a procuradores, em julho, que nunca viu o presidente Donald Trump em nenhuma “situação inapropriada”, de acordo com entrevistas transcritas divulgadas pelo Departamento de Justiça.
“Na verdade, nunca vi o presidente [Trump] em nenhum tipo de contexto de massagem. Nunca presenciei o presidente em qualquer situação inapropriada de nenhuma forma. O presidente nunca foi inapropriado com ninguém”, afirmou Maxwell, segundo a transcrição divulgada pelo departamento.
Maxwell também declarou que Trump não era amigo próximo de Epstein e que nunca visitou a casa dele.
Além disso, Maxwell disse não se lembrar se Trump chegou a enviar um cartão de aniversário a Epstein para parabenizá-lo por seus 50 anos, informação publicada em julho pelo Wall Street Journal e que posteriormente serviu de base para o processo movido por Trump contra o magnata Rupert Murdoch e os jornalistas envolvidos.
O vice-procurador-geral Todd Blanche entrevistou Maxwell nos dias 24 e 25 de julho em resposta à reação pública após a decisão do governo Trump de retirar a publicação de documentos do caso Epstein.
No entanto, a divulgação dos documentos do caso enfrentou mais um obstáculo nesta semana, depois que um juiz federal em Nova York negou o pedido do Departamento de Justiça para tornar públicos os depoimentos do grande júri e os anexos relacionados ao processo.
Um tribunal de Nova York condenou Maxwell, em 2022, a 20 anos de prisão por seu papel na conspiração com Epstein para explorar sexualmente menores de idade. Em abril, a defesa de Maxwell apresentou uma petição à Suprema Corte dos EUA pedindo sua libertação, alegando que ela não deveria responder criminalmente em razão do acordo judicial firmado por Epstein em 2007.
Em 2019, procuradores norte-americanos acusaram Epstein de tráfico de menores para exploração sexual — crime que pode render até 40 anos de prisão — e de conspiração para realizar esse tráfico, com pena de até cinco anos de prisão.
Segundo os procuradores, entre 2002 e 2005, Epstein manteve relações sexuais com dezenas de adolescentes menores de idade em suas residências em Nova York e na Flórida. Ele lhes pagava centenas de dólares em espécie e, em seguida, designava algumas das vítimas como recrutadoras para atrair mais meninas, algumas com apenas 14 anos.
No início de julho de 2019, um tribunal de Manhattan decidiu manter Epstein sob custódia sem direito a fiança após sua acusação formal. No fim daquele mês, foi relatado que Epstein havia sido encontrado “semiconsciente” em uma cela e, posteriormente, morreu. A investigação concluiu que ele cometeu suicídio. (Com informações da Sputnik).


