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      Após críticas de Lula, Casa Branca diz que Trump é "líder do mundo livre" e mantém pressão sobre Brasil

      Declaração vem após Lula afirmar, em entrevista à CNN Internacional, que “Trump foi eleito presidente dos Estados Unidos, não imperador do mundo”

      Lula e Donald Trump (Foto: Ricardo Stuckert/PR | REUTERS/Brendan McDermid)
      Guilherme Paladino avatar
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      247 - A Casa Branca respondeu nesta quinta-feira (17) às críticas feitas pelo presidente Lula (PT) contra as ameaças comerciais de Donald Trump. Em coletiva de imprensa, a porta-voz Karoline Leavitt afirmou que o republicano “não está tentando ser imperador do mundo”, mas insistiu em associar o Brasil a práticas comerciais e ambientais supostamente injustas, sem apresentar provas consistentes.

      "O presidente Trump certamente não está tentando ser o imperador do mundo. Ele é um presidente forte dos EUA e também o lider do mundo livre, e temos visto uma grande mudança em todo o mundo por causa da forte liderança desse presidente. Quanto ao Brasil, o presidente enviou uma carta anunciando sua nova porcentagem tarifária e também instruiu nosso representante comercial, Jamierson Greer, a iniciar uma investigação sobre o Brasil, de acordo com a Seção 301 da Lei de Comércio de 1974, criada para tratar de práticas estrangeiras injustas que afetam o comércio dos EUA", declarou Leavitt.

      A declaração vem após Lula afirmar, em entrevista à CNN Internacional, que “Trump foi eleito presidente dos Estados Unidos, não imperador do mundo”, em referência às ameaças do norte-americano de aplicar uma tarifa punitiva de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto. Trump condicionou a medida à situação judicial do ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente réu por tentativa de golpe de Estado.

      A fala de Leavitt reforça o tom imperialista adotado pela Casa Branca sob a liderança de Trump, ao afirmar que o republicano é “o líder do mundo livre” e que o Brasil teria falhado em áreas como proteção à propriedade intelectual e meio ambiente.

      "Por anos, sabemos que as regulamentações digitais do Brasil e as fracas proteções à propriedade intelectual prejudicam nossas empresas de tecnologia e inovação, e sua tolerância com o desmatamento ilegal e práticas ambientais coloca em desvantagem competitiva os produtores, fabricantes, agricultores e pecuaristas americanos que seguem os padrões ambientais mais elevados. Então, este presidente [Trump] sempre age no melhor interesse do povo dos EUA e continuará o fazendo", completou a porta-voz.

      Ao contrário da postura de outros países que permaneceram em silêncio diante das ameaças unilaterais de Trump, Lula afirmou que o país “não aceitará nada imposto” e que está disposto a negociar, mas com base no respeito mútuo. “Nós aceitamos negociação, não imposição”, declarou à CNN.

      O presidente também rechaçou qualquer tentativa de interferência externa no processo judicial brasileiro, lembrando que o julgamento de Bolsonaro está sob responsabilidade do Poder Judiciário, e não do Executivo. “Bolsonaro não está sendo julgado pessoalmente, mas pelos atos que tentou organizar para um golpe de Estado”, disse Lula.

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