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Após cessar-fogo em Gaza, Israel vai mirar o confronto com o Irã, alertam analistas libaneses

De acordo com o general libanês aposentado Malik Ayub, "após encerrar o 'dossiê Gaza', Israel se prepara para uma operação contra o Irã"

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, faz ataques ao Irã em discurso na ONU - 26/9/2025 (Foto: REUTERS/Jeenah Moon)

247 - O fim da operação israelense na Faixa de Gaza pode permitir que Tel Aviv concentre forças em um possível confronto com o Irã, caso Teerã e Washington não alcancem um novo acordo regional, afirmaram especialistas libaneses à Sputnik.

O comentário segue o anúncio do plano de paz entre Israel e o Hamas, que prevê a libertação de reféns e prisioneiros, além da retirada parcial das tropas de Gaza. O gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu confirmou nesta segunda-feira (13) a libertação dos 20 reféns.

De acordo com o general libanês aposentado Malik Ayub, "após encerrar o 'dossiê Gaza', Israel se prepara para uma operação contra o Irã, diante das preocupações com o programa nuclear e os mísseis iranianos".

O general alertou que uma guerra nesse cenário teria "consequências econômicas graves" e que, em caso de ameaça existencial, Netanyahu "pode recorrer à opção nuclear usando submarinos - este é o pior cenário que pode empurrar a região e o mundo inteiro para a catástrofe".

O analista político Hassan Dorr acredita que há "negociações em andamento entre Washington e Teerã", possivelmente parte de um acordo mais amplo que inclui o Líbano. Já o general Antoine Mrad afirmou que Israel "não aceitará mais a presença de grupos armados hostis em suas fronteiras" e busca garantir "paz por pelo menos 50 anos".

Segundo Mrad, é essencial "evitar erros de cálculo e encontrar um meio de integrar o Hezbollah politicamente, sem isolar o grupo", como forma de preservar a estabilidade e a soberania do Líbano (com Sputnik).

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