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Nikolas Ferreira faz campanha para demitir quem celebrou morte de Charlie Kirk

Deputado faz campanha para pressionar empresas por demissões

Nikolas Ferreira (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

247 - O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) lançou uma campanha nas redes sociais exigindo a demissão de pessoas que comemoraram a morte do influenciador de extrema-direita norte-americano Charlie Kirk, relata a Veja. Com mais de 5,2 milhões de seguidores no X (antigo Twitter), o parlamentar tem usado sua visibilidade digital para expor usuários que publicaram mensagens de apologia ao assassinato, além de divulgar onde trabalham.

Na sexta-feira (12), Nikolas declarou: “O movimento começou: demita os verdadeiros extremistas de sua empresa. Denuncie”. A publicação alcançou quase 1 milhão de visualizações em poucas horas. Em inglês, o deputado também afirmou: “Comecei um movimento aqui no Brasil pedindo que empresas demitam funcionários que estão celebrando, apoiando ou encorajando a morte de opositores políticos. Eles são livres para dizerem o que quiserem, mas as empresas também são livres para demiti-los”.

Casos de demissão após denúncias

Entre os episódios mais repercutidos está o do sobrinho do ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil. Luís Otávio Kalil comentou “já vai é tarde” em uma postagem no Instagram sobre a morte de Kirk. Pouco depois, a Arena RM, empresa esportiva em que ele trabalhava, anunciou o desligamento imediato. Nikolas comemorou a decisão publicamente.

Outro caso envolveu um neurocirurgião pernambucano que escreveu: “Um salve a este companheiro de mira impecável”, em alusão ao autor dos disparos contra o ativista. O deputado pediu que o vereador Thiago Medina, líder do PL em Recife, acionasse o Conselho Regional de Medicina de Pernambuco. O Cremepe confirmou que seguirá o trâmite processual para apurar a conduta do médico. Nikolas reforçou sua posição: “Ele queria fama? Agora vai ter. Vai terminar sem emprego”.

Repercussão e outros episódios

A campanha do parlamentar também levou à rescisão de contrato de um designer em uma agência de marketing do Pará. O profissional publicou no X que “existem pessoas que precisam morrer, mas existem pessoas que precisam ser assassinadas”, citando o deputado mineiro. A postagem teve quase meio milhão de visualizações antes da demissão.

Nikolas ainda compartilhou outros perfis em redes como o LinkedIn, com a mesma estratégia: expor as mensagens e pressionar empresas. “Muitas denúncias interessantes hoje. Nós vamos atrás de você”, escreveu no sábado (13), ao anunciar novas ações.

O caso Charlie Kirk

Charlie Kirk, fundador da organização conservadora Turning Point USA, foi morto a tiros em um evento universitário em Utah, nos Estados Unidos, no dia 10 de setembro. O principal suspeito, Tyler Robinson, de 22 anos, foi identificado e denunciado por familiares, permanecendo sob custódia da polícia. Kirk tinha 31 anos e era uma figura influente da extrema-direita norte-americana.

A morte do ativista e a reação de Nikolas Ferreira ampliaram o debate sobre os limites da liberdade de expressão.

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