Imprensa internacional destaca elogios de Trump a Lula e anúncio de encontro
Declarações do presidente dos EUA sobre Lula ganham destaque em veículos dos EUA, Argentina e Oriente Médio
247 - A fala do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre Luiz Inácio Lula da Silva, ganhou grande destaque em veículos internacionais após a Assembleia Geral da ONU desta terça-feira (23).
O jornal norte-americano The Washington Post enfatizou o contraste entre o novo tom de Trump e sua postura recente em relação ao Brasil. A publicação lembrou que o presidente dos EUA vinha ridicularizando políticas brasileiras, mas desta vez afirmou que Lula parecia “um homem muito legal” e destacou que eles tiveram “excelente química”, mesmo que por alguns segundos.
A agência de notícias Bloomberg, especializada em economia e finanças, descreveu as declarações de Trump como “palavras calorosas” direcionadas ao presidente brasileiro. O veículo sublinhou que o republicano expressou esperança de que os dois países encontrem formas de cooperação após o breve encontro em Nova York.Na Argentina, o jornal Clarín levou o episódio à manchete, registrando que Trump confirmou a reunião com Lula, declarou simpatia pelo presidente brasileiro, mas manteve um alerta sobre as divergências bilaterais.
A agência internacional Reuters destacou que Trump anunciou oficialmente o encontro com Lula para a próxima semana, mas pontuou que a relação entre os dois países segue marcada por meses de atritos. A cobertura ressaltou especialmente a tensão provocada pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro no Brasil, que agravou o impasse diplomático.
A rede Al Jazeera, do Catar, chamou atenção para o relato de Trump de que ele e Lula chegaram a se abraçar nos corredores da ONU. Segundo o canal, o presidente norte-americano descreveu Lula como um “cara legal” e ressaltou que a breve interação foi suficiente para selar a promessa de uma reunião oficial.
Apesar do tom amistoso, os jornais lembraram que a relação entre os dois países permanece abalada. Desde julho, Trump mantém tarifas de 50% sobre produtos brasileiros em retaliação ao julgamento de Bolsonaro, decisão que ampliou a distância entre Washington e Brasília.


