Ciro Nogueira aponta vínculo de Demori com a EBC e anuncia processo judicial após ser alvo de denúncia anônima
Senador negou veementemente a acusação de suposta ligação com PCC
247 - O senador Ciro Nogueira (PP-PI) divulgou nesta segunda-feira (1º) um vídeo em suas redes sociais no qual aponta o vínculo do jornalista Leandro Demori com a Empresa Brasil de Comunicação (EBC). A ação ocorre após a publicação, pelo site ICL Notícias, de uma reportagem, assinada por Demori, que acusa o parlamentar de ter recebido dinheiro da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). O senador negou veementemente as acusações.
Mais cedo, a Secretaria de Polícia do Senado Federal informou que não há registros que comprovem a presença de Nogueira em seu gabinete com Mohamed Hussein Mourad e Roberto Augusto Leme da Silva. Os dois são apontados como líderes de um esquema do PCC, ligado à gestão de fundos de investimento na Avenida Faria Lima, em São Paulo, e a fraudes bilionárias no setor de combustíveis. Segundo o documento oficial, não houve qualquer visita de Mourad e da Silva ao gabinete do senador durante todo o ano de 2024.
No vídeo, Nogueira exibe o contrato de Demori com a EBC e afirma que o "dinheiro do povo brasileiro" não pode ser utilizado para sustentar o que classifica como "pistolagem da esquerda". O senador também anuncia que tomará medidas legais contra Demori e os demais jornalistas envolvidos na divulgação da reportagem, baseada em uma denúncia anônima.
"Ministro Sidônio [Palmeira], Lula, prestem atenção.... O contrato de Leandro Demori com a estatal de Lula é de R$ 441.584,00, dinheiro do povo brasileiro. Esse Leandro Demori e outros dois jornalistas de um site chamado ICL, que é um site de pistolagem da esquerda, uma milícia digital, me mandam num domingo à tarde, enquanto eu fazia visitas a municípios no interior do meu amado Piauí, uma mensagem dizendo que eu teria ligações com o PCC. Eles falam de uma testemunha anônima, anônima, dizendo que eu teria recebido uma sacola de dinheiro do PCC no Senado Federal, no meu gabinete", diz Nogueira.
"Garanto que a polícia não vai encontrar nada... O funcionário da EBC do Lula, que ganha mais de 400 mil reais, decidiu atacar um senador e presidente de um partido da oposição, sem nenhuma prova, apenas com a testemunha anônima, e que diz que ouviu de outra pessoa", acrescenta.
Ele afirma ainda que vai solicitar um novo ofício ao Senado para verificar se houve visitas dessas pessoas ao seu gabinete nos últimos sete anos. "A resposta vai provar a mesma coisa", afirma.
"Os criminosos que me acusaram disso vão ser levados à justiça para pagar pelos seus crimes", completa Nogueira.
O relato, divulgado pelo ICL Notícias no domingo (31), afirma que Mourad e da Silva teriam entregue, em agosto de 2024, uma sacola de dinheiro ao senador em seu próprio gabinete no Senado. O senador negou veementemente as acusações e enviou um ofício ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, solicitando investigações urgentes da Polícia Federal para apurar as denúncias anônimas que o ligariam ao PCC.