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Acusação sem provas é crime de jornalismo, diz Mario Vitor Santos

Jornalista afirma que denúncias contra Alexandre de Moraes carecem de evidências

Mario Vitor Santos (Foto: Reprodução Youtube)

247 – O jornalista Mario Vitor Santos saiu em defesa do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e fez duras críticas ao que chamou de “criminalização sem provas” contra o magistrado. Em participação na live da TV 247, em trecho destacado pelo canal Cortes 247 no YouTube, Mario Vitor afirmou que a acusação divulgada por setores da imprensa não apresenta elementos concretos e que, por isso, pode ser classificada como um “crime jornalístico”.

Segundo ele, longe de enfraquecer Moraes, a ofensiva tende a produzir o efeito contrário. “Eu tendo a achar, sinceramente, que as consequências serão o fortalecimento do Supremo Tribunal Federal e do ministro Alexandre de Moraes em seus papéis históricos”, disse. Para Mario Vitor, não seria a primeira vez que denúncias contra Moraes surgem e acabam desmoralizadas. “Mais uma denúncia, não é a primeira, contra Alexandre de Moraes, será desmoralizada e isso resultará no fortalecimento”, acrescentou.

“Reportagem se revela desprovida de elementos”

Na avaliação do jornalista, o ponto decisivo é a falta de provas apresentadas publicamente. Ele afirma que a reportagem atribuída à jornalista Malu Gaspar não se sustenta até que documentos e evidências sejam expostos. “A denúncia, a reportagem da Madu Gaspar se revela absolutamente desprovida de elementos que a confirmem. Isso é o principal”, declarou.

Mario Vitor também pediu que separem os temas citados na polêmica, argumentando que há confusão deliberada entre acusações diferentes. “Nós não temos que confundir o caso da acusação de que o ministro Alexandre de Moraes teria interferido em favor do Banco Master com o caso do contrato da mulher. Vamos separar as duas coisas”, afirmou.

Segundo ele, Moraes teria negado oficialmente qualquer interferência e sustentado que o assunto tratado se referia exclusivamente à Lei Magnitsky, tema sensível no cenário internacional. “O ministro Alexandre de Moraes diz oficialmente que não tratou desse assunto e diz que o assunto foi exclusivamente a questão ligada à lei Magnitsky”, disse, cobrando que eventuais acusadores apresentem algo que contrarie essa versão de maneira documentada. “Alguém que venha e diga e mostre... com assinatura embaixo que não foi isso”, completou.

“Não há teto para pagamento de advogados”

Outro ponto destacado por Mario Vitor foi a tentativa de transformar em ilegalidade o pagamento de honorários advocatícios, algo que ele rejeita como argumento. “Não há limites para pagamento de advogados, certo? Não há um teto para pagamento de advogados”, afirmou, destacando que clientes podem pagar o que quiserem e que isso não caracteriza crime por si só.

Para ele, o problema é o uso desse tipo de narrativa para “criminalizar” a atuação de Moraes sem demonstração de irregularidade. “Está se criminalizando a atividade do ministro Alexandre de Moraes, sem provas. Isso é um crime jornalístico”, disse, num dos trechos mais duros da fala.

Críticas à “concessão corporativa” na imprensa

Mario Vitor também questionou o comportamento de profissionais da mídia que, segundo ele, estariam validando acusações sem fundamentos por solidariedade corporativa. Ele citou nomes como Davi Fiedler, Eliane Cantanhêde e a própria Malu Gaspar. “Se está abonando esse comportamento dos coleguinhas... por uma questão corporativa”, afirmou, insistindo que o jornalismo deveria ser especialmente rigoroso ao tratar de acusações criminais contra autoridades.

Em outro trecho, acusou parte da imprensa de aderir a um “moralismo confuso” e “vacilante em termos de princípios”. Para ele, essa postura enfraquece a própria credibilidade do jornalismo ao adotar especulações e radicalizações sem base concreta.

Democracia, 8 de janeiro e a disputa política

O jornalista relacionou os ataques a Moraes diretamente à disputa política em torno dos julgamentos do 8 de Janeiro e ao ambiente de pressão sobre o STF. Para Mario Vitor, Moraes tem papel central no enfrentamento ao golpismo. “Sendo ministro Alexandre de Moraes, olha, Babalu, acabou. Não teria democracia, não teria combate ao golpe, não teria um julgamento inédito dos golpistas, não haveria”, afirmou.

Na leitura dele, existe um movimento articulado para reduzir punições, fortalecer o discurso de anistia e criar ambiente político para iniciativas como impeachment de ministros do Supremo. “Há uma evidente aliança entre essa mídia golpista e essa mídia hegemônica e os golpistas de 8 de janeiro... no sentido de livrá-los, de diminuir sua acusação, de diminuir sua pena”, disse.

“Estou esperando há 43 horas as provas”

Ao final, Mario Vitor reforçou que, se surgirem evidências concretas, o debate muda de patamar — mas que, até então, a acusação seria apenas especulação sem sustentação. “Houve uma acusação falsa, até agora falsa, a não ser que venham os elementos. Estou esperando há 43 horas que os elementos apareçam e não houve ainda a confirmação”, afirmou.

Ele sustenta que Moraes negou e que não houve contraposição documental à negativa. “Ele negou. E não há resposta a essa negativa”, declarou.

Pedro Serrano e o pedido de cautela

Ainda na live, o jornalista mencionou o jurista Pedro Serrano, que teria defendido “cautela e moderação” em análise anterior na TV 247. Mario Vitor concordou com essa linha e reforçou a cobrança central: “Se a Malu Gaspar tem que apresentar as provas. Ele pediu exatamente isso que eu tô pedindo aqui”, concluiu.

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