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      Petrobras realiza simulado de emergência na Margem Equatorial em etapa decisiva para licenciamento

      Exercício mobiliza mais de 400 profissionais e grandes recursos logísticos, enquanto Ibama avalia liberação para perfuração exploratória

      Sonda da Petrobras (Foto: Reuters)
      Paulo Emilio avatar
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      247 - A Petrobras iniciou neste domingo (24) um simulado de emergência na Margem Equatorial, no Amapá, como parte do processo de Avaliação Pré-Operacional (APO). O exercício é considerado a fase final antes da decisão do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) sobre a concessão da licença para perfuração de um poço de petróleo e gás em águas profundas da região.

      Segundo a agência Reuters, a Petrobras informou que a APO foi oficialmente iniciada pelo Ibama às 18h10 de domingo (24). A simulação envolve cerca de 400 profissionais e o uso de embarcações de grande porte, helicópteros e uma sonda de perfuração, já posicionada no ponto previsto para a futura exploração. A companhia estima que o exercício dure entre três e quatro dias.

      A Margem Equatorial é vista pela indústria petrolífera como uma das áreas mais promissoras para novas descobertas, especialmente diante de achados relevantes em regiões geológicas semelhantes no Suriname e na Guiana. Para especialistas do setor, o potencial pode colocar o Brasil em posição estratégica no mercado internacional de petróleo.

      No entanto, a possível exploração gera divergências. Ambientalistas e setores do próprio governo demonstram preocupação com os riscos socioambientais que uma operação desse porte poderia trazer à região amazônica, conhecida por sua biodiversidade e importância climática.

      Segundo a Petrobras, todo o exercício segue um cenário emergencial previamente definido pelo Ibama. “A partir do cenário emergencial definido pelo Ibama no início do exercício, a Petrobras irá atuar com os recursos previstos para resposta, que envolvem a mobilização de embarcações, veículos, centros de fauna e aeronaves”, destacou a empresa em nota divulgada na sexta-feira.

      A companhia reforçou ainda que se trata apenas de um simulado e que qualquer perfuração só ocorrerá após a análise e eventual aprovação da licença ambiental. Em setembro de 2023, a estatal já havia conduzido uma operação semelhante na Margem Equatorial da Bacia Potiguar, que resultou na obtenção da Licença de Operação para o bloco BM-POT-17. Até o momento, o Ibama não se manifestou publicamente sobre o início do simulado na Margem Equatorial. 

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