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Petrobras prevê início da produção de petróleo na Margem Equatorial até 2033

Exploração na Margem Equatorial pode ampliar em até 34% as reservas brasileiras, aponta estudo

Presidenta da Petrobras, Magda Chambriard (Foto: Roberto Farias / Agência Petrobras)

247 - A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou que a produção de petróleo na Margem Equatorial poderá começar até 2033, desde que as etapas de exploração e licenciamento avancem dentro dos prazos. A declaração foi feita em entrevista à CNN Brasil, logo após a companhia anunciar a liberação de licença do Ibama para a perfuração de um poço exploratório no bloco FZA-M-059, no litoral do Amapá.

De acordo com a executiva, a fase inicial será dedicada à perfuração de poços exploratórios, etapa que pode se estender por até três anos. “Se o processo correr bem e as licenças saírem no prazo, entre sete e oito anos”, disse Chambriard ao explicar o cronograma até a possível produção comercial de petróleo na região.

Primeiras etapas do processo

Com a autorização concedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a estatal dará início à sondagem em águas profundas. O ponto de exploração está localizado a cerca de 500 km da foz do rio Amazonas e 175 km da costa do Amapá. A perfuração deve começar imediatamente e terá duração aproximada de cinco meses.

Caso seja comprovada a viabilidade comercial, a Petrobras avançará para a fase de planejamento, elaborando um Plano de Desenvolvimento que precisará ser validado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). Além disso, todo o processo de licenciamento seguirá exigindo novas autorizações, incluindo as etapas de instalação de plataformas, oleodutos e gasodutos, até a efetiva produção.

Compromisso ambiental e técnico

Na segunda-feira (20), Magda Chambriard ressaltou que a licença obtida representa mais do que um avanço para a estatal: “É uma conquista da sociedade brasileira e revela o compromisso das instituições nacionais com o diálogo e com a viabilização de projetos que possam representar o desenvolvimento do país”.

Ela também destacou as medidas de proteção ambiental implementadas para a operação: “Nesse processo, a companhia pôde comprovar a robustez de toda a estrutura de proteção ao meio ambiente que estará disponível durante a perfuração em águas profundas do Amapá. Vamos operar na Margem Equatorial com segurança, responsabilidade e qualidade técnica. Esperamos obter excelentes resultados nessa pesquisa e comprovar a existência de petróleo na porção brasileira dessa nova fronteira energética mundial”, afirmou.

Potencial energético da região

Relatório divulgado pelo Itaú BBA aponta que a Margem Equatorial pode conter cerca de 5,7 bilhões de barris de petróleo acumulados. Se confirmados, esses volumes representariam um incremento de 34% nas reservas nacionais e de 58% nas reservas da própria Petrobras, consolidando a Margem Equatorial como uma das áreas mais promissoras para o futuro da indústria energética no Brasil.

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