IBP diz que licença na Margem Equatorial fortalece soberania energética e desenvolvimento no Norte
Roberto Ardenghy afirma que decisão permitirá conhecer potencial das reservas e gerar emprego, renda e arrecadação para o país
247 – O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) divulgou nota em que comemora a autorização do Ibama para que a Petrobras realize a perfuração do poço exploratório FZA-M-059, na Margem Equatorial, próximo à costa do Amapá. A manifestação da entidade foi publicada nesta segunda-feira (20), após o anúncio oficial do governo federal e da Petrobras.
“Esta é uma decisão importante que permitirá ao país conhecer melhor o potencial de suas reservas, apoiando a segurança energética e o desenvolvimento socioeconômico da Região Norte”, afirmou o presidente do IBP, Roberto Ardenghy.
Nova fronteira energética e risco de declínio das reservas
Segundo o IBP, a licença representa um passo estratégico para o Brasil diante do declínio natural esperado das principais áreas produtoras do país — as bacias de Campos e Santos — a partir da década de 2030. A entidade cita estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) segundo o qual a reposição de reservas é uma necessidade estratégica para evitar perda de capacidade produtiva.
A Margem Equatorial é considerada uma das principais fronteiras de exploração de petróleo no mundo, com potencial estimado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) em 30 bilhões de barris de óleo equivalente.
Geração de empregos, renda e royalties
Ardenghy destacou que a confirmação da viabilidade econômica da região poderá trazer benefícios expressivos ao país. De acordo com o IBP, o avanço das atividades de exploração trará geração de empregos, renda e aumento da arrecadação pública.
A entidade menciona que o setor de óleo e gás já responde por cerca de 17% do PIB industrial brasileiro, movimentando cerca de R$ 300 bilhões por ano em royalties, tributos e participações especiais — recursos que podem ser destinados a políticas públicas em áreas essenciais como saúde, educação e infraestrutura.
O IBP também projeta investimentos de US$ 165 bilhões no setor e manutenção de quase 400 mil postos de trabalho até 2034.
Licenciamento com responsabilidade ambiental
Na nota, o Instituto afirmou que a abertura de novas fronteiras não significa retrocesso ambiental e defendeu a atuação responsável da indústria. “O desenvolvimento destas atividades deve ocorrer sempre com total segurança e respeito ao meio ambiente”, diz o texto.
Ardenghy ressaltou que a indústria de óleo e gás brasileira tem “histórico robusto de operações seguras, seguindo todos os requisitos técnicos e ambientais exigidos pelos órgãos reguladores, reconhecido internacionalmente”.


