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      Josué Gomes diz que EUA "pagarão caro" por guerra tarifária e defende "indústria de transformação como locomotiva"

      Presidente da Fiesp exaltou sistema de fomento brasileiro e pediu tarifa de referência menor na reforma tributária

      Josué Gomes (Foto: Leo Sobreira/247)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 - Durante sua participação no Fórum do Desenvolvimento, promovido nesta quarta-feira (6) pela Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes da Silva, destacou a importância estratégica da reindustrialização do Brasil, criticou a postura protecionista dos Estados Unidos e defendeu ajustes na reforma tributária em tramitação.

      Logo no início de sua fala, Josué manifestou otimismo em relação à reforma tributária, embora tenha advertido para a necessidade de uma alíquota de referência menor que os 28% atualmente previstos. “Apesar das exceções, confiamos nos benefícios que serão gerados pela modernização do sistema tributário”, afirmou.

      Defesa do sistema de fomento nacional - O dirigente da Fiesp fez uma contundente defesa dos instrumentos de financiamento ao setor produtivo, especialmente os bancos públicos. “Tentaram acabar com isso, mas graças ao sistema de fomento brasileiro e seu papel fundamental, nossa indústria consegue competir no mundo. Esse sistema de fomento é inveja para o mundo todo, e devemos continuar fortalecendo esse sistema para ajudar o desenvolvimento nacional”, declarou.

      Josué também mencionou os esforços da Fiesp em parceria com o Sebrae voltados às pequenas indústrias com faturamento de até R$ 8 milhões. Segundo ele, essa articulação viabiliza taxas de financiamento mais acessíveis por meio do BNDES e do Desenvolve SP. “Oferecemos custos de capital muito mais baixos do que no mercado de capitais. Apenas na jornada pela digitalização, atingimos 20 mil empresas. Para a sustentabilidade, temos a mesma meta".

      Críticas aos Estados Unidos e aposta na industrialização verde - Ao abordar a atual disputa global pela liderança industrial e tecnológica, Josué criticou a recente estratégia dos Estados Unidos, que inclui imposição de tarifas e cortes em investimentos para inovação. “Sem indústria não há desenvolvimento. O Ocidente está descobrindo isso, e agora tenta recuperar isso, com a imposição de tarifas e corte de verbas para inovação. Isso custará caro [para os EUA]”, alertou.

      Na contramão desse modelo, afirmou, o Brasil está apostando na reindustrialização aliada à inovação, à digitalização e à sustentabilidade. “Temos apoiado a reindustrialização, inovadora, digital e descarbonizada".

      Segundo Josué, é a indústria de transformação que tem capacidade de gerar crescimento e inclusão social. “Assim poderemos ter a indústria de transformação como locomotiva, que foi o que colocou o Brasil entre os países com o maior crescimento do mundo. Temos voltado os olhos para a indústria de transformação. Se mantivermos essa política, poderemos resolver também nossos problemas sociais e se desenvolver".

      Digitalização verde e soberania de dados - Por fim, Josué propôs que o Brasil atraia operações de processamento de dados de outros países, em especial dos Estados Unidos, aproveitando o potencial energético nacional. “Essa é uma oportunidade ganha-ganha para o Brasil. Falta energia nos EUA. O Brasil tem a oferecer digitalização verde. Temos energia competitiva e abundante, e verde. Nossa energia é uma das mais baratas do mundo e eminentemente renovável, sem falar do potencial ainda inexplorado de fontes renováveis".

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