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      Governo libera R$ 12 bilhões em crédito para impulsionar modernização industrial

      O BNDES, e a Financiadora de Estudos e Projetos disponibilizarão os recursos

      Da esq. para a dir.: Geraldo Alckmin (vice-presidente da República), Aloizio Mercadante (presidente do BNDES), Lula (presidente da República), Fernando Haddad (ministro da Fazenda) e Rui Costa (titular da Casa Civil) (Foto: Kayo Magalhães/BNDES)
      Leonardo Lucena avatar
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      247 - O governo Lula anunciou um crédito de R$ 12 bilhões para a compra de novas máquinas que serão destinadas ao setor industrial. A proposta entra em vigor nesta segunda-feira (25). O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) disponibilizou R$ 10 bilhões e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), R$ 2 bilhões. O fundo com o valor total do projeto é chamado de Crédito Indústria 4.0. Os juros para o crédito serão de 7,5% a 8%.

      Vice-presidente da República, o ministro da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse que a proposta aumentará a competitividade. "Isso vem junto com depreciação acelerada. O governo está estimulando a renovação do parque industrial, do parque fabril brasileiro. Em vez de depreciar a compra de máquinas e de equipamentos em 15 anos, você deprecia em dois anos. É um forte estímulo à renovação industrial e bens e capital com juro menor".

      O financiamento do BNDES será um misto de 60% de Taxa Referencial (TR) e 40% de mercado. Segundo Aloizio Mercadante, presidente do banco, “essa é uma taxa de juros extremamente competitiva em qualquer economia do mundo”. “É um grande fomento, é um grande estímulo para comprar máquina".

      A linha Crédito Indústria 4.0 tem R$ 10 bilhões e visa impulsionar a agenda de modernização industrial e dos serviços tecnológicos, contribuindo para alavancar a indústria 4.0 e ampliar a produtividade e a digitalização.

      De acordo com o BNDES, a cifra bilionária é parte de investimentos em bens de capital que incorporem tecnologias em robótica, inteligência artificial, computação na nuvem, sensoriamento, comunicação máquina a máquina e internet das coisas (IoT), entre outras, todos credenciados no BNDES. A iniciativa é parte do eixo de inovação e digitalização do Plano Mais Produção, que integra a política industrial Nova Indústria Brasil (NIB).

      A Finep complementa a ação, seguindo no propósito de reduzir as assimetrias regionais e estimular a indústria nacional de bens de capital, alocando R$ 2 bilhões de crédito à sua linha Difusão Tecnológica exclusivamente para empresas que precisem modernizar seu parque industrial localizado nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

      MPMEs

      A partir da mistura entre TR e taxas de mercado, o custo financeiro da linha não ultrapassará 8,5% ao ano, beneficiando mais projetos, principalmente de micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), que verão a redução, em média, de 6% das taxas que atualmente pagam em financiamentos. Todos os bancos credenciados no BNDES estarão aptos a repassar os recursos.

      Para aquisição de máquinas e equipamentos 4.0, micro, pequenas e médias empresas com projetos de até R$ 50 milhões terão acesso a financiamento na forma indireta, por meio da rede credenciada de instituições do BNDES. Para médias e grandes empresas com projetos no valor de até R$ 300 milhões o financiamento será feito diretamente com o BNDES. O Banco também apoiará fabricantes de máquinas e equipamentos 4.0 na comercialização de seus equipamentos credenciados, no valor de até R$ 300 milhões.

      A indústria de máquinas e equipamentos desempenha papel central na difusão tecnológica para o aumento da produtividade em toda a indústria. Estudos mostram que o parque fabril brasileiro ainda opera com maquinário antigo, com idade média de 14 anos, o que reduz sua produtividade.

      No Brasil, 38% dos equipamentos industriais estão próximos ou além do ciclo de vida ideal estabelecido pelos fabricantes. A defasagem tecnológica aumenta custos de manutenção, consumo energético e impacta negativamente a competitividade do país (com informações do BNDES).


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