Tibete alcança desenvolvimento econômico expressivo, dizem autoridades chinesas
Com crescimento robusto do PIB, aumento da renda da população e avanço em infraestrutura, região autônoma do Tibete celebra 60 anos de progresso
247 - A Região Autônoma de Xizang (Tibete), localizada no sudoeste da China, celebrou nesta semana os 60 anos de sua fundação com números que expressam uma trajetória marcante de desenvolvimento econômico e social. Segundo dados divulgados pelo Global Times, o Produto Interno Bruto (PIB) regional saltou para 276,5 bilhões de yuans em 2024 — o equivalente a cerca de US$ 38,52 bilhões —, cifra 155 vezes superior à registrada em 1965, considerando preços constantes.
Os dados foram apresentados por Wang Junzheng, secretário do Partido Comunista da China (PCCh) no Tibete, durante uma coletiva de imprensa organizada pelo Gabinete de Informação do Conselho de Estado. Wang destacou a transformação estrutural e o progresso sustentável da região ao longo das últimas seis décadas.
“O PIB regional alcançou 276,5 bilhões de yuans em 2024, com uma taxa média de crescimento anual de 8,9%”, afirmou o dirigente, ressaltando que os avanços foram obtidos com foco em estabilidade, inclusão e desenvolvimento de longo prazo.
A renda disponível per capita dos residentes urbanos aumentou 121 vezes desde 1965, chegando a 55.444 yuans em 2024, com crescimento médio anual de 8,5%. Já entre agricultores e pastores, a renda per capita disponível saltou para 21.578 yuans, 199 vezes maior do que há seis décadas, com média de crescimento de 9,4% ao ano.
Outro destaque é a receita fiscal local, que atingiu 27,7 bilhões de yuans em 2024 — um aumento de 1.258 vezes em relação a 1965, impulsionada por uma taxa média de crescimento anual de 12,9%. Segundo Wang, os primeiros 100 bilhões de yuans do PIB regional foram atingidos após 50 anos, enquanto os 100 bilhões seguintes foram conquistados em apenas seis anos.
Infraestrutura e conectividade
O avanço da infraestrutura na região também é apontado como pilar do progresso regional. Ao fim de 2024, a rede rodoviária totalizava 124.900 quilômetros. O transporte ferroviário contabilizava 1.359 quilômetros em operação, e o número de rotas aéreas domésticas e internacionais alcançou 183.
Todos os povoados administrativos da região passaram a ter acesso à internet 4G e redes de fibra ótica, ampliando a conectividade e promovendo inclusão digital nas áreas remotas.
Grandes obras e investimentos
Durante o atual 14º Plano Quinquenal (2021–2025), o Tibete concentrou esforços em grandes projetos estratégicos. Os investimentos acumulados em obras de infraestrutura superaram 400 bilhões de yuans.
Dois empreendimentos se destacam: a construção da Ferrovia Sichuan-Xizang, considerada fundamental para a integração territorial e o desenvolvimento logístico, e o início das obras de um projeto hidrelétrico no curso inferior do Rio Yarlung Zangbo, voltado à diversificação da matriz energética.
Turismo em alta
A indústria do turismo também contribuiu para o desempenho econômico da região. Em 2024, o Tibete recebeu mais de 63,89 milhões de visitantes, entre turistas chineses e estrangeiros, o que representa um crescimento de 15,8% em relação ao ano anterior. Esse setor, impulsionado pelas belezas naturais e pelo patrimônio cultural tibetano, tornou-se um importante vetor de geração de renda e empregos.
As autoridades chinesas afirmam que o modelo de desenvolvimento aplicado na região prioriza a melhoria das condições de vida, a modernização das infraestruturas e o respeito às características regionais. O país considera a região autônoma um exemplo de sucesso em políticas de desenvolvimento integrado e combate à pobreza.
Ao celebrar as seis décadas da fundação da Região Autônoma, a China destaca o progresso econômico como reflexo do investimento contínuo, da estabilidade política e da integração entre regiões. Para o governo chinês, os dados demonstram a eficácia de suas políticas públicas no Tibete e o compromisso com o desenvolvimento equilibrado de todo o território nacional.
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