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      Proposta da Iniciativa de Governança Global apresentada pela China chega em momento decisivo, diz Global Times

      Editorial destaca que a iniciativa de Xi Jinping fortalece o multilateralismo e responde a desafios da ONU e da governança mundial

      Xi Jinping (Foto: Xinhua)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 – A proposta da Iniciativa de Governança Global (GGI) lançada pelo presidente da China, Xi Jinping, foi recebida como uma contribuição estratégica em um cenário de turbulência internacional. A análise é do jornal Global Times, que publicou um editorial destacando o peso histórico e prático da iniciativa, apresentada na reunião “SCO Plus” em Xangai. O veículo observa que, após as iniciativas globais de Desenvolvimento (GDI), Segurança (GSI) e Civilização (GCI), a GGI se soma como um novo pilar da visão chinesa para a reforma da ordem internacional.

      Segundo o Global Times, o momento é crucial: a governança global vive um déficit de legitimidade e eficácia, em meio a desafios que vão desde a crise climática até lacunas regulatórias em inteligência artificial e no espaço cibernético. O editorial ressalta que as instituições multilaterais, em especial a ONU, enfrentam três grandes deficiências: a sub-representação do Sul Global, a erosão da autoridade do sistema multilateral e a urgência de maior efetividade na implementação da Agenda 2030.

      Os cinco princípios centrais da iniciativa

      No encontro, Xi Jinping apresentou os cinco princípios fundamentais da GGI: igualdade soberana, primazia do direito internacional, prática do multilateralismo, abordagem centrada nas pessoas e compromisso com ações concretas. Para o presidente chinês, estes elementos devem guiar a construção e a reforma do sistema de governança global.

      O editorial do Global Times explica que tais princípios resgatam o espírito da Carta da ONU e respondem a distorções recentes, como o chamado “pseudo-multilateralismo” e a imposição de “regras de casa” por potências que usam padrões duplos. “A lei e as regras internacionais devem ser aplicadas igualmente e de forma uniforme”, ressalta o texto.

      China como provedora de bens públicos globais

      A publicação sublinha que a China, maior país em desenvolvimento e membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, reafirma seu papel como construtora da paz mundial, defensora da ordem internacional e provedora de bens públicos globais. Nesse sentido, a GGI se soma à GDI, GSI e GCI, cada uma com um enfoque específico, mas complementares: desenvolvimento, segurança, intercâmbio civilizacional e governança.

      O editorial enfatiza que as quatro propostas compõem um conjunto estratégico para enfrentar os dilemas da atualidade e avançar na construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade.

      Significado histórico e visão de futuro

      Xi Jinping afirmou que “a humanidade tornou-se uma comunidade estreitamente interligada com um futuro compartilhado”, destacando que fortalecer a governança global é o caminho para enfrentar desafios comuns e aproveitar oportunidades de desenvolvimento. O Global Times conclui que a GGI chega em um momento histórico, oferecendo soluções práticas para corrigir injustiças históricas e garantir que o multilateralismo seja preservado em benefício dos povos.

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