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Editorial do Global Times destaca confiança mundial na China na governança climática

Compromissos de Pequim contrastam com retrocessos de EUA e Europa e reforçam sua imagem de potência responsável

Editorial do Global Times destaca confiança mundial na China na governança climática (Foto: Divulgação/CRI)

247 – O jornal Global Times publicou um editorial destacando o impacto do novo compromisso climático anunciado pelo presidente Xi Jinping na Cúpula do Clima da ONU. A China prometeu reduzir, até 2035, entre 7% e 10% de suas emissões líquidas de gases de efeito estufa em relação ao pico registrado, superando metas anteriores e consolidando sua imagem como uma potência responsável no combate às mudanças climáticas. A medida foi celebrada pela comunidade internacional, em um contexto de dificuldades crescentes na cooperação global sobre o tema.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, elogiou o anúncio e o classificou como "extremamente importante" para a ação climática. O plano apresentado por Xi inclui o chamado modelo “1+3+3”, que combina uma meta principal, três indicadores quantitativos (participação de energias não fósseis, capacidade instalada de energia eólica e solar e aumento do volume florestal) e três qualitativos (consolidar veículos de nova energia como padrão nas vendas, ampliar o mercado de carbono para setores de alta emissão e criar uma sociedade adaptada ao clima).

Um salto histórico na política climática chinesa

Segundo o editorial, trata-se da primeira vez que a China estabelece uma meta absoluta de redução de emissões em toda a economia, fortalecendo tanto seus compromissos internacionais quanto sua estratégia de desenvolvimento de alta qualidade. O plano é descrito como pragmático, sistemático e orientado a resultados concretos.

Simon Stiell, chefe climático da ONU, afirmou que a China possui "um longo e impressionante histórico de cumprir e superar suas metas em energia limpa e mudanças climáticas". Veículos internacionais também reconheceram o peso da iniciativa: o BBC chamou o compromisso de "promessa histórica", e a revista The Economist observou que, em diversas ocasiões, metas inicialmente modestas foram superadas de maneira significativa.

Liderança contrastante no cenário global

O Global Times ressalta que a confiança internacional na China decorre de sua consistência em cumprir promessas e da criação de uma cadeia industrial de energia limpa que reduziu custos globais. O país já superou com antecedência as metas para 2030 em energia eólica, solar e reflorestamento, além de liderar a produção e venda de veículos elétricos.

O contraste com outras potências é evidente. Os Estados Unidos, sob diferentes administrações, retiraram-se duas vezes do Acordo de Paris, e a Europa abandonou ou enfraqueceu parte de suas ambições climáticas. Para agravar, a questão do financiamento climático segue dividindo países ricos e em desenvolvimento, corroendo a confiança em ações coletivas.

Por que o mundo confia na China

Pesquisas internacionais recentes mostram que a percepção global sobre a China tem se tornado mais favorável, em especial por sua atuação responsável em temas de governança. Para o editorial, essa confiança nasce da credibilidade conquistada em reduzir emissões e da visão de "construir uma comunidade com futuro compartilhado para a humanidade".

O texto conclui que, em tempos de retrocessos e politização das metas climáticas, a China permanece como fonte de certeza e segurança. Sua postura pragmática e seu compromisso com o multilateralismo consolidam a confiança internacional em sua liderança no enfrentamento da crise climática.

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