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China anuncia novas metas climáticas com pragmatismo e responsabilidade

Compromisso de reduzir emissões entre 7% e 10% até 2035 reforça papel da China na governança climática global, segundo especialistas

China anuncia novas metas climáticas com pragmatismo e responsabilidade (Foto: Divulgação/CRI)

247 – A China apresentou suas novas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs, na sigla em inglês) durante a cúpula climática das Nações Unidas nesta semana. A informação foi publicada originalmente pelo Global Times, que destacou a meta do país de reduzir, até 2035, entre 7% e 10% das emissões líquidas de gases de efeito estufa em relação aos níveis de pico.

A iniciativa foi recebida com atenção pela comunidade internacional e pela imprensa global. A BBC, por exemplo, classificou o anúncio como um "marco histórico" ao mesmo tempo em que ressaltou a diferença entre a ação chinesa e a falta de iniciativas do governo dos Estados Unidos, liderado pelo presidente Donald Trump.

Expansão do escopo das metas climáticas

Segundo o professor Li Zhiqing, especialista em economia ambiental e economia chinesa da Universidade de Fudan, a novidade está no fato de que, pela primeira vez, a meta não se limita apenas ao dióxido de carbono, mas abrange todas as emissões líquidas de gases de efeito estufa em nível econômico. "Isso demonstra que a governança chinesa sobre emissões de carbono está se expandindo de um setor único para toda a economia, incluindo produção e consumo em todos os setores", afirmou.

Para o professor Jia Weilie, do Instituto de Sustentabilidade da Universidade de Huzhou e pesquisador no Centro de Sustentabilidade de Longo Prazo de Budapeste, a meta de redução entre 7% e 10% é "altamente responsável", considerando as condições de desenvolvimento da China. Ele ressaltou que o país já atingiu com antecedência as metas de 2030 em áreas como capacidade instalada de energia eólica e solar, além do volume de estoques florestais.

Avanços tecnológicos e liderança global

Durante o atual período do 14º Plano Quinquenal, produtos chineses de energia solar e eólica ajudaram a reduzir cerca de 4,1 bilhões de toneladas de emissões de carbono em outros países. Esses avanços demonstram, segundo Jia, o compromisso da China em desenvolver e disseminar tecnologias verdes.

O especialista lembrou ainda que alguns países chegaram a abandonar o Acordo de Paris ou a minimizar a importância das mudanças climáticas, mas a China tem demonstrado responsabilidade por meio de ações concretas.

Desafios e pressões internacionais

Apesar dos avanços, os desafios permanecem significativos. A China busca reduzir a intensidade de carbono na maior escala global e realizar a transição do pico de emissões para a neutralidade em tempo recorde. Isso exige não apenas esforço interno, mas também um ambiente internacional favorável.

Ainda assim, setores da mídia e da política ocidental insistem em pressionar a China e a Índia a assumirem metas ainda mais agressivas, ignorando a responsabilidade histórica dos países desenvolvidos desde a Revolução Industrial. O texto do Global Times ressalta que essa narrativa tenta impor encargos desproporcionais às nações em desenvolvimento, ao mesmo tempo em que relativiza a inação de países ricos.

Compromisso com a cooperação internacional

Ao anunciar suas novas metas climáticas, a China reforçou a visão de construir uma "comunidade com futuro compartilhado para a humanidade". A meta de NDCs, segundo Pequim, é parte de um esforço não apenas nacional, mas também global, para garantir a governança climática e enfrentar a crise ambiental com pragmatismo e responsabilidade.

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