China realiza parada militar no Dia da Vitória e envia mensagem de paz ao mundo
Editorial do Global Times destaca a importância da memória histórica, da defesa da paz e do compromisso com um futuro compartilhado para a humanidade
247 – Neste dia 3 de setembro, a China realizou uma grande parada militar em Pequim para marcar os 80 anos da vitória na Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa e na Guerra Mundial Antifascista. O evento reuniu tropas, equipamentos militares modernos e homenagens aos mártires, reforçando o simbolismo da data para a memória histórica e para o futuro da ordem internacional. A análise foi publicada em editorial do Global Times.
O texto afirma que a cerimônia é mais do que uma retrospectiva da luta contra o fascismo. Trata-se de uma mensagem da China ao mundo, um “juramento oriental pela paz” e um compromisso solene com a construção de “uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade”.
A importância da memória histórica
O editorial ressalta que manter viva a lembrança da guerra é uma afirmação da justiça histórica. A resistência chinesa, segundo o jornal, foi fundamental para a vitória global contra o fascismo: iniciou-se antes das demais frentes, durou mais tempo e resultou em enormes sacrifícios, com mais de 35 milhões de mortos e a destruição de 1,5 milhão de soldados japoneses.
“Declaramos solenemente ao mundo que o campo de batalha chinês é um componente indispensável da Guerra Mundial Antifascista”, diz o texto. O esquecimento ou a distorção dessa contribuição, argumenta o editorial, “é uma traição à consciência humana e destrói os próprios fundamentos da paz mundial”.
Homenagem aos mártires
A parada também foi apresentada como tributo aos heróis anônimos que deram suas vidas para defender a soberania chinesa. Segundo o editorial, eles ergueram uma “Nova Grande Muralha de carne e sangue” e legaram ao país um espírito de resistência baseado em patriotismo, perseverança e fé na vitória.
“Hoje, ao honrar os mártires, devemos enraizar esse espírito no sangue vital da nação. É essa força espiritual que nos dá confiança para nunca sermos esmagados diante das dificuldades”, afirma o texto do Global Times.
Compromisso com a paz mundial
Outro ponto central do editorial é a defesa da ordem internacional estabelecida após a Segunda Guerra Mundial, com a ONU no centro. A China, lembra o jornal, foi uma das fundadoras desse sistema e segue como defensora de sua legitimidade.
O texto critica tentativas de “embelezar atos de agressão” e alerta que Pequim “nunca aceitará qualquer esquema que desafie o consenso histórico ou que ameace a soberania, a segurança e os interesses de desenvolvimento da China”.
Um futuro compartilhado para a humanidade
O editorial conclui destacando a proposta chinesa de construir uma comunidade global com futuro compartilhado. Essa visão, diz o texto, não se baseia na lógica de hegemonia ou em jogos de soma zero, mas em cooperação, respeito mútuo e prosperidade comum.
Ao som do hino nacional, a parada em Pequim foi apresentada como uma demonstração da capacidade de defesa do país e como uma mensagem de que os soldados chineses são “guardiões da paz”. Para o Global Times, o Dia da Vitória é não apenas um momento de reverenciar a história, mas também de reafirmar o compromisso da China em trabalhar, junto a outros povos, pela construção de um mundo mais pacífico e próspero.