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China e Estados Unidos podem realizar “grandes e concretas conquistas juntos”, diz editorial do Global Times

Encontro entre Xi Jinping e Donald Trump em Busan é descrito como marco nas relações bilaterais

Trump e Xi se encontram na Coreia do Sul (Foto: Xinhua)

247 – O presidente da China, Xi Jinping, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se reuniram nesta quinta-feira (horário local) em Busan, na Coreia do Sul, para um encontro que, segundo o Global Times, foi considerado um “marco” nas relações entre os dois países. A reunião, de uma hora e quarenta minutos, tratou de temas estratégicos de longo prazo e resultou em um consenso considerado de “profundo significado” para Pequim, Washington e o mundo.

De acordo com o Global Times, o diálogo entre os líderes atraiu “atenção global intensa” e foi amplamente repercutido pela imprensa internacional. Analistas destacaram que a conversa “ajudará a estabilizar o sentimento global e as expectativas comerciais”, aliviando tensões nas cadeias de suprimento e na economia mundial.

Xi Jinping defende parceria e amizade duradouras

Durante o encontro, Xi Jinping reiterou que a China e os Estados Unidos devem atuar como “parceiros e amigos”, destacando que essa é “uma lição da história e uma necessidade da realidade”. O líder chinês afirmou: “Ao longo das últimas sete décadas, temos trabalhado geração após geração no mesmo projeto para torná-lo realidade. Não temos intenção de desafiar ou substituir ninguém. Nosso foco sempre foi cuidar bem dos assuntos da China, melhorar a nós mesmos e compartilhar oportunidades de desenvolvimento com todos os países do mundo.”

Essas declarações, segundo o editorial, expressam com clareza os objetivos fundamentais da política de desenvolvimento chinesa, marcada pela busca de prosperidade interna e pela cooperação global.

Superando percepções equivocadas

O texto critica as “percepções distorcidas” de parte da elite política norte-americana, que ainda veem a China como ameaça ou como uma economia em declínio. O jornal aponta que tais equívocos prejudicam o diálogo bilateral, lembrando que, “apesar das mudanças externas, a economia chinesa mantém trajetória sólida e ascendente”, com oportunidades de alta qualidade que beneficiam inclusive os Estados Unidos.

Para o Global Times, o desenvolvimento chinês “anda de mãos dadas com a visão de tornar a América grande novamente”, e ambos os países têm condições de “prosperar juntos”.

Opinião pública americana começa a mudar

O editorial cita pesquisa do Chicago Council on Global Affairs, segundo a qual 53% dos norte-americanos defendem agora uma política de cooperação e engajamento amigável com a China — o primeiro resultado positivo desde 2019. O levantamento mostra também que a maioria dos entrevistados considera o relacionamento entre China e Estados Unidos o mais importante do mundo.

Essa mudança, observa o jornal, indica que “apesar das tentativas de demonização vindas de Washington, há um retorno à racionalidade e ao reconhecimento do benefício mútuo entre as duas nações”.

Cooperação econômica e novos acordos

Entre os avanços concretos da reunião, o editorial destaca o consenso sobre temas como combate ao tráfico de fentanil, ampliação do comércio agrícola e resolução de casos envolvendo empresas específicas. Segundo o texto, esses resultados “confirmam a natureza mutuamente benéfica das relações econômicas e comerciais” e reforçam que o intercâmbio entre as duas potências deve continuar servindo como “âncora e motor de propulsão” do relacionamento bilateral.

O Global Times enfatiza que, diante de um cenário internacional complexo, há uma expectativa crescente para que China e Estados Unidos exerçam papéis de liderança global. Xi declarou que “o mundo de hoje enfrenta muitos desafios difíceis” e que as duas potências “podem e devem assumir a responsabilidade conjunta de realizar coisas grandes e concretas para o bem dos dois países e de toda a humanidade”.

Trump aposta em “um futuro ainda melhor”

O editorial relata que Donald Trump expressou seu desejo de ver “um futuro ainda melhor” para as duas nações e destacou que, com esforços conjuntos, “China e Estados Unidos podem realizar grandes feitos para o mundo”.

Para o jornal chinês, a reunião reforçou a importância da diplomacia direta entre chefes de Estado e renovou as esperanças de uma fase mais estável e cooperativa nas relações sino-americanas, com potencial de contribuir para a paz e o desenvolvimento globais.

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