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Atenção internacional ao Plano Quinquenal reforça novo peso global da China

Editorial do Global Times aponta que o foco mundial na quarta plenária do Partido Comunista reflete o papel central da China na governança global

Vista de Pequim (Foto: VCG)

247 – A realização da quarta plenária do 20º Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh) tornou-se um dos eventos políticos mais observados do planeta. De acordo com editorial publicado pelo Global Times (leia aqui), a atenção global demonstra o quanto as decisões da liderança chinesa repercutem na economia mundial e nos rumos da governança internacional.

Nos principais veículos de comunicação, expressões como “desenvolvimento de alta qualidade”, “novas forças produtivas”, “planejamento econômico”, “reforma” e “governança” dominam as análises sobre a reunião. O Global Times destaca que esse interesse mundial evidencia uma realidade incontestável: “A China de hoje está profundamente integrada ao sistema global, e cada grande decisão do país possui impacto internacional.”

Crescimento e inovação consolidam protagonismo chinês

As expectativas sobre o futuro da China, segundo o editorial, baseiam-se nos sucessivos “milagres de desenvolvimento” alcançados ao longo dos planos quinquenais. Durante o 14º Plano Quinquenal (2021-2025), a contribuição média anual do país para o crescimento econômico global permanece em torno de 30%. Em um cenário em que grandes economias enfrentam o risco de estagnação, a estabilidade e a reestruturação produtiva da China oferecem uma base sólida para a recuperação mundial.

O texto destaca que a inovação tecnológica e científica é um dos pilares desse protagonismo. Avanços em áreas como inteligência artificial, veículos de nova energia e exploração espacial colocam o país entre os líderes mundiais em inovação. O portal russo Sputnik News é citado ao afirmar que “manter um crescimento tão robusto diante de múltiplos desafios é algo sem precedentes na história do desenvolvimento econômico.”

Governança eficiente e abertura de alto nível

O editorial atribui essa força a dois fatores essenciais: a governança eficiente e a abertura de alto nível. O sistema político chinês tem demonstrado grande capacidade de mobilização e organização — visível no combate à pobreza, na gestão de crises sanitárias e na manutenção da estabilidade social.

A política de abertura também se aprofunda. A China vem reduzindo restrições a investimentos estrangeiros, aperfeiçoando o ambiente de negócios e adotando padrões internacionais de comércio e investimento. “A China tem provado, com ações concretas, seu compromisso firme com a política nacional de abertura e sua dedicação em construir um sistema de cooperação mais aberto e mutuamente benéfico”, destaca o Global Times.

Desenvolvimento centrado nas pessoas

Outro ponto central do editorial é o modelo de desenvolvimento centrado nas pessoas, princípio fundamental do Partido Comunista da China. Essa abordagem, segundo o jornal, não apenas fortalece o bem-estar doméstico e a prosperidade comum, mas também oferece um paradigma alternativo de desenvolvimento para o mundo.

As quatro grandes iniciativas globais da China são apresentadas como uma extensão dessa filosofia, voltadas a promover justiça, equidade e a construção de uma “comunidade de futuro compartilhado para a humanidade”. A atenção internacional à quarta plenária reflete, portanto, o interesse em entender como a China transforma esses princípios em ações concretas voltadas à paz, ao desenvolvimento e à prosperidade comuns.

China como potência responsável e inovadora

O Global Times também menciona que persistem “vozes hostis” que tentam distorcer ou desacreditar o sucesso chinês, mas afirma que “os fatos falam mais alto do que as palavras”. O interesse crescente pelo país decorre de seu papel cada vez mais relevante como potência responsável e inovadora.

O texto ressalta que a China está “explorando novos caminhos para o desenvolvimento global e expandindo as fronteiras do progresso humano”, com destaque para sua participação ativa em iniciativas como a Agenda 2030 das Nações Unidas e o Acordo de Paris sobre o clima.

Consenso com impacto mundial

Por fim, o editorial conclui que o consenso formado na quarta plenária não apenas definirá o rumo da China, mas também “influenciará profundamente a trajetória do desenvolvimento global”. Uma China mais aberta, reformista e inovadora — afirma o jornal — continuará exercendo um papel singular e decisivo na promoção da prosperidade e da justiça internacionais.

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