Sabalenka conquista bicampeonato no US Open e quebra tabu desde Serena Williams
A número 1 do mundo soma agora quatro títulos de Grand Slam na carreira e 100 vitórias em chaves principais de torneios deste porte
247 – Aryna Sabalenka escreveu mais um capítulo de sua trajetória vitoriosa no tênis mundial neste sábado (6), ao derrotar a norte-americana Amanda Anisimova e conquistar seu segundo título consecutivo no US Open. A vitória por 6-3 e 7-6(3), em Nova York, marcou não apenas a defesa do troféu conquistado em 2024, mas também um feito histórico: Sabalenka se tornou a primeira mulher a vencer duas edições seguidas do torneio desde Serena Williams, em 2014. A informação foi publicada pelo site oficial do torneio, o US Open.
A número 1 do mundo soma agora quatro títulos de Grand Slam na carreira e 100 vitórias em chaves principais de torneios deste porte. O resultado também consolida seu domínio na temporada de 2025, em que já soma 56 vitórias — a maior marca do circuito feminino. Após perder as finais no Aberto da Austrália e em Roland Garros, Sabalenka finalmente conquistou o tão aguardado troféu do ano.
Uma final marcada pela tensão
Amanda Anisimova, oitava do ranking e dona de um retrospecto favorável de seis vitórias em nove confrontos anteriores contra Sabalenka, entrou em quadra disposta a usar seu jogo potente para surpreender. O primeiro set, no entanto, foi instável: foram cinco quebras de saque até que a bielorrussa aproveitou a oportunidade e fechou em 6-3 após erro de forehand da rival.
No segundo set, Sabalenka chegou a sacar para o título em 5-4, mas desperdiçou uma chance clara ao mandar uma bola de ataque na rede. Anisimova quebrou o saque e levou a decisão ao tiebreak. Foi nesse momento que a experiência da líder do ranking falou mais alto. Com consistência e confiança, Sabalenka venceu por 7-6(3), selando sua vitória no terceiro match point.
Lições de derrotas passadas
Após a partida, Sabalenka refletiu sobre o processo de amadurecimento que a levou ao bicampeonato. Ela relembrou momentos de frustração em finais recentes e destacou como essas derrotas serviram de aprendizado:
“Essas lições me tornaram mais forte, mais forte e mais forte”, disse a campeã.
A bielorrussa também comentou sobre as críticas recebidas após declarações polêmicas em Roland Garros, quando responsabilizou a si mesma pela derrota para Coco Gauff.
“Algumas pessoas não entendem a intensidade de tudo. Você perde a final de um dos maiores torneios, vai direto para a coletiva de imprensa, e está frustrada, com raiva de si mesma. Você não pensa claramente e faz um comentário. Depois, as pessoas esquecem quem você realmente é. Tive que refletir, pedir desculpas e explicar melhor. Foi uma lição dura, mas me ajudou de muitas maneiras”, afirmou.
O significado da conquista
Líder do ranking há 46 semanas, Sabalenka reconheceu que precisava de um título de Grand Slam em 2025 para dar sentido à temporada. Agora, pode exibir dois troféus no US Open (2024 e 2025) e outros dois no Aberto da Austrália (2023 e 2024), consolidando-se como a principal tenista em quadras duras no circuito atual.
Anisimova, apesar da derrota, também sai de Nova York em alta. Ela deve estrear no Top 5 do ranking da WTA, resultado de uma temporada de consistência, que incluiu a final em Wimbledon contra Iga Swiatek.
Este foi o terceiro ano seguido com uma final feminina no US Open entre uma jogadora norte-americana e uma estrangeira, confirmando a força dos Estados Unidos na renovação do tênis feminino. Além disso, foi a quinta final consecutiva de Grand Slam com participação de uma atleta americana.