“Tarcísio acabou", diz José Genoino sobre a adesão de governador de SP à extrema direita

247 - Ex-presidente nacional do PT, José Genoino analisou em entrevista ao programa Giro das Onze a recente movimentação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e suas ações políticas em relação ao governo federal e à extrema direita. Para Genoino, Tarcísio demonstrou que "acabou" politicamente após sua adesão explícita a pautas bolsonaristas e a sua postura diante de atos antidemocráticos.

Segundo Genoino, a mudança no comportamento de Tarcísio é um reflexo de sua dependência da extrema direita, especialmente do ex-presidente Jair Bolsonaro. "Ele só governa São Paulo por causa do Bolsonaro", afirmou, destacando que a escolha do governador de participar de um ato na Avenida Paulista e atacar o Poder Judiciário indicam uma ruptura com as forças mais moderadas do espectro político.

Em suas palavras, Tarcísio "tirou a fantasia" e agora mostra claramente sua aliança com a extrema direita. O ex-líder petista afirmou que o governador paulista se entregou a um "balcão de negócios", em que, segundo Genoino, o que prevalece são as trocas fisiológicas e a falta de um projeto claro para o estado e o país. "A conciliação é importante, mas precisa ser a serviço de um projeto", completou, criticando a falta de uma agenda política consistente por parte de Tarcísio.

Genoino também questionou a viabilidade política do governador no cenário futuro, afirmando que sua adesão à extrema direita e seus recentes atos de confronto com o Supremo Tribunal Federal enfraquecem sua posição eleitoral. "Parece que o Tarcísio acabou", afirmou Genoino, destacando que ele se afastou de qualquer possibilidade de construir uma aliança estratégica com os setores mais moderados da política paulista.

O ex-presidente nacional do PT ainda enfatizou que, ao participar de um ato que atacou o STF e ao se associar a pautas radicais, Tarcísio demonstrou ser mais um "produto" da extrema direita e uma "marionete" das forças bolsonaristas. O ex-deputado não poupou críticas ao governador de São Paulo, afirmando que ele cometeu um "erro estratégico" ao se aliar tão abertamente a esse campo político, colocando sua candidatura em risco.