<p><b>247 - </b>Em entrevista ao programa <i>Giro das Onze</i>, o ex-presidente nacional do PT José Genoino analisou os desafios de um eventual quarto mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. Para ele, não será possível repetir o modelo atual de governo caso o presidente dispute e vença novamente em 2026.</p>
<p>Segundo Genoino, o cenário político e econômico mundial impõe a necessidade de uma guinada mais profunda. “O Lula 4 tem que ser mais avançado do que o Lula 3. É a própria crise que está empurrando a gente para o avanço”, afirmou.</p>
<h3><b>Crise internacional e soberania nacional</b></h3>
<p>Genoino destacou que o governo precisará enfrentar questões estruturais que extrapolam a política doméstica, como o agravamento da crise climática, os conflitos geopolíticos e a instabilidade econômica global. “A crise escalou, a crise é mais profunda, a crise ambiental, a crise social, a crise financeira, a crise da geopolítica, a crise do próprio imperialismo americano”, disse.</p>
<p>Para ele, a soberania nacional deve ser um eixo central do projeto. “O Lula 4 é a pauta do povo. O Lula 4 é a soberania nacional com políticas consistentes, com políticas de médio e longo prazo”, ressaltou.</p>
<h3><b>Reformas democráticas como prioridade</b></h3>
<p>O ex-presidente do PT defendeu ainda que um eventual novo mandato precisa implementar transformações no sistema político e institucional brasileiro. Entre os pontos citados estão mudanças nas Forças Armadas, na segurança pública e no Congresso Nacional. “O Lula 4 terá que ser mais avançado. Não podemos fazer o Lula 4 como se fosse uma repetição do Lula 3”, afirmou.</p>
<p>Genoino destacou que a gravidade da conjuntura torna impossível governar sem aprofundar reformas estruturais. “Só faz sentido um Lula 4 se for mais avançado do que o Lula 3”, reforçou.</p>
<h3><b>A relação com os Estados Unidos</b></h3>
<p>Outro tema abordado pelo dirigente foi a política externa. Genoino se mostrou crítico à postura de Washington e alertou sobre a necessidade de cautela. “Nós não devemos ter ilusão no imperialismo americano. Ele morde na hora certa e tenta assoprar em outras horas”, declarou.</p>
<p>Segundo ele, o Brasil precisa se posicionar de forma independente para fortalecer sua liderança na América Latina.</p>
<p>A fala de José Genoino reflete a avaliação de que Lula, caso confirme sua candidatura em 2026, terá de apresentar um programa de governo mais ousado, voltado à soberania nacional e ao enfrentamento das múltiplas crises globais. “É necessário construir um sistema de alianças mais forte para disputar as eleições e, sobretudo, garantir avanços estruturais no país”, concluiu. Assista:&nbsp;</p>

Dafne Ashton

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Entrevistas

“Lula 4 tem que ser mais avançado que o Lula 3”, afirma José Genoino

<p><b>247 -</b> Em entrevista ao programa <i>Bom Dia 247</i>, transmitido pela TV 247, o ex-deputado e ex-presidente nacional do PT José Genoino afirmou que a interceptação da Global Sumud Flotilha pela Marinha de Israel pode representar um divisor de águas na percepção internacional sobre o conflito no Oriente Médio.Segundo reportagem do site <i>Radio Zapatista</i>, os integrantes da flotilha foram sequestrados em águas internacionais e correm risco de transferência para a prisão de Ketziot, no deserto de Negev, conhecida pelas denúncias de tortura e maus-tratos a palestinos. Entre os detidos estão o ativista brasileiro Thiago Ávila e a sueca Greta Thunberg, símbolo mundial da luta ambiental.</p>
<p>Questionado sobre a repercussão do episódio, Genoino foi categórico: “ Eu acho que a opinião pública internacional está promovendo uma virada e o isolamento do governo de Israel. Essa crise humanitária, de morte, de fome e de arrogância sem limite está construindo um movimento muito forte.”</p>
<p>O ex-deputado afirmou ainda que a flotilha simboliza uma denúncia global da barbárie. “a humanidade está percebendo que o seu destino está sendo decidido nos escombros da Faixa de Gaza. Nós temos que derrotar o genocídio, a violência e a arrogância de Israel e dos Estados Unidos contra o povo palestino.”</p>
<p>Genoino também defendeu uma postura mais firme do Brasil diante da crise. “se não houver uma decisão forte em relação ao genocídio praticado pelo governo de Israel, eles não vão abrir mão da violência. As declarações de Lula são corretas, mas é preciso tomar medidas práticas, como boicotes e suspensão de relações econômicas.”</p>
<p>Para ele, a solidariedade internacional aos participantes da flotilha é um passo essencial para romper o cerco e denunciar o bloqueio a Gaza. “esses companheiros tomaram uma atitude ousada, legítima, de chamar atenção para o martírio de um povo que resiste heroicamente.” Assista:&nbsp;</p>
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Genoino: “Flotilha pode ser o ponto de virada da opinião pública mundial sobre Israel”

<p><b>247 - </b>No programa <i>Forças do Brasil</i>, transmitido ao vivo pela TV 247, o ex-deputado federal e ex-presidente nacional do PT José Genoino fez uma análise contundente sobre a conjuntura política brasileira e a recente mobilização popular que tomou as ruas do país. Para ele, o atual cenário representa uma chance inédita de reorganização das forças progressistas diante do avanço da extrema direita. “A crise nos empurrou para a esquerda”, resumiu Genoino, numa das frases mais emblemáticas da entrevista.</p>
<p>A declaração foi feita durante conversa com o jornalista Mário Vitor Santos, em que Genoino analisou a repercussão das manifestações do dia 21 de setembro, realizadas contra a chamada “PEC das prerrogativas” — apelidada por setores da sociedade de “PEC da impunidade” ou “PEC da bandidagem”. O ex-parlamentar destacou que os atos sinalizam não apenas indignação popular, mas uma virada estratégica: “Criou-se um polo alternativo à extrema direita e às articulações da direita neoliberal. Essa é a grande novidade da conjuntura.”</p>
<h3><b>Um novo ciclo iniciado nas ruas</b></h3>
<p>A análise de Genoino atribui ao discurso do presidente Lula na Assembleia Geral da ONU, também no dia 21 de setembro, um papel central no atual reposicionamento político do governo. Em sua visão, houve ali uma inflexão na governabilidade baseada em concessões e uma guinada em direção ao enfrentamento direto da crise social, econômica e institucional.</p>
<p>“O discurso do Lula junta três elementos centrais: soberania nacional, democracia com decisões sobre os golpistas e a pauta do povo. É uma mudança de qualidade na construção de um projeto político”, afirmou Genoino. Ele também enfatizou a força simbólica das ruas: “A voz rouca das ruas tornou-se voz estridente. O povo falou alto”.</p>
<h3><b>Imunidade ou impunidade?</b></h3>
<p>Genoino, que foi constituinte em 1988, demonstrou preocupação com o uso distorcido das prerrogativas parlamentares. Para ele, a imunidade prevista na Constituição tem por objetivo proteger a ação política e o exercício do mandato, e não blindar crimes comuns. “A imunidade não pode cobrir crimes inafiançáveis, imprescritíveis, como o golpe de Estado”, alertou.</p>
<p>Ele criticou duramente o que considera um desvirtuamento da proposta original da Constituição e associou a tentativa de aprovar a PEC à articulação por uma anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 2022 e 2023. “A extrema direita cometeu um erro monumental ao vincular a PEC à ideia de anistia. Quando se é muito esperto, o povo desconfia”, declarou.</p>
<h3><b>Autocrítica à esquerda e lições ao PT</b></h3>
<p>Ao mesmo tempo em que apontou os perigos de retrocessos institucionais, Genoino fez autocrítica à esquerda, especialmente ao Partido dos Trabalhadores. Criticou os deputados petistas que votaram a favor da PEC e defendeu a retomada da disciplina política no parlamento: “O direito de falar é universal, mas o voto tem que ser com a maioria. O partido é um contrato coletivo, não um clube de vontades individuais.”</p>
<p>Ele também lamentou que a direção do partido não tenha fechado questão sobre o tema, o que, segundo ele, permitiu a dispersão dos votos. “Houve um erro político. A direção deveria ter orientado a bancada. Não estou falando de traição, mas de falta de clareza estratégica”, pontuou.</p>
<h3><b>Preparar a esquerda para 2026</b></h3>
<p>Com olhos voltados para a próxima disputa presidencial, Genoino advertiu que o embate será ainda mais acirrado. Para ele, a elite econômica e o imperialismo buscarão limitar a capacidade transformadora do governo Lula. “A eleição de 2026 será radicalizada. Eles tentarão forçar alianças ao centro para impedir mudanças estruturais, ou, se puderem, vão buscar a derrota direta”, previu.</p>
<p>Nesse contexto, Genoino defendeu que o PT e os partidos de esquerda reforcem suas alianças, redefinam estratégias e, sobretudo, recuperem sua identidade. “Quando a esquerda perde sua identidade, ela se enfraquece. Não podemos ser domesticados. Temos que ser uma alternativa real diante da crise.”</p>
<p>Segundo o ex-deputado, as manifestações do dia 21 de setembro não representam um ponto de chegada, mas sim o início de uma nova caminhada. “As ruas criaram um polo dinâmico contra o neoliberalismo e a extrema direita. É uma oportunidade histórica que não podemos desperdiçar.” Assista:&nbsp;</p>
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"A crise nos empurrou para a esquerda", diz Genoino sobre mobilizações e disputa política no Brasil

<p><b>247 -</b> O ex-presidente do Partido dos Trabalhadores, José Genoino, avaliou em entrevista ao Bom Dia 247 que a conjuntura política brasileira sofreu uma inflexão a partir das manifestações de 21 de setembro e da derrota da chamada “PEC da blindagem” no Senado. Segundo ele, a mobilização popular foi determinante para barrar iniciativas que buscavam proteger parlamentares acusados de crimes e, ao mesmo tempo, garantir anistia a apoiadores de atos golpistas.</p>
<p>“A anistia subiu no telhado e nós temos que intensificar a campanha contra a anistia e essa meia boca de passar o lenço na cabeça dos golpistas”, afirmou Genoino, defendendo que a luta contra esse tipo de medida deve ser contínua e articulada pela esquerda.</p>
<h2><b>Conjuntura e papel das ruas</b></h2>
<p>Genoino destacou que os atos de setembro, com forte presença de jovens e diversidade de gerações, mudaram a postura do governo e da esquerda no enfrentamento político. “O Lula começou a falar com as ruas, dando entrevistas, fazendo inserções nas redes sociais e polarizando. A própria comunicação do governo sofreu uma alteração”, explicou.</p>
<p>Para o ex-deputado, a esquerda não pode se limitar às negociações parlamentares. “Nós não podemos tomar decisões olhando pelo retrovisor do Congresso Nacional. Temos que olhar pelas lentes das ruas, do sentimento popular”, afirmou, ressaltando que o processo de mobilização não se esgota em um único ato, mas é resultado de um acúmulo político.</p>
<h2><b>Revisão da imunidade parlamentar</b></h2>
<p>Ao comentar a derrota da PEC que ampliaria a proteção de parlamentares, Genoino recordou o histórico de debates sobre imunidade desde a Constituição de 1988. “A imunidade parlamentar é para o deputado falar, representar, votar e exercer o mandato. O mandato não é para praticar feminicídio, corrupção, assassinato, racismo ou pregar golpe de Estado”, disse.</p>
<p>Para ele, o episódio reforça a necessidade de rever todo o sistema político e eleitoral, que, segundo sua avaliação, mantém distorções herdadas da ditadura militar. “Nós temos que recolocar a política em outro patamar, porque a institucionalidade foi violentada pela criminalização da política e pelo surgimento de condições fascistas”, defendeu.</p>
<h2><b>Governo e governabilidade</b></h2>
<p>Genoino afirmou que a experiência recente mostra que a governabilidade não pode se limitar a acordos com o Congresso. “O Lula percebeu que a governabilidade que dá resultado é aquela que, além de dialogar e negociar, enfrenta, polariza e dialoga com as ruas”, declarou.</p>
<p>Segundo ele, a bancada do PT no Legislativo precisa resgatar seu papel histórico, evitando o que chamou de “acomodação parlamentar”. “A bancada tem que estar unida, polarizar e resgatar o papel histórico da esquerda”, completou.</p>
<h2><b>Campanha permanente contra a anistia</b></h2>
<p>Genoino reforçou que a luta contra tentativas de anistiar os envolvidos em atos golpistas não terminou com a derrota da PEC. Para ele, trata-se de um debate estrutural, que exige pressão social contínua.</p>
<p>“Temos que intensificar a campanha contra a anistia e contra essa tentativa de passar pano nos golpistas. A conjuntura mudou, mas só se sustenta se houver mobilização popular e coerência política”, concluiu. Assista:&nbsp;</p>
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Genoino: “A anistia subiu no telhado”

<p><b>247 – </b>Em entrevista ao programa <b>Bom Dia 247</b>, o ex-presidente do PT José Genoino analisou a tramitação da chamada PEC da Blindagem — que opositores apelidaram de “PEC da Bandidagem”. Para ele, a proposta não surge do nada: tem raízes em debates ocorridos desde o início dos anos 2000 e reflete uma estratégia de setores conservadores para ampliar privilégios políticos.</p>
<p>“O que se chama hoje de PEC da bandidagem tem uma história. Eu estava na Câmara em 2001, quando se discutiu a necessidade de redefinir os limites da imunidade parlamentar”, afirmou Genoino, destacando que, na época, a bancada petista participou de negociações para restringir o uso abusivo do instituto.</p>
<h2><b>Imunidade e limites do mandato</b></h2>
<p>Segundo Genoino, a Constituição de 1988 garantia uma imunidade tão ampla que impedia a punição de parlamentares acusados de crimes graves. “Dos 253 processos existentes, apenas dois foram autorizados pela Câmara. Por isso, defendíamos que a imunidade deveria valer para o exercício do mandato: legislar, fiscalizar e representar o povo. Não para praticar racismo, feminicídio, corrupção ou golpe de Estado”, recordou.</p>
<p>A mudança aprovada em 2001, contou o ex-deputado, teve como objetivo preservar o mandato contra perseguições políticas, mas sem transformar a imunidade em um salvo-conduto. Para ele, a tentativa atual de retomar a redação original da Constituição de 1988 significa “um retrocesso injustificável”.</p>
<h2><b>Crítica à ampliação de privilégios</b></h2>
<p>Genoino criticou especialmente a extensão da imunidade a presidentes de partidos. “Isso é um absurdo, porque presidente de partido não exerce mandato. Hoje eles têm força pelo fundo partidário, pelo fundo eleitoral e pelas emendas. Criar partido virou negócio. A PEC amplia privilégios em vez de proteger a representação popular”, disse.</p>
<p>Ele também apontou falhas no processo de votação da proposta: “A inclusão da votação secreta foi irregular. E lamento que 12 deputados do PT tenham apoiado a medida, contrariando a história da nossa bancada”.</p>
<h2><b>Divisão interna e riscos para o PT</b></h2>
<p>Para o ex-presidente do PT, a divisão da bancada foi um erro político grave. “No momento em que o PT é governo, temos que demonstrar coesão. A esquerda já pagou caro por acreditar em alianças com o centrão e a extrema direita. Essa ingenuidade política enfraquece o partido”, declarou.</p>
<p>Genoino defendeu um debate interno sobre disciplina e unidade: “O PT não pode se tornar uma cooperativa de mandatos. O voto do deputado deve refletir a decisão da bancada e do partido. Se não houver coesão, corremos o risco de descaracterizar o PT e enfraquecer sua identidade como partido de esquerda”.</p>
<h2><b>“Eles apostam na crise”</b></h2>
<p>Na avaliação do ex-presidente do PT, a PEC da Blindagem faz parte de uma estratégia mais ampla da oposição. “Esses setores estão apostando no ‘quanto pior, melhor’. A anistia que eles tentam aprovar é inconstitucional, porque se refere a crimes contra a democracia, cláusulas pétreas da Constituição. Eles sabem disso, mas querem empurrar o país para a crise, de olho em 2026 e no apoio externo”, analisou.</p>
<p>Genoino concluiu reforçando a necessidade de enfrentamento político: “Podemos perder uma votação, mas não podemos perder a dignidade e a unidade. O momento exige firmeza e compromisso com a democracia. É disso que se trata”. Assista:&nbsp;</p>
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Genoino: “PEC da bandidagem tem história, não é algo novo”

<p><b>247 - </b>Ex-presidente nacional do PT, José Genoino analisou em entrevista ao programa <i>Giro das Onze</i> a recente movimentação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e suas ações políticas em relação ao governo federal e à extrema direita. Para Genoino, Tarcísio demonstrou que "acabou" politicamente após sua adesão explícita a pautas bolsonaristas e a sua postura diante de atos antidemocráticos.</p>
<p>Segundo Genoino, a mudança no comportamento de Tarcísio é um reflexo de sua dependência da extrema direita, especialmente do ex-presidente Jair Bolsonaro. "Ele só governa São Paulo por causa do Bolsonaro", afirmou, destacando que a escolha do governador de participar de um ato na Avenida Paulista e atacar o Poder Judiciário indicam uma ruptura com as forças mais moderadas do espectro político.</p>
<p>Em suas palavras, Tarcísio "tirou a fantasia" e agora mostra claramente sua aliança com a extrema direita. O ex-líder petista afirmou que o governador paulista se entregou a um "balcão de negócios", em que, segundo Genoino, o que prevalece são as trocas fisiológicas e a falta de um projeto claro para o estado e o país. "A conciliação é importante, mas precisa ser a serviço de um projeto", completou, criticando a falta de uma agenda política consistente por parte de Tarcísio.</p>
<p>Genoino também questionou a viabilidade política do governador no cenário futuro, afirmando que sua adesão à extrema direita e seus recentes atos de confronto com o Supremo Tribunal Federal enfraquecem sua posição eleitoral. "Parece que o Tarcísio acabou", afirmou Genoino, destacando que ele se afastou de qualquer possibilidade de construir uma aliança estratégica com os setores mais moderados da política paulista.</p>
<p>O ex-presidente nacional do PT ainda enfatizou que, ao participar de um ato que atacou o STF e ao se associar a pautas radicais, Tarcísio demonstrou ser mais um "produto" da extrema direita e uma "marionete" das forças bolsonaristas. O ex-deputado não poupou críticas ao governador de São Paulo, afirmando que ele cometeu um "erro estratégico" ao se aliar tão abertamente a esse campo político, colocando sua candidatura em risco.</p>
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“Tarcísio acabou", diz José Genoino sobre a adesão de governador de SP à extrema direita

<p><b>247 -</b> Em entrevista ao programa Bom Dia 247, o ex-presidente do PT, José Genoino, analisou o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de militares acusados de participação nos atos golpistas de 8 de janeiro. Para ele, o processo em curso no Supremo Tribunal Federal representa um momento histórico de acerto de contas do Brasil com seu passado de golpes de Estado, mas também carrega riscos diante da articulação política pela aprovação de uma anistia.</p>
<p><b>Julgamento histórico e risco de “farsa”</b></p>
<p>Genoino destacou que, pela primeira vez na história republicana, altos comandantes militares estão sendo julgados. Ele apontou que a maioria das defesas buscou isentar clientes da responsabilização sem negar a tentativa de golpe.</p>
<p>“É um fato muito importante, tem um sentido histórico. O Brasil ajusta as contas com seu passado de golpes. Pela primeira vez, chefes políticos e militares estão sendo julgados”, afirmou.</p>
<p>No entanto, o dirigente petista advertiu que esse processo pode ser comprometido por uma articulação entre extrema direita, setores do Centrão e o governador de São Paulo em torno de uma anistia. “Isso é uma farsa que mostra o caráter de parte importante da classe dominante brasileira. Quando o julgamento pegava apenas o baixo clero, não havia clamor. Mas, quando chegou ao topo, aos quatro estrelas e ao Bolsonaro, começou a articulação por anistia”, avaliou.</p>
<p><b>Crise institucional e pressão internacional</b></p>
<p>Para Genoino, a eventual aprovação de uma anistia abriria caminho para uma crise institucional. Ele alertou que setores conservadores cogitam até anular a inelegibilidade de Bolsonaro.</p>
<p>“O Supremo não pode aceitar uma anistia em torno da tentativa de golpe de Estado, abolição do Estado de Direito e organização criminosa. Seria a antessala de uma crise institucional”, disse.</p>
<p>Segundo o ex-presidente do PT, essa movimentação ocorre em meio à pressão do imperialismo americano sobre a América Latina, com repercussões diretas no Brasil. Ele classificou a família Bolsonaro como “quinta coluna americana” e destacou que a política externa deve reforçar a integração regional e a soberania nacional.</p>
<p><b>Mobilização popular como resposta</b></p>
<p>Genoino ressaltou a importância das ruas como espaço de resistência contra a anistia e contra a ofensiva da extrema direita. Ele defendeu a convocação de grandes manifestações no 7 de Setembro, em apoio ao governo Lula e ao julgamento em curso no STF.</p>
<p>“O agente político são as ruas, é o povo, são manifestações. Precisamos de grandes atos no 7 de setembro. Se essa anistia for aprovada, será uma farsa que pode se transformar em crise institucional”, declarou.</p>
<p><b>Extrema direita e o “caos” como estratégia</b></p>
<p>O ex-presidente do PT foi categórico ao caracterizar a extrema direita. “A extrema direita é ousada, provocadora e não tem limites. Ela é filha da crise e da desgraça. Trabalha com a ideia de provocar o caos e a bagunça para manter o status quo da dominação, da exploração e do preconceito”, disse.</p>
<p>Para Genoino, o atual cenário exige que partidos de esquerda e movimentos sociais intensifiquem a mobilização popular, reforcem a defesa da democracia e ampliem a luta pela soberania nacional. Assista:&nbsp;</p>
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“A extrema direita é filha do caos e da desgraça”, diz Genoino

<p><b>247 -</b> Durante sua participação no programa <i>Bom Dia 247</i>, o ex-presidente nacional do PT, José Genoino, destacou que a principal tarefa do campo progressista é enfrentar e desautorizar o discurso e a influência da extrema direita. Segundo ele, esse é o eixo central da conjuntura atual: <i>“nós temos a tarefa de deslegitimar o bolsonarismo e a extrema direita”</i>. Genoino ressaltou ainda que o bolsonarismo deve ser compreendido como parte de um fenômeno maior: <i>“Bolsonarismo é uma coisa, a extrema direita é algo mais amplo, eles se autoalimentam”</i>.</p>
<p>O ex-dirigente relaciona a ascensão da extrema direita a um ciclo de criminalização da política e de espetacularização do debate público. Segundo Genoino, essa dinâmica deslocou temas estruturais e favoreceu uma gramática de violência e ódio. Daí, diz, a necessidade de uma resposta com orientação política, social e cultural: “nós temos uma tarefa que é governar e, ao mesmo tempo, libertar os corações, as mentes, as palavras, os símbolos, os conteúdos dessa subjetividade da morte, da guerra, do ódio, da violência”.</p>
<p>A estratégia proposta por Genoino combina ação institucional e mobilização de base. Ele defende disputar valores e sentidos no cotidiano, para além do calendário eleitoral: “Nós não podemos fazer essa disputa da só na base de evento político eleitoral, só na base do fenômeno. Nós temos que construir forças sociais organizadas com um programa para fazer uma disputa que ela é radicalizada, ela é polarizada”. Essa disputa, afirma, inclui comunicação, formação política e organização territorial.</p>
<p>No diagnóstico do ex-presidente do PT, a extrema direita opera pela produção de medo e antagonismo permanente: “eles ficam mais violentos, mais agressivos para provocar o medo, porque eles trabalham com medo e ódio, ódio e medo”. Para enfrentá-la, sugere uma narrativa centrada em direitos sociais, soberania e democracia, ancorada em resultados concretos de governo e em uma frente de defesa de valores republicanos.</p>
<p>Genoino também vincula o combate à extrema direita à construção de uma agenda que ele chama de “pauta do povo”, articulando políticas econômicas e sociais com o trabalho de esclarecimento político: “nós temos que continuar com essas medidas […] e ao mesmo tempo fazer um trabalho de politização, de esclarecimento”. Na avaliação do ex-dirigente, fortalecer políticas públicas e disputar o sentido comum são movimentos simultâneos e complementares.</p>
<p>Ao final, Genoino reforça que deslegitimar a extrema direita não é um ato isolado, mas um processo: desmontar a “espetacularização” da política, enfrentar o discurso de ódio e consolidar uma alternativa organizada. Em suas palavras, trata-se de sustentar uma disputa longa e capilar, que combine governo, mobilização social e uma pedagogia pública orientada a “libertar corações e mentes”. Assista:&nbsp;</p>
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Genoino: “Nós temos a tarefa de deslegitimar a extrema direita”

<p><b>247 - </b>Em entrevista ao programa Giro da Onze da TV 247, o ex-presidente do PT, José Genoino, analisou o cenário geopolítico da América Latina diante das recentes movimentações do atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Para ele, o imperialismo norte-americano vive um período de crise, mas tenta reafirmar sua hegemonia regional retomando práticas associadas à antiga Doutrina Monroe — política de influência e controle sobre o continente.</p>
<p>Segundo Genoino, “estamos vivendo a radicalização da Doutrina Monroe, no sentido de quintal”, destacando que a América Latina tem sido tratada como área subordinada de interesse norte-americano. O ex-deputado argumenta que, mesmo em meio ao declínio do poder dos EUA, Washington busca reposicionar-se por meio de pressões diplomáticas, sanções econômicas e ameaças militares, com foco especial na Venezuela e na Colômbia.</p>
<h3><b>Venezuela e a política de cerco</b></h3>
<p>A entrevista abordou a decisão dos EUA de colocar a cabeça do presidente Nicolás Maduro a prêmio, ao mesmo tempo em que Washington volta a comprar petróleo venezuelano. Genoino ressaltou que essa política não busca apenas acesso a recursos energéticos, mas “a troca do governo por agentes alinhados aos interesses americanos”. Para ele, a situação pode levar a um quadro de conflagração na região, com risco de desestabilização política também no Brasil.</p>
<h3><b>O papel do Brasil e a integração regional</b></h3>
<p>Genoino defendeu que o Brasil deve reagir com uma política externa autônoma e fortalecendo a integração latino-americana. Ele lembrou que, no governo Lula 2, o Conselho de Defesa Sul-Americano buscava cooperação entre os países vizinhos e dissuasão conjunta contra ameaças externas. Na sua avaliação, o atual governo Lula precisa retomar essa agenda de maneira ainda mais ativa.</p>
<p>“O Brasil tem espaço para uma diplomacia mais ousada e para liderar a integração regional, mesmo com governos de direita no continente”, afirmou.</p>
<h3><b>China, Rússia e a multipolaridade</b></h3>
<p>Sobre a disputa global, Genoino apontou que China e Rússia ampliaram influência na América Latina, especialmente na Venezuela, e devem se contrapor a uma ofensiva militar dos EUA. “Não é um terreno fácil para os Estados Unidos pintarem e bordarem como no passado. O mundo hoje é multipolar”, disse. Ele acredita que as potências emergentes tendem a ter papel ativo em apoio político e estratégico a países da região.</p>
<h3><b>Defesa nacional e soberania</b></h3>
<p>Um ponto central da fala de Genoino foi a fragilidade da política de defesa brasileira. Ele defendeu investimentos estratégicos em guerra cibernética, vigilância do espaço aéreo e fortalecimento da Marinha, citando a necessidade de avançar no programa nuclear. “O Brasil precisa ter uma política nacional de defesa que envolva sociedade, Congresso, partidos e academia”, destacou.</p>
<p>O ex-presidente do PT ainda criticou a submissão do sistema financeiro brasileiro às regras impostas pelos EUA e apoiou a posição do ministro Flávio Dino contra a aplicação automática da Lei Magnitsky no país. Para Genoino, aceitar ingerências jurídicas externas significaria abrir mão da soberania nacional. Assista:</p>
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“Estamos vivendo a radicalização da Doutrina Monroe”, diz José Genoino

<p><b>247 - </b>No programa <i>Bom Dia 247</i>, o ex-deputado José Genoino fez duras críticas ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmando que sua postura agressiva contra o Brasil e países da América Latina reflete a instabilidade do poder norte-americano. “O ego, a petulância e a violência do Trump são do tamanho da crise do império”, disse.</p>
<p>Genoino apontou que a recente reunião de Trump com o presidente russo Vladimir Putin, sem a presença de líderes europeus ou do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, representa uma vitória política para Moscou e um sinal de enfraquecimento da liderança americana. Para ele, o cenário internacional multipolar desafia a arrogância da Casa Branca, que atua em sintonia com as grandes empresas de tecnologia — as chamadas Big Techs — e mantém uma política externa marcada pelo intervencionismo.</p>
<p>O ex-parlamentar destacou as reações de Cuba e da Venezuela contra as críticas de Trump ao programa Mais Médicos, defendendo que o Brasil fortaleça a integração latino-americana e amplie a solidariedade entre países da região diante da ofensiva norte-americana. Ele cobrou ainda que movimentos populares e a comunidade médica atuem de forma mais incisiva na defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) e da cooperação internacional em saúde.</p>
<p>Genoino reagiu também às declarações de Trump de que o Brasil seria “um dos piores países do mundo” e de que estaria promovendo uma “execução política” contra Jair Bolsonaro. Para ele, o objetivo real do republicano é minar o governo de Luiz Inácio Lula da Silva e apoiar forças de extrema direita alinhadas aos interesses dos EUA. “O bolsonarismo é o elo para sustentar a dominação imperialista”, afirmou.</p>
<p>Sobre o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) de Bolsonaro e outros réus pela tentativa de golpe em 2022, Genoino avaliou que há poucas chances de manobras para adiar o processo, mas alertou para possíveis provocações e ameaças. Ele citou pesquisas que mostram apoio da maioria da população à prisão do ex-presidente e destacou o papel firme do ministro Alexandre de Moraes na defesa da democracia.</p>
<p>O ex-deputado também criticou o recente motim de parlamentares bolsonaristas na Câmara, classificando-o como tentativa de paralisar o Legislativo. Segundo ele, a fragilidade do presidente da Casa, Hugo Mota, decorre de seu histórico de articulação no impeachment de Dilma Rousseff.</p>
<p>Ao comentar a proposta do governo Lula de regulamentar as Big Techs, Genoino disse que o tema é estratégico para conter o poder econômico e político dessas empresas. “As Big Techs querem governar o mundo com o trumpismo”, alertou.</p>
<p>Por fim, o ex-deputado afirmou que o risco de um novo golpe patrocinado pelos EUA existe e que, em certos aspectos, as ações atuais são “mais agressivas” do que as de 1964, pela ausência de qualquer disfarce nas ameaças. “Perderam a vergonha”, concluiu. Assista:&nbsp;</p>
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Genoino: "A petulância do Trump é do tamanho da crise do Império"

<p><b>247 - </b>Em entrevista ao <i>Bom Dia 247</i>, o ex-presidente do PT, José Genoino, classificou como “criminosa” a ocupação da mesa diretora da Câmara dos Deputados por parlamentares da extrema direita. Para ele, o episódio, ocorrido em meio a uma tentativa de obstruir a pauta do governo, representou uma afronta direta ao funcionamento do Poder Legislativo e deixou o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), “desmoralizado”.</p>
<p>Genoino lembrou que o regimento e a liturgia parlamentar permitem protestos, discursos duros e até abandono do plenário, mas não a interrupção das atividades. “Você pode falar, sair do plenário, virar as costas, gritar. Agora, impedir o funcionamento é um ato criminoso”, afirmou. Segundo ele, caberia a Motta adotar medidas imediatas: “Ou ele não entrava no plenário ocupado ou mandava retirar os deputados e só assumia a mesa depois. O plenário e a mesa são símbolos do poder”.</p>
<p>O ex-deputado citou precedentes históricos para reforçar o argumento. Recordou que, durante a transição da ditadura para a democracia, houve episódios em que a presidência da Câmara se recusou a conduzir trabalhos com galerias ocupadas. “Imagina o plenário. Aquilo ali foi o 8 de janeiro de gravata. Os engravatados resolveram fazer o que foi feito na Praça dos Três Poderes”, comparou.</p>
<p>Para Genoino, a atitude de Motta em assumir a presidência mesmo com a mesa tomada comprometeu sua autoridade. “O presidente de um poder representa a liturgia. Quando ele entra daquela maneira, sendo barrado por um segurança que era deputado, a desmoralização é total”, avaliou. Ele também alertou para o risco de a Câmara ser usada para aprovar “pautas-bomba” contra o governo, citando o exemplo do ex-presidente da Casa Eduardo Cunha no processo de impeachment de Dilma Rousseff.</p>
<p>Genoino associou o episódio a uma estratégia mais ampla da extrema direita para inviabilizar o governo Lula e influenciar as eleições de 2026. Segundo ele, a articulação tem respaldo externo: “Eles têm a retaguarda dos Estados Unidos. Não é por acaso que, depois de um ato como esse, vem nota da embaixada americana”.</p>
<p>O ex-presidente do PT defendeu reação política e social. “Não podemos ficar em berço esplêndido. É fundamental que partidos progressistas promovam atos e manifestações democráticas e pacíficas. O presidente Lula deveria usar cadeia de rádio e TV para alertar sobre os riscos à democracia”, afirmou. Para Genoino, a mobilização popular e a defesa da soberania nacional devem caminhar juntas. “Estamos diante de um processo de aprofundamento da crise para impedir a reeleição de Lula. É uma espécie de golpe continuado que começou em 2016 e segue em curso”, concluiu. Assista: &nbsp;</p>
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"Ocupação foi criminosa e Hugo Motta saiu desmoralizado", diz José Genoino

<p><b>247 - </b>Em entrevista ao programa <i>Bom Dia 247</i>, o ex-presidente nacional do PT José Genoino defendeu que a solidariedade política ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), seja “incondicional”. A declaração foi dada no contexto das sanções impostas pelos Estados Unidos ao magistrado, por meio da chamada Lei Magnitsky, ação liderada pelo presidente norte-americano Donald Trump. Para Genoino, a ofensiva representa uma grave ameaça à soberania brasileira e exige resposta firme das instituições.</p>
<p>“O apoio a Alexandre Moraes é uma questão de princípio democrático que vincula a questão da autonomia do Supremo com a soberania nacional”, afirmou o ex-deputado.</p>
<p>Segundo Genoino, trata-se de uma tentativa do governo Trump de interferência direta no sistema de Justiça do Brasil. Para ele, qualquer país que tente “criminalizar” ou “fulanizar” um ministro da Suprema Corte brasileira está atentando contra os fundamentos do Estado democrático de direito.</p>
<p>“Um país não pode interferir na ação do Supremo. Independente de concordar ou não, eu arco com todas as decisões de Alexandre”, declarou.</p>
<h3><b>Soberania em disputa e papel do imperialismo</b></h3>
<p>Ao analisar o cenário internacional, Genoino ressaltou que a crise do imperialismo norte-americano vem sendo gerida por uma extrema-direita que se apoia em forças econômicas e tecnológicas, como as Big Techs e o setor financeiro. Na avaliação dele, a ação de Trump é parte de uma estratégia para afirmar a hegemonia dos EUA no cenário global, especialmente contra países que buscam autonomia.</p>
<p>“O trumpismo é a expressão da extrema direita na gestão da crise do imperialismo americano”, disse. “Eles estão fulanizando o Alexandre Moraes para dar uma lição para os outros. Trabalham com a ideia do medo, do ódio e da paralisia.”</p>
<p>Genoino alertou que a movimentação norte-americana foi estimulada por figuras políticas brasileiras, como Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo, a quem acusou de atuarem como “vassalos do imperialismo”. Para ele, essa articulação configura uma tentativa de deslegitimar o STF e criar um ambiente de intimidação institucional.</p>
<p>“O que eles estão fazendo é cuspir na cara do povo brasileiro. Se aliam ao imperialismo americano para contrariar os interesses do país e da Justiça.”</p>
<h3><b>Lula e Moraes: respostas distintas, mas convergentes</b></h3>
<p>O ex-presidente do PT avaliou como corretas as posturas tanto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva quanto de Alexandre de Moraes frente à crise. De um lado, Moraes recusou a defesa oficial da Advocacia-Geral da União neste momento. De outro, Lula articulou encontros com ministros do STF no Palácio da Alvorada e defendeu publicamente a independência do Judiciário.</p>
<p>“A principal resposta do ministro Alexandre Moraes é o julgamento firme, sereno, dentro dos preceitos democráticos”, afirmou Genoino. “O presidente Lula, como chefe de Estado, tem a responsabilidade de deixar claro que não aceitará pressões externas sobre o Supremo.”</p>
<h3><b>Crítica à omissão do Congresso e apelo por mobilização</b></h3>
<p>Genoino criticou a postura das presidências da Câmara e do Senado, classificando como “tímidas” as reações frente à sanção dos EUA. Ele comparou a situação atual com momentos históricos em que o Legislativo teve papel mais enfático na defesa da soberania.</p>
<p>“Tem determinados temas em que os democratas não podem ficar com ambiguidade. É ou não é?”, questionou. “O bolsonarismo é uma extrema-direita vassala do imperialismo americano. Estão tirando a máscara.”</p>
<p>O dirigente também destacou a importância de ampliar a mobilização política contra a ofensiva dos EUA e em defesa da democracia, apontando para a necessidade de articulação popular, especialmente às vésperas das eleições de 2026.</p>
<p>“Estamos construindo uma experiência inédita no mundo de combater, com as normas do Estado democrático, a extrema direita”, avaliou. “A punição do Eduardo Bolsonaro, do Paulo Figueiredo e do chefe maior deles é uma questão central.”</p>
<h3><b>Defesa internacional e articulação com os Brics</b></h3>
<p>Genoino defendeu que o Brasil busque alianças internacionais para enfrentar o tarifário imposto pelos EUA e a ofensiva contra o Judiciário brasileiro. Segundo ele, é preciso mobilizar governos, entidades e movimentos sociais de outros países em defesa da soberania.</p>
<p>“Devia haver uma frente mundial em defesa da paz, da democracia e da autodeterminação dos povos”, sugeriu. “O Brasil precisa fortalecer sua atuação no sistema multilateral e aprofundar os laços com os Brics.”</p>
<p>O ex-presidente do PT também cobrou uma atuação mais consistente do bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul:</p>
<p>“Os Brics precisam ter mais efetividade. Não pode ser só manchete. É hora de fundar novos organismos internacionais.”</p>
<h3><br/></h3>
<p>Para José Genoino, o momento exige clareza política e defesa intransigente da soberania nacional. Ele afirma que a resposta à ofensiva dos Estados Unidos deve combinar negociação com enfrentamento e reafirma que o Supremo Tribunal Federal precisa do respaldo de todos os setores democráticos do país.</p>
<p>“Nós temos que construir políticas concretas. Porque o que está em jogo é se vamos ser uma nação soberana ou apenas o quintal dos Estados Unidos.”</p>
<p>Assista:&nbsp;</p>
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