“Precisamos reeleger Lula para derrotar de vez o fascismo”, diz Edinho Silva

247 - Durante entrevista ao programa Boa Noite 247, o presidente nacional do PT, Edinho Silva, defendeu a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva como parte central da estratégia para barrar o avanço do fascismo no Brasil. Segundo ele, o próximo pleito presidencial será determinante para a consolidação da democracia, diante de ameaças persistentes à soberania nacional e ao Estado de Direito.

“A eleição de 2026 é tão importante porque significa derrotar o pensamento fascista no Brasil”, afirmou Edinho. De acordo com o dirigente petista, setores da extrema direita brasileira seguem organizados e atuantes, com vínculos ideológicos e políticos com forças internacionais que, em sua avaliação, têm desrespeitado princípios fundamentais da convivência democrática. Ele citou como exemplo o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a quem acusou de promover uma “política agressiva” contra o Brasil.

Durante a entrevista, Edinho ressaltou que a reeleição de Lula não deve se restringir a uma disputa eleitoral, mas deve representar um projeto político de enfrentamento ao autoritarismo. Para ele, o campo democrático-popular precisa mobilizar novamente a sociedade, como em 2022, com o objetivo de garantir a continuidade de uma agenda de reconstrução nacional. “Nós temos que repetir a mobilização que fizemos em 2022, uma mobilização em prol do Brasil, em prol de um projeto que fortaleça a democracia, que rechace todas as manifestações de autoritarismo.”

O presidente do PT defendeu que o partido assuma tarefas estruturantes no próximo período, como o fortalecimento de suas instâncias organizativas e a ampliação do diálogo com a sociedade. Ele também destacou a necessidade de avançar em reformas estruturais, entre elas a reforma política e a reforma tributária com justiça social. Edinho voltou a defender o voto em lista e criticou a fragmentação partidária no Congresso Nacional, que, segundo ele, enfraquece os projetos de país e favorece uma lógica de varejo.

Ao mencionar o papel internacional do Brasil, Edinho alertou para os riscos de isolamento e subordinação a interesses externos caso o projeto democrático seja derrotado. Ele criticou a tentativa de retaliação econômica liderada pelo governo Trump contra o Brasil e apontou os interesses norte-americanos sobre a participação brasileira no BRICS, a tecnologia do Pix e as reservas de terras raras. “Nós não vamos negociar as nossas reservas ajoelhados para os Estados Unidos. Nós não somos um puxadinho. Nós não somos o quintal dos Estados Unidos.”

Para o presidente do PT, reeleger Lula é também uma forma de resistir às investidas globais da extrema direita e seus impactos sobre a política migratória e os direitos humanos. Ele criticou duramente o que chamou de “criminalização dos imigrantes” promovida por governos de viés autoritário. “Estamos vendo o governo Trump transformar El Salvador num campo de concentração do século XX. Imigrantes sendo torturados, violentados, tratados de forma desumana.”

Edinho também responsabilizou a concentração de renda global como uma das causas da instabilidade internacional e da crise humanitária. Ele defendeu a taxação dos mais ricos como forma de enfrentar desigualdades e ampliar direitos sociais. “Hoje, 50% da renda mundial está na mão de 8% da população. No Brasil, 42% da renda está na mão de 10% da sociedade. Isso é insustentável”, afirmou.

Ao concluir sua participação no programa, o presidente do PT afirmou que a defesa da democracia precisa se materializar em ações concretas que protejam os direitos do povo e fortaleçam o Estado brasileiro. E reforçou: “Reeleger o presidente Lula significa nós derrotarmos também o pensamento fascista aqui no Brasil. E por isso nós vamos trabalhar muito, mas muito mesmo, para que o presidente Lula seja reconduzido à presidência da República.” Assista: