"Estamos vivenciando uma nova independência do Brasil", diz Jorge Folena
Jurista destaca a importância de um Brasil soberano, sem interferências externas, e critica a elite, que não contribui para o desenvolvimento nacional
247 - Em entrevista à TV 247, o jurista Jorge Folena defendeu que o país deve “tomar as rédeas de seu destino”. A fala ocorreu no contexto do evento "Ato pela Soberania", realizado no Rio de Janeiro. O encontro, que também contou com a participação de figuras como José Dirceu, trouxe à tona temas relacionados à intervenção externa no Brasil, a postura da elite brasileira e o fortalecimento da democracia.
Folena, que esteve presente no evento, compartilhou a emoção que sentiu ao perceber a magnitude do momento histórico. "Saí de lá com a sensação de que estávamos vivenciando uma nova independência do Brasil", afirmou, destacando o simbolismo do ato e o hino da independência que foi entoado ao final do evento. De acordo com ele, a crise que o país atravessa exige uma mobilização nacional em defesa da soberania, especialmente frente à crescente interferência externa por parte dos Estados Unidos.
O ex-ministro José Dirceu também fez duras críticas ao governo norte-americano, afirmando que a administração de Donald Trump busca impedir que o Brasil cumpra seu destino soberano. Dirceu relembrou declarações feitas na década de 80, onde o presidente Ronald Reagan afirmou que o Brasil não poderia se tornar uma nova potência, comparável ao Japão. Segundo Dirceu, o cenário global atual, com o fortalecimento do bloco dos BRICS e da China, oferece ao Brasil uma janela de oportunidades para almejar o desenvolvimento nacional com justiça social, democracia e soberania.
Folena reforçou que, além da intervenção externa, um dos maiores problemas do Brasil é a sua elite, que, segundo ele, não tem pensado de forma estratégica para o desenvolvimento do país. “Como o ministro Dirceu falou, um dos graves problemas do Brasil, talvez o mais grave, é sua própria elite, que pensa em desacordo com o desenvolvimento e com a soberania”.