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Bolsonaro na Papuda deve ser 'presente de Natal', ironiza Liana Cirne Lins

Vereadora do Recife e professora de Direito, Liana vê como “inviável” transferência de Bolsonaro para presídio na semana que vem

Bolsonaro na Papuda deve ser 'presente de Natal', ironiza Liana Cirne Lins (Foto: Divulgação)

247 - A vereadora do Recife e professora de Direito Liana Cirne Lins ironizou a iminente prisão de Jair Bolsonaro (PL) no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. Em participação na TV 247, ela afirmou que o início do cumprimento da pena está próximo, mas considerou “inviável” que isso ocorra já na próxima semana.

De acordo com Liana, após o julgamento dos embargos de declaração no Supremo Tribunal Federal (STF), ainda há etapas processuais obrigatórias antes de uma eventual prisão em regime fechado. “Está próximo de iniciar o cumprimento da pena de Bolsonaro, mas na próxima semana eu acho inviável. Depois do julgamento é necessário publicar a decisão dos embargos, e aí certificar o trânsito em julgado da decisão. Certificando, aí sim inicia o cumprimento da pena”, explicou.

A vereadora destacou ainda que a defesa do ex-presidente deve recorrer a novas tentativas jurídicas, ainda que sem eficácia. “Muito provavelmente a defesa irá apresentar outros recursos, e esses recursos serão inadmitidos, porque não cabem. Os embargos de declaração são os únicos admitidos neste caso. Então isso pode demorar um pouco mais”, avaliou.

De forma irônica, Liana afirmou que o envio de Bolsonaro à Papuda é mais provável no fim do ano. “Eu não teria a expectativa de que Bolsonaro vai para a Papuda na semana que vem. Ainda existe um trâmite formal a ser cumprido. Eu esperaria isso mais como um presente de Natal do que de Black Friday”, brincou.

Expectativa e bastidores do caso

Entre aliados e familiares, cresce a apreensão diante da possibilidade de o STF determinar a transferência de Jair Bolsonaro para a Papuda nos próximos dias. Atualmente, o ex-presidente cumpre prisão domiciliar com monitoramento por tornozeleira eletrônica.

Nos bastidores, a avaliação é que a prisão em regime fechado teria forte carga simbólica, representando a resposta do Supremo à tentativa de golpe de Estado. Apesar disso, o círculo próximo a Bolsonaro acredita que uma eventual estadia na Papuda seria breve, com possibilidade de retorno ao regime domiciliar por motivos médicos.

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