Alysson Mascaro denuncia “indústria do cancelamento”
Jurista diz que seu caso marca o fim de um mecanismo de perseguição moral e política
247 - O jurista e filósofo do direito Alysson Leandro Mascaro fez um depoimento emocionado no programa Bom Dia 247, em que relatou os dois anos de perseguição que sofreu e denunciou o que chamou de “indústria do cancelamento”. Durante a entrevista, ele afirmou que o episódio vivido simboliza não apenas um ataque pessoal, mas uma tentativa mais ampla de silenciar vozes críticas e intelectuais independentes no país. O relato, transmitido pela TV 247, ganhou força ao ser apresentado como um chamado à resistência diante da destruição pública promovida pelas redes e pela mídia tradicional.Durante a entrevista, Mascaro afirmou que foi alvo de “o maior processo de perseguição no século 21”. Ele descreveu o ataque como orquestrado, sustentado por perfis anônimos na internet, instituições acadêmicas que abandonaram o direito à defesa, e veículos de mídia que se prestaram como instrumentos de destruição de reputações. “A máquina de perseguição me desenhou como alvo”, lembrou. Em sua fala, o jurista também abordou frontalmente a questão de sua identidade e sexualidade, apontando que foram exploradas como instrumento de difamação. Ele declarou: “Eu me orgulho da minha sexualidade. Sou um homem bissexual e tenho orgulho”. Sobre o moralismo que atravessou todo o processo, ele sentenciou: “O moralismo vil e covarde mata as pessoas”.Mascaro ainda contextualizou seu caso dentro de uma ofensiva maior à intelectualidade crítica. “Perseguiram Lula, perseguiram Dilma, mas o plano de destruição da esquerda precisaria chegar às ideias”, afirmou. Ele acusou segmentos que se declaram progressistas de comporem um “neoliberalismo de esquerda”: “Há um neoliberalismo de esquerda, que se passa por esquerda, mas é direita – ou até extrema-direita”. Em relato duro sobre sua vivência institucional, o professor da Universidade de São Paulo disse: “Eu vi a universidade cuspir na minha cara, mas eu suportei”. Ele lembrou que foi suspenso da universidade e classificou o episódio como sintoma de uma lógica disciplinar aplicável a qualquer pensamento crítico. Frente à adversidade, Mascaro afirmou estar empenhado em transformar a dor em impulso político. “Pelo resto da vida, eu me devotarei a derrotar a indústria do cancelamento”, declarou. Ele ressaltou que o seu caso simboliza mais do que uma disputa pessoal: “As últimas ilusões que eu tinha, eu as perdi todas. Na porta do inferno, eu deixei toda a esperança”. A repercussão da entrevista foi rápida e ampla: segundo o Brasil 247, surgiram manifestações de solidariedade inéditas — estudantes, intelectuais e militantes se manifestaram reconhecendo no relato de Mascaro uma denúncia coletiva de silenciamento.
Assim, a fala de Alysson Mascaro aponta para o que ele considera um divisor de águas: não se trata somente de defender-se, mas de provocar questionamentos sobre os mecanismos de coerção moral, reputacional e acadêmica existentes no Brasil. Assista:

