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      Tarifaço dos EUA reduz exportações do Brasil em US$ 5,4 bilhões em 2025, diz CNI

      CNI corta previsão do PIB industrial e alerta que tarifas impostas pelos EUA ameaçam indústria de transformação

      Exportações brasileiras para os EUA caíram pela metade desde 2001 (Foto: Divulgação/Porto de Santos)
      Paulo Emilio avatar
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      247 - A Confederação Nacional da Indústria (CNI) reduziu sua estimativa para as exportações brasileiras em 2025, apontando uma queda de US$ 5,4 bilhões em relação ao previsto anteriormente. A informação, segundo o  g1, consta do no Informe Conjuntural do segundo trimestre da entidade, divulgado nesta terça-feira (19). De acordo com os novos cálculos, o valor das vendas externas deve cair de US$ 347,3 bilhões, projetados no início do ano, para US$ 341,9 bilhões. A CNI também diminuiu a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) industrial, que passou de 2% para 1,7%, evidenciando o impacto direto do chamado “tarifaço” dos EUA sobre os produtos brasileiros.

      Para o diretor de Economia da CNI, Mário Sérgio Telles, a nova política comercial dos EUA tem efeito imediato na competitividade da indústria nacional.  “Grande parte da redução nas exportações se deve ao aumento das tarifas dos EUA sobre produtos brasileiros. É importante que essas taxas adicionais sejam reduzidas, pois as medidas compensatórias anunciadas pelo governo são positivas, mas não são capazes de substituir o mercado americano para um número grande de empresas e setores”, afirmou.

      A situação também afeta a indústria de transformação, que deve ter uma expansão ainda menor neste ano. A previsão recuou de 1,9% para 1,5%, refletindo a desaceleração da demanda por bens industriais.

      De acordo com a CNI, fatores internos também agravam o quadro, como os juros elevados e o crescimento das importações, que vêm ocupando espaço no mercado interno.  “A demanda por bens industriais não apresenta o mesmo ritmo do ano passado, o que impactou a produção e o faturamento do setor nos últimos meses. Os juros altos, o ritmo aquecido das importações e a provável queda das exportações – por causa da nova política comercial dos EUA – vão restringir a atividade industrial”, detalhou a entidade, de acordo com a reportagem..

      Mesmo com programas como a Nova Indústria Brasil e o de Depreciação Acelerada, a avaliação é de que a desaceleração será inevitável.  “Mesmo com várias medidas acertadas, o crescimento da indústria de transformação deve cair muito em comparação ao ano passado. Isso se deve, principalmente, à taxa de juros elevadíssima e ao aumento das importações, em parte por causa da política comercial americana”, analisou Telles.

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