Silveira busca investimentos internacionais para o leilão de baterias durante missão à Ásia
Ministro apresenta a investidores estrangeiros o primeiro leilão de armazenamento de energia do país
247 - O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, intensificou nesta semana os esforços do governo brasileiro para atrair investimentos internacionais no setor energético. Durante missão oficial à Indonésia e à Malásia, integrando a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Silveira reuniu-se com grandes companhias chinesas para discutir parcerias tecnológicas e financeiras voltadas ao primeiro leilão de baterias que o Brasil pretende realizar ainda em 2025.
O objetivo é viabilizar um marco regulatório que permita a contratação de sistemas de armazenamento de energia em baterias (BESS) — tecnologia essencial para garantir maior estabilidade ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e ampliar a integração das fontes renováveis, como solar e eólica.
“Estamos preparando o primeiro leilão de baterias do Brasil, que será fundamental para assegurar a estabilidade e a eficiência do nosso sistema elétrico. Esse é um passo histórico rumo a uma matriz ainda mais limpa, segura e inovadora”, afirmou Alexandre Silveira durante os encontros com representantes de empresas asiáticas.
Entre as companhias que participaram das reuniões estiveram Huawei Digital Power, BYD, CATL, Envision, Sungrow, HyperStrong e Hithium Energy Storage, todas com atuação global no desenvolvimento de soluções de baterias de larga escala e redes inteligentes. O ministro destacou que o certame será realizado no escopo do Leilão de Reserva de Capacidade (LRCAP), modelo regulatório que garante potência elétrica disponível ao sistema e que, nesta edição, incluirá um produto específico para armazenamento energético.
Segundo Silveira, o investimento estrangeiro no setor é “estratégico para o futuro da energia brasileira”. O ministro ressaltou que a iniciativa “abre espaço para uma nova fronteira tecnológica, que trará inovação, empregos e mais segurança energética para o país”.
A proposta integra a agenda do governo federal voltada à transição energética justa, inclusiva e soberana, baseada em industrialização verde e inovação tecnológica. A comitiva presidencial busca consolidar o papel do Brasil como liderança global em energias renováveis, reforçando a preparação do país para sediar a COP30, em 2025.


