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      O mercado de trabalho está “voando”, diz economista da FGV

      Segundo Fernando Holanda Barbosa Filho, “o copo está cheio para o trabalhador”

      Carteira de trabalho (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
      Otávio Rosso avatar
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      247 - A taxa de desemprego no Brasil caiu para 5,8% no trimestre encerrado em junho, o menor nível desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o economista Fernando Holanda Barbosa Filho, pesquisador sênior do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), o desempenho do mercado de trabalho é surpreendente. As informações são do jornal O Globo.

      “O mercado de trabalho está voando”, afirmou Barbosa Filho ao comentar os números. Para ele, o conjunto dos dados indica um cenário bastante favorável para os trabalhadores. “Todos os indicadores estão em suas marcas recordes. O copo está cheio para o trabalhador”, destacou.

      Entre os destaques positivos, o economista ressalta que a proporção de pessoas ocupadas em relação à população em idade de trabalhar chegou a 58,8%, a maior já registrada. Além disso, a renda média real dos trabalhadores acumula alta de 3,8% no ano, refletindo o aquecimento do mercado de trabalho — algo que, segundo ele, surpreende, especialmente em um cenário de juros elevados.

      Apesar dos avanços, Barbosa Filho alerta para riscos macroeconômicos. “O desemprego em queda é ótimo para as pessoas e um desafio para a economia”, disse. Segundo ele, o crescimento da renda acima da produtividade tem pressionado a inflação, pois eleva a demanda por bens e serviços além da capacidade de oferta do mercado.

      Barbosa Filho também apontou que o país precisa lidar com um problema estrutural: o baixo crescimento da produtividade. Segundo ele, medidas como aumento da escolarização ou expansão de programas de qualificação profissional ainda não têm surtido o efeito esperado.

      “Não adianta apenas ter mais crianças nos bancos escolares, mas garantir um aprendizado de qualidade e alinhado às necessidades do mercado de trabalho. O mesmo vale para programas como o Pronatec. Atualmente os cursos estão defasados, não adianta preparar uma pessoa para uma atividade que o mercado não demanda”, afirmou.

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