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Na Indonésia, Silveira destaca protagonismo do Brasil no setor de biocombustíveis

Em Jacarta, ministro apresentou a Lei do Combustível do Futuro e destacou o papel estratégico do Brasil no setor

Alexandre Silveira (Foto: Divulgação/MME)

247 - Durante o Fórum de Negócios Indonésia-Brasil, realizado em Jacarta, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ressaltou o protagonismo brasileiro no setor de biocombustíveis e as oportunidades de investimento abertas pela Lei do Combustível do Futuro. O evento ocorreu nesta quinta-feira (23) como parte da Missão Empresarial ao Sudeste Asiático, acompanhando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

De acordo com informações do Ministério de Minas e Energia (MME), Silveira destacou que o Brasil é referência global em bioenergia há mais de meio século, desde a criação do Programa Pró-Álcool, que transformou o perfil do transporte nacional. O ministro reforçou que a política atual busca ampliar a produção de energia limpa e fortalecer as cadeias produtivas locais, reduzindo a dependência de combustíveis fósseis.

“Somos o paraíso dos biocombustíveis. Cerca de um terço da demanda de combustível para transporte no Brasil é atendida por biocombustíveis. É a maior proporção de bioenergia utilizada no setor de transporte em todo o mundo”, afirmou Silveira. Ele acrescentou que 25% de todo o combustível consumido no país tem origem renovável, o que reforça o potencial brasileiro de atrair investimentos no segmento.

Silveira também destacou que a Lei do Combustível do Futuro, elaborada e aprovada no governo do presidente Lula, torna o Brasil um dos ambientes mais favoráveis para negócios no setor energético. “Entre outros atributos, temos a oferecer segurança jurídica e institucional, com marcos regulatórios modernos e robustos, ambiente de negócios simplificado e favorável, mão de obra capacitada e inovação tecnológica”, explicou.

A nova legislação, segundo o ministro, prevê investimentos de cerca de 180 bilhões de dólares até 2037, impulsionando a expansão de indústrias como etanol, biodiesel, SAF (combustível sustentável de aviação), diesel verde, biometano e captura e estocagem geológica de carbono. Silveira ressaltou ainda que a cooperação com a Indonésia no campo dos biocombustíveis pode fortalecer a parceria bilateral, especialmente em tecnologias de mistura de combustíveis.

A Indonésia, por sua vez, consolidou-se como o segundo maior produtor mundial de biodiesel, alcançando em 2024 uma produção de 13,9 bilhões de litros, um crescimento de 5,9% em relação ao ano anterior. O país asiático utiliza majoritariamente óleo de palma como matéria-prima e possui o maior índice de mistura obrigatória de biodiesel do mundo, com 35% do produto incorporado ao diesel desde fevereiro de 2023.

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