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Justiça proíbe Greenpeace de voltar a invadir a JBS

Objetivo era impedir a dupla listagem das ações da empresa, que já gerou ganhos de mais de US$ 400 milhões para o BNDES

Justiça proíbe Greenpeace de voltar a invadir a JBS (Foto: Greenpeace/Divulgação)

247 – A Justiça de São Paulo proibiu o Greenpeace e a Sociedade Mundial de Proteção Animal (SMPA) de realizar novas invasões contra a JBS, após episódio ocorrido em 29 de abril de 2025, quando pessoas ligadas à ONG ambientalista invadiram a sede da empresa em São Paulo. A decisão, assinada pelo juiz Valdir da Silva Queiroz Junior, da 9ª Vara Cível do Foro Central, confirmou que as rés devem se abster de repetir a invasão.

O magistrado Valdir da Silva Queiroz Júnior ressaltou que manifestações pacíficas são protegidas pela Constituição, mas reconheceu que o ato configurou invasão de propriedade, ultrapassando os limites da liberdade de expressão. Assim, a decisão confirmou a liminar que impedia a repetição da ação criminosa.

A invasão de abril

Na manhã de 29 de abril, um grupo de invasores se dividiu em duas frentes: parte se infiltrou entre acionistas, utilizando identidades falsas e veículos alugados, enquanto outro grupo, uniformizado como equipe de manutenção, utilizou escadas e cordas para acessar o prédio. No telhado, estenderam faixas contra a companhia.

Segundo informações da própria empresa, os supostos ativistas recusaram qualquer diálogo e chegaram equipados com mais de R$ 300 mil em materiais para a ação. Oito invasores foram detidos em flagrante, seis deles argentinos, e encaminhados à Polícia Federal. O caso gerou boletim de ocorrência no 33º Distrito Policial, em Pirituba, e abriu investigação sobre os financiadores da ONG, acusada de atuar como organização terrorista contra a economia brasileira.

Impactos financeiros e reação

O objetivo da invasão era manchar a imagem da companhia no momento em que ela buscava a dupla listagem de suas ações nos Estados Unidos. A tentativa de desestabilização fracassou. Entre 9 de junho e 5 de setembro, após a dupla listagem, os papéis da empresa saltaram de US$ 14,07 para US$ 16,07, uma valorização de 14,2%.Esse desempenho trouxe ganhos expressivos para o BNDES, acionista relevante da JBS, que lucrou cerca de US$ 403,7 milhões (mais de R$ 2 bilhões) com a valorização, reforçando a importância da listagem para a economia brasileira.

A decisão judicial expôs o caráter ilegal da invasão promovida pelo Greenpeace e determinou a proibição de novos atos semelhantes. Ao mesmo tempo, os números recentes da valorização da JBS revelam que, apesar das tentativas de sabotagem, a companhia ampliou seu prestígio no mercado internacional, garantindo ganhos bilionários para o Estado brasileiro através do BNDES.

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