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Haddad cita queda do dólar e "safra recorde" e prevê queda dos preços dos alimentos "nas próximas semanas"

Ministro também destacou que 'todos os preços hoje, mesmo elevados no último período, ainda estão abaixo do que no governo Bolsonaro'

Lula e Fernando Haddad (Foto: Reuters/Stephane Mahe | Diogo Zacarias)
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247 - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (7), em entrevista à Rádio Cidade, de Caruaru (PE), que os preços dos alimentos devem cair nas próximas semanas, impulsionados pela desvalorização do dólar e por uma safra recorde prevista para este ano. O ministro também destacou que, apesar dos aumentos recentes, os preços ainda estão abaixo do patamar deixado pelo governo Bolsonaro.

Haddad explicou que a valorização do dólar no final de 2023 teve impacto direto na inflação, mas que essa tendência está se revertendo. "No final do ano passado, tivemos uma ocorrência que foi a eleição do Trump nos Estados Unidos, e isso fez com que o dólar se valorizasse no mundo inteiro. As moedas perderam valor. Agora, se você acompanhar o que está acontecendo, o dólar está perdendo força. Já chegou a R$ 6,30 no ano passado e hoje está na casa dos R$ 5,70 e poucos. Isso também colabora para a redução do preço dos alimentos no médio prazo", afirmou.

O ministro ressaltou que, como os produtos exportados são precificados em dólar, uma moeda norte-americana mais fraca impacta positivamente os preços internos. "Se o produtor aqui está recebendo mais em reais em virtude do dólar ter se apreciado, isso acaba tendo impacto nos preços internos. A política que estamos adotando para trazer esse dólar para um patamar mais adequado também vai ter reflexo nos preços nas próximas semanas", completou.

Haddad também destacou o impacto do Plano Safra, lançado pelo governo Lula no ano passado. "O Plano Safra do presidente Lula no ano passado foi o maior da história, e vamos colher a safra agora, a partir de março. A safra vai ser recorde, vamos colher como nunca colhemos. Tem o ciclo do boi também, que está no final. Isso tudo vai ajudar a normalizar essa situação", explicou.

O ministro ressaltou que o governo tem adotado medidas para ampliar o poder de compra da população e combater a inflação. "Você tem que levar em consideração a situação em que o presidente Lula assumiu. Todos os preços hoje, mesmo tendo sido elevados no último período em função desses fatores – seca, inundação no Rio Grande do Sul, dólar, eleição do Trump e tudo mais – ainda estão abaixo do que o presidente Lula herdou do governo Bolsonaro", afirmou.

Entre as medidas para aliviar o impacto dos preços, Haddad mencionou o aumento do salário mínimo, a correção da tabela do Imposto de Renda e a redução da cotação do dólar. "Vamos continuar tomando as medidas de aumentar o salário mínimo, corrigir a tabela do Imposto de Renda, melhorar o poder de compra do salário, baixar o dólar e melhorar a safra para combater os preços altos", concluiu o ministro.

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