Governo prevê Selic de 13,11% no fim de 2026 no Orçamento
PLOA 2026 enviado ao Congresso aponta trajetória de queda da taxa básica e projeta 13,11% ao ano em dezembro de 2026
247 – O governo federal enviou ao Congresso o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2026 com previsão de Selic em 13,11% ao ano no encerramento de 2026. A proposta foi protocolada nesta sexta-feira e traz também projeções para os anos seguintes, indicando ritmo de queda dos juros até 2029. A informação foi publicada pelo portal Metrópoles.
De acordo com a reportagem, o PLOA 2026 prevê Selic de 13,11% ao ano no fim de 2026; 10,09% em 2027; 8,27% em 2028; e 7,27% em 2029. O texto lembra que a taxa é definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Hoje, a Selic está em 15% ao ano, e ainda não há sinalização clara de início de um ciclo de cortes.
Orçamento de 2026
Segundo o Metrópoles, o orçamento total projetado para 2026 é de R$ 6,5 trilhões. A receita primária estimada é de R$ 3,1 trilhões (23,04% do PIB) e as despesas primárias do governo federal somam R$ 2,6 trilhões (18,81% do PIB). A proposta mantém o limite de crescimento real das despesas em 2,5%, conforme o regime fiscal, e detalha a alocação de recursos entre políticas públicas e custeio.
Enquanto o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), enviado em abril, consolidava parâmetros médios para orientar a elaboração do Orçamento, o PLOA apresenta uma fotografia mais próxima do cenário no momento do envio. Por isso, o PLDO projetava Selic média de 12,56% em 2026, enquanto o PLOA indica 13,11% ao final do ano. Essa distinção ajuda a explicar a divergência aparente entre os dois documentos, embora ambos apontem trajetória de queda da taxa até 2029.
Contexto atual
A taxa básica de juros permanece em 15% ao ano desde a decisão de julho de 2025 do Copom. O comportamento da inflação e das expectativas será determinante para calibrar o ciclo de política monetária e avaliar se haverá espaço para cortes ainda em 2025 ou apenas a partir de 2026.
O PLOA precisa ser analisado pela Comissão Mista de Orçamento e votado pelo plenário do Congresso até o fim de agosto. Durante a tramitação, parâmetros macroeconômicos e metas fiscais podem ser ajustados, mas a proposta já orienta o planejamento dos órgãos federais e a execução orçamentária a partir de janeiro de 2026.