Governo pode socorrer a Azul, que pretende engolir a Gol
Risco de formação de duopólio preocupa setor
247 - O governo federal está estruturando uma nova linha de crédito para companhias aéreas com lastro no Fundo de Garantia à Exportação (FGE), no valor de até R$ 2 bilhões por empresa. A informação é da jornalista Mariana Barbosa, do UOL.
Apesar de estar disponível formalmente para o setor, a medida foi desenhada especificamente para socorrer a Azul, que atravessa grave crise financeira e vem conduzindo movimentações para, eventualmente, engolir a Gol, hoje em recuperação judicial nos Estados Unidos. A Gol não está habilitada a tomar o crédito neste momento, em razão do processo.
A proposta prevê que a Azul use a garantia do FGE para tomar empréstimos no mercado privado com risco zero para os credores, utilizando como lastro a compra futura de combustível sustentável de aviação (SAF), classificada como operação de exportação. O fundo cobrirá 100% da operação. A expectativa é que o Comitê de Financiamento e Garantia das Exportações (Cofig) avalie o pedido no próximo dia 8 de maio.
Risco de concentração preocupa setor
A operação ocorre em meio à crescente especulação de que a Azul articula a fusão com a Gol, o que acenderia o alerta para o risco de concentração de mercado no setor aéreo brasileiro. Caso se concretize, a operação poderá criar um duopólio, deixando apenas Latam e uma Azul-Gol como grandes players, com impactos significativos sobre preços, rotas e concorrência.
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