247 – As companhias aéreas Gol e Azul anunciaram, na noite de quinta-feira (25), o encerramento definitivo das negociações para uma possível fusão de seus negócios. A informação foi publicada em fato relevante divulgado ao mercado e noticiada inicialmente pelo jornal Valor Econômico.
De acordo com os comunicados, a Abra Group Limited, controladora indireta da Gol, e a Azul decidiram encerrar as conversas sobre a combinação de negócios que vinha sendo discutida ao longo dos últimos meses. Além disso, foi rescindido o acordo de codeshare, firmado em maio de 2024, que permitia a integração das malhas aéreas das duas companhias.
Apesar do fim da parceria, as empresas asseguraram que todos os bilhetes emitidos no âmbito da cooperação comercial serão honrados integralmente pelos passageiros que já adquiriram passagens.
<h2>O que levou ao fim das negociações</h2>
Em janeiro de 2024, a Azul e a Abra haviam assinado um memorando de entendimentos como primeiro passo para uma possível fusão, que poderia remodelar o setor aéreo brasileiro. No entanto, segundo as companhias, mudanças no cenário operacional interno e no ambiente competitivo da aviação acabaram inviabilizando a continuidade das tratativas.
Fontes do setor apontam que o aumento de custos operacionais, o cenário de endividamento das empresas aéreas no Brasil e a necessidade de ajustes regulatórios foram alguns dos fatores que dificultaram a concretização do negócio.
<h2>Impacto no mercado aéreo brasileiro</h2>
O fim das negociações interrompe, pelo menos no curto prazo, as expectativas de criação de uma gigante do setor no país. A fusão entre Azul e Gol poderia ter resultado em uma malha integrada de voos domésticos e internacionais, ampliando a competitividade frente a outras companhias como a Latam.
Agora, cada empresa seguirá com sua estratégia própria. A Gol segue sob o controle da Abra, grupo que também é acionista majoritário da Avianca, enquanto a Azul continuará buscando alternativas para fortalecer sua posição no mercado.
<h2>Clientes com bilhetes garantidos</h2>
A principal preocupação dos consumidores era sobre a validade dos bilhetes adquiridos no período da parceria via codeshare. Tanto Gol quanto Azul reforçaram que não haverá prejuízos aos clientes, e os voos comprados continuarão sendo operados normalmente, conforme planejado.

Redação Brasil 247

original

1250x600

610x380

1280x490

300x400

500x240

321x200

square

320x320

thumbnail

viewImage

Economia

Gol e Azul anunciam fim das negociações para união e da parceria via codeshare

Agência Câmara - A Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados promoverá, na próxima terça-feira (23), audiência pública sobre uma possível combinação de preços entre companhias aéreas e a suposta fusão da Gol e da Azul.
O debate foi solicitado pelos deputados Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ) e Daniel Almeida (PCdoB-BA), e será realizado a partir das 14 horas, em plenário a ser definido.
<h2>Denúncias da PGR&nbsp;</h2>
Em 2023, a Procuradoria-Geral da República (PGR) encaminhou ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) denúncias de que a Gol e a Latam estariam praticando valores idênticos nos principais trechos aéreos do país.
"Caso as suspeitas se confirmem, o Cade teria de descobrir uma forma de enquadrar as companhias aéreas", afirma Aureo Ribeiro.
<h2>Fusão&nbsp;</h2>
Já Daniel Almeida quer discutir a possível fusão da Gol e da Azul que, segundo ele, poderia concentrar aproximadamente 60% do mercado.
O parlamentar afirma que o mercado de aviação civil no Brasil já apresenta características típicas de um oligopólio. "Além de barreiras significativas à entrada de novos competidores e da perda de importantes operadores ao longo dos últimos anos."

Leonardo Lucena

Brasília

Câmara debate preços de passagens aéreas e suposta fusão entre companhias

247 - A Azul Linhas Aéreas deu mais um passo em sua estratégia de reorganização de frota e solicitou à Justiça dos Estados Unidos autorização para devolver cinco aeronaves Embraer da geração anterior (E1), atualmente fora de operação. A informação foi divulgada pelo Valor Econômico. O pedido, protocolado dentro do processo de recuperação judicial pelo “Chapter 11”, inclui também a devolução de um motor Pratt &amp; Whitney. <a href="https://brazilstockguide.com/insights/azul-rejects-embraer-leases-bankruptcy/">As informações são do </a>Brazil Stock Guide.
De acordo com o jornal, o caso será analisado pelo juiz Sean H. Lane, da corte de Nova York, em audiência marcada para 21 de outubro. Com esse novo requerimento, a companhia já pediu a devolução de 20 aeronaves não operacionais e nove motores desde que ingressou no processo de recuperação judicial nos EUA, em maio deste ano.
<h3>Reestruturação e liquidez</h3>
O movimento ocorre um dia após a Azul apresentar oficialmente à corte norte-americana seu plano de reestruturação, um documento de mais de 200 páginas. Nele, a empresa detalha a meta de reduzir cerca de US$ 2 bilhões de dívidas e captar aproximadamente US$ 950 milhões em novos recursos para reforçar a liquidez da operação.
No segundo trimestre, a aérea fechou com 186 aviões em operação e pretende reduzir em 35% sua frota futura planejada, abrindo caminho para devolver aeronaves que enfrentam dificuldades de manutenção devido à escassez global de peças.
<h3>Proteção judicial e foco em eficiência</h3>
Pelas regras do “Chapter 11”, a Azul pode escolher quais aeronaves manter em sua frota, reduzindo custos de devolução, enquanto arrendadoras ficam impedidas de reaver os aviões até o fim do período de proteção judicial. Essa margem tem sido utilizada para concentrar a operação nos modelos mais modernos, especialmente os Embraer E2, de nova geração.
A Azul aguarda agora a votação do plano de reestruturação pelos credores, prevista até 1º de dezembro. A audiência de confirmação, quando o juiz decidirá sobre a aprovação final do plano, está marcada para 11 de dezembro.
<h3>Relação com a Gol e atuação do Cade</h3>
A reestruturação também impacta as negociações com a Gol. Embora uma possível união de forças tenha perdido fôlego, ambas as companhias continuam sob análise do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em razão do acordo de codeshare firmado no ano passado.

Luis Mauro Filho

Brasil

Azul amplia devolução de aviões no processo de reestruturação

247 - A Azul Linhas Aéreas Brasileiras S.A. pediu ao Tribunal de Falências dos Estados Unidos para o Distrito Sul de Nova York a aprovação da devolução de três aeronaves adicionais e um motor. A solicitação feita pela empresa é parte de um processo de reestruturação.
O juiz Sean H. Lane analisará o pedido, que foi protocolado em 9 de setembro. Até o momento, a companhia já pediu a devolução de 12 aeronaves e sete motores. A informação foi divulgada pelo <a href="https://valor.globo.com/empresas/noticia/2025/09/11/azul-pede-corte-de-ny-para-devolver-mais-trs-avies-e-um-motor.ghtml">jornal Valor Econômico</a>.
A Azul tem como objetivo a redução de sua frota planejada em 35%. O foco da empresa é retirar modelos Embraer de geração anterior, em um mercado global pressionado pela escassez de peças de reposição.&nbsp;

Em tribunal dos EUA, Azul pede a devolução de três aeronaves e um motor

Por Luciana Magalhaes
BRASÍLIA (Reuters) - As companhias aéreas Gol e Azul devem parar de fazer comentários públicos sobre uma potencial fusão, a menos que estejam preparadas para buscá-la formalmente, disse o presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em entrevista à Reuters.
"Elas deveriam parar de falar de fusão se não vão fazer ou notificar uma fusão", disse o presidente do Cade, Gustavo Augusto, em uma entrevista na sexta-feira à noite.
Na semana passada, o Cade determinou que as empresas têm que notificar formalmente a agência de defesa da concorrência em até 30 dias sobre o acordo de codeshare de maio de 2024 e as impediu de estender a parceria para rotas adicionais antes da avaliação do negócio pelo órgão.
Essa ordem não exigiu que as duas empresas de aviação fornecessem informações sobre uma potencial fusão, mas Augusto deixou clara a preocupação do Cade com o impacto no mercado de planos anunciados prematuramente e posteriormente deixados sem solução.
"Quando é uma empresa que tem ações, que você tem uma posição dominante no mercado e você tem que ter uma preocupação, uma cautela com a sua comunicação, você não deve anunciar uma operação de fusão, aquisição, que não está pronta e não foi apresentada às autoridades reguladoras", disse Augusto.
No início deste ano, Azul e Abra, investidora majoritária da Gol e da Avianca, assinaram um memorando de entendimento não vinculante.
A combinação proposta visa fortalecer as operações, com ambas as companhias aéreas alegando complementaridade de rotas de 90% — uma situação que o Cade precisará verificar caso o negócio for adiante. Em resposta à Reuters na segunda-feira, a Azul afirmou que analisará a decisão do Cade sobre o acordo de codeshare e negou qualquer prática de "gun jumping", na qual as empresas se envolvem em integração pré-fusão sem aprovação regulatória.
A Gol afirmou que o codeshare é uma prática padrão no setor aéreo e acrescentou que a empresa sempre respeitou as decisões regulatórias.
Ambas as companhias aéreas se recusaram a comentar sobre potenciais planos de fusão.
Os principais executivos de ambas as empresas indicaram nos últimos meses que estavam priorizando seus respectivos processos de reestruturação antes de qualquer potencial combinação. As companhias aéreas não abandonaram publicamente a possibilidade de uma fusão.
A Azul entrou com pedido de proteção judicial nos Estados Unidos em maio, poucos dias antes da Gol sair de seu próprio processo de reestruturação.

Aviões da Azul e da Gol no aeroporto Luis Eduardo Magalhães, em Salvador - 03/02/2025


360x640

3000x1800

Gol e Azul devem cessar comentários sobre fusão, diz presidente do Cade

247 - As ações da Azul tiveram forte disparada nesta segunda-feira (8), registrando valorização de 63,4% e atingindo R$ 1,88, segundo informações divulgadas pelo Valor Econômico. O avanço levou os papéis a entrarem em leilão na B3, impulsionados por uma corrida de recompras de investidores que haviam apostado na queda da companhia.
Esse movimento ocorre quando operadores que venderam ações sem tê-las em carteira — esperando lucrar com a desvalorização — precisam recomprá-las às pressas para evitar prejuízos, o que gera uma escalada abrupta dos preços. De acordo com o Valor, o volume de negociação da Azul chegou a R$ 311,1 milhões até as 15h, mais que o dobro do giro total da última sexta-feira (5), tornando-se o quinto maior da Bolsa no dia.
<h3>Recuperação judicial e volatilidade</h3>
A Azul está em processo de recuperação judicial nos Estados Unidos, sob o regime conhecido como Chapter 11. Apesar do salto de 213,3% no último mês, os papéis ainda acumulam queda de 46,8% no ano. Essa disparidade reflete tanto a volatilidade quanto as incertezas do mercado em relação à capacidade da companhia de se reestruturar financeiramente.
<h3>Posição vendida e efeito no mercado</h3>
Um relatório da XP, citado pelo Valor Econômico, aponta que até a última sexta-feira (5) cerca de 21,4% das ações da Azul estavam em posição vendida, ante 19,7% em 22 de agosto. Esse aumento da exposição de investidores ao cenário de queda ajuda a explicar a intensidade da corrida de recompras observada nesta segunda-feira.
<h3>Gol também reage</h3>
O movimento não se restringiu à Azul. As ações da Gol, outra companhia aérea brasileira, avançaram 38,6%, cotadas a R$ 8,40, também em leilão. O volume, porém, foi mais modesto: R$ 8,76 milhões, ainda assim mais que o dobro do registrado na sexta-feira.

Azul salta mais de 60% na Bolsa em corrida de investidores

247 - O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) decidiu nesta quarta-feira (3), <a href="https://brazilstockguide.com/insights/cade-orders-gol-goll4-sa-and-azul-azul4-sa-to-notify-codeshare-deal/">segundo matéria</a> do Brasil Stock Guide, que o contrato de codeshare firmado entre as companhias aéreas Gol e Azul deverá ser formalmente notificado à autarquia no prazo máximo de 30 dias. A medida faz parte de um Procedimento de Apuração de Ato de Concentração (Apac), instaurado para avaliar se a parceria se enquadra nas operações que exigem análise prévia pelo órgão antitruste.
De acordo com o Cade, a decisão não trata de uma fusão entre as duas empresas, mas sim da necessidade de verificar se o contrato deve passar pelo crivo regulatório. O relator do caso, conselheiro Carlos Jacques, destacou que "contratos de codeshare não contam com isenção automática da análise concorrencial, devendo ser avaliados individualmente". Ele apresentou critérios para nortear a atuação do tribunal, como a participação de empresas nacionais, sobreposição de rotas, bilateralidade do acordo e potenciais efeitos equivalentes a fusões, especialmente em relação ao risco de coordenação entre concorrentes.
<h3>Critérios de análise e histórico do Cade</h3>
Em seu voto, Jacques recuperou casos anteriores envolvendo acordos de codeshare, ressaltando que não há presunção de neutralidade antitruste nesses contratos. Para ele, a análise deve ser feita caso a caso, levando em consideração as particularidades de cada operação. O conselheiro também pontuou que acordos entre empresas nacionais em rotas domésticas levantam maiores preocupações do que os firmados por companhias internacionais. Nesse sentido, reforçou que o entendimento aplicado no caso TAM/Qatar não é comparável ao acordo firmado entre Gol e Azul, devido às diferenças de contexto e operação.
<h3>Decisão unânime e consequências para as empresas</h3>
O Tribunal do Cade acompanhou, por unanimidade, o voto do relator, aplicando o artigo 88, §7º, da Lei nº 12.529/2011, que autoriza a autarquia a requisitar a submissão de operações que não se enquadram diretamente como atos de concentração de notificação obrigatória. Até a conclusão da análise, Gol e Azul estão proibidas de expandir o escopo do codeshare. Caso descumpram o prazo de 30 dias para notificação, o acordo deverá ser imediatamente suspenso, assegurando, contudo, as passagens já adquiridas pelos consumidores.

Cade exige notificação de contrato de codeshare entre Gol e Azul

247 - Gol e Azul apresentaram novas manifestações ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) nesta segunda-feira (1º), em defesa do acordo de compartilhamento de voos (“codeshare”) firmado em 2024. A informação foi publicada pelo Valor Econômico. O julgamento do caso está marcado para esta quarta-feira (3).
As manifestações respondem a um estudo do Instituto de Pesquisas e Estudos da Sociedade e Consumo (IPS Consumo), entregue ao Cade em 26 de agosto. O instituto pede que o acordo seja analisado como ato de concentração, apontando queda de 13% na oferta de voos nas 40 rotas em que as duas empresas competiam diretamente, entre o terceiro trimestre de 2024 e o mesmo período de 2025.
<h3>Argumentos das empresas</h3>
A Gol afirmou que o codeshare “não tem o objetivo, nem a capacidade de alterar os incentivos das empresas de concorrerem entre si”. A Azul, por sua vez, classificou o estudo do IPS como “extemporâneo e oportunista” e disse que contém “informações incorretas e destituídas de fundamento”. A empresa também criticou a metodologia, alegando que o levantamento não diferencia rotas sazonais de regulares.
<h3>O julgamento no Cade</h3>
O tribunal do Cade vai decidir se o acordo deve ser tratado como contrato associativo sujeito a notificação obrigatória. As hipóteses variam de aplicação de multa às empresas até a dispensa de qualquer penalidade.
O acordo entre Gol e Azul foi anunciado em maio de 2024. Já em 2025, as companhias informaram intenção de fusão, ainda em fase de pré-notificação no Cade.
<h3>Impacto no setor aéreo</h3>
Segundo o IPS, a Azul reduziu 142 rotas no segundo trimestre de 2025 em comparação ao mesmo período de 2024, chegando a 652. A Gol encerrou o trimestre com 330 rotas, nove a menos que no ano anterior. O estudo avalia que a redução atípica da Azul compromete a conectividade e pode afetar o consumidor.

Gol e Azul defendem acordo de compartilhamento de voos antes de julgamento no Cade sobre possível infração à concorrência

247 - A Azul anunciou que vai reforçar a rota entre o aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), e Orlando, nos Estados Unidos, a partir de novembro deste ano. Serão 52 decolagens mensais em cada sentido, contra as atuais 30. O aumento, superior a 70%, foi revelado em nota divulgada nesta quarta-feira (20). As informações são da<a href="https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2025/08/azul-aumenta-numero-de-voos-para-orlando-apos-encerrar-operacao-em-14-cidades-brasileiras.shtml"> Folha de S.Paulo.</a>
Segundo a empresa, a oferta mensal de assentos no trajeto passará de 9.000 para 15,5 mil. Em dezembro, durante a alta temporada de férias escolares, a Azul promete intensificar ainda mais a operação, com 62 voos mensais na rota. “Serão mais de 18 mil assentos ofertados em cada sentido, garantindo opções e flexibilidade aos clientes que desejam viajar para o destino mais procurado por brasileiros nos Estados Unidos”, afirmou a companhia.
<h3>Crescimento internacional</h3>
A decisão de expandir a malha para Orlando ocorre em meio ao aumento da procura por viagens internacionais. Entre janeiro e julho de 2025, a Azul registrou crescimento de 42,5% no número de clientes transportados para os Estados Unidos, em comparação ao mesmo período de 2024. No total, 216 mil passageiros embarcaram para os aeroportos de Orlando e Fort Lauderdale, ambos na Flórida, saindo de Campinas (SP), Confins (MG), Recife (PE), Manaus (AM) e Belém (PA).
<h3>Crise e cortes no Brasil</h3>
Apesar da expansão para o exterior, a empresa atravessa um processo de recuperação judicial nos Estados Unidos, sob o regime do Chapter 11, desde maio deste ano. O objetivo é reorganizar dívidas e reestruturar as operações. A Azul foi a última das três grandes companhias aéreas brasileiras a recorrer ao mecanismo — Latam e Gol já haviam adotado a medida anteriormente.
No mercado doméstico, a crise levou ao fechamento de operações em 14 cidades brasileiras no primeiro trimestre de 2025. Entre os municípios que deixaram de receber voos da companhia estão Campos (RJ), Mossoró (RN), Três Lagoas (MS) e Ponta Grossa (PR).
A expectativa da Azul é encerrar o processo de recuperação judicial até o fim do ano, mantendo a estratégia de reforçar rotas internacionais de alta demanda como forma de equilibrar as finanças.

Laís Gouveia

Azul amplia voos para Orlando após encerrar rotas em 14 cidades brasileiras

247 - A Azul Linhas Aéreas, uma das três maiores companhias aéreas do Brasil, anunciou que encerrará suas operações em 13 cidades e desativará 53 rotas consideradas de baixa rentabilidade. As medidas integram um amplo processo de reestruturação interna, em andamento desde que a empresa entrou em recuperação judicial nos Estados Unidos, em maio deste ano. As informações são do portal <a href="https://www.metropoles.com/negocios/azul-encerrara-operacoes-em-13-cidades-e-cortara-mais-de-50-rotas">Metrópoles.</a>
Apesar do anúncio, a Azul não divulgou quais cidades e rotas serão afetadas. Segundo a companhia, a estratégia busca concentrar as operações nos principais “hubs” — aeroportos de Viracopos (Campinas), Confins (Belo Horizonte) e Recife —, reduzindo a dependência de conexões intermediárias. No setor aéreo, hubs funcionam como pontos centrais onde passageiros realizam conexões para outros destinos.
Além da redução de cidades atendidas, a Azul também prevê diminuir o número de destinos atendidos por cada base operacional e enxugar voos sazonais, como os que ligam o Brasil a Paris durante o inverno. Os novos voos para Orlando, nos Estados Unidos, serão suspensos. A meta é reduzir a média diária de decolagens de 931 para 836, queda de 10,2%.
A reestruturação também atingirá o serviço de bordo: a empresa planeja substituir refeições tradicionais por caixas (“boxes”) contendo café da manhã ou lanches, em uma tentativa de reduzir custos operacionais.
O processo de recuperação judicial foi iniciado nos EUA pelo mecanismo Chapter 11, que permite que empresas em dificuldades financeiras reorganizem suas dívidas, evitando a falência. A Azul optou pela jurisdição norte-americana por considerar a legislação mais flexível e pelo fato de a maior parte dos credores e contratos estarem vinculados ao estado de Nova York.
Segundo a companhia, a reestruturação envolve US$ 1,6 bilhão em financiamento, a eliminação de mais de US$ 2 bilhões em dívidas e até US$ 950 milhões em potenciais novos aportes de capital após a conclusão do processo. Em julho, a Justiça dos EUA aprovou todos os pedidos apresentados no tribunal, garantindo a continuidade do plano.
De acordo com a Azul, “a aprovação dos pedidos, que já havia sido concedida interinamente na audiência de ‘Primeiro Dia’, garante a continuidade do processo, como planejado pela companhia, na trajetória rumo a uma reestruturação bem-sucedida”.

Azul elimina 53 rotas e suspende voos em 13 cidades para reduzir custos

247 - Um voo da companhia aérea Azul precisou ser desviado para o Aeroporto Internacional de Brasília na noite desta quinta-feira (7), após uma suspeita de bomba a bordo. A informação foi confirmada pela Polícia Federal e pela própria companhia aérea, informa o <a href="https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2025/08/07/voo-da-azul-faz-pouso-de-emergencia-no-aeroporto-de-brasilia.ghtml">g1</a>.&nbsp;
O avião, que realizava o voo AD4816 e partiu de São Luís (MA) com destino ao Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), declarou emergência durante o trajeto e pousou na capital federal por volta das 20h45. A Azul informou, em nota, que a medida foi tomada “preventivamente, devido a questões de segurança envolvendo ameaça de artefato a bordo”. A PF descartou a existência de qualquer explosivo após uma varredura realizada na aeronave, concluída por volta das 2h45 da madrugada desta sexta-feira (8).
Segundo a companhia, todos os 170 passageiros e os tripulantes desembarcaram com segurança. A Azul também garantiu suporte completo aos clientes após a liberação da aeronave pelas autoridades. “Medidas como essas são necessárias para garantir a segurança de suas operações, valor primordial para a Azul”, destacou a empresa.
A Polícia Federal, por sua vez, confirmou em comunicado que foi acionada para averiguar a ameaça e conduziu uma operação antibombas a bordo. A investigação sobre a autoria da falsa ameaça segue em andamento. “As investigações sobre a autoria da ameaça seguem em curso”, afirmou a corporação.
A concessionária Inframerica, responsável pela administração do terminal aéreo de Brasília, ativou seu plano de contingência. Em nota, informou que não houve impacto nas demais operações do aeroporto, que possui duas pistas paralelas — uma delas foi temporariamente suspensa por precaução, mas os pousos e decolagens seguiram normalmente pela outra pista.
Imagens da plataforma FlightRadar24 mostraram que a aeronave realizou uma curva abrupta no espaço aéreo antes de se aproximar do aeroporto brasiliense, indicativo da decisão de emergência.
Os passageiros permaneceram em uma "sala de segurança" no terminal durante parte da noite, enquanto prestavam depoimentos à PF.

Guilherme Levorato

Geral

Voo da Azul faz pouso de emergência em Brasília após ameaça de bomba e mobiliza PF

247 - A Polícia Federal (PF) descartou, na madrugada desta sexta-feira (8/8), a presença de qualquer artefato explosivo em um avião da companhia Azul que precisou realizar pouso de emergência no Aeroporto Internacional de Brasília. A informação foi divulgada pelo porta<a href="https://www.metropoles.com/brasil/pf-descarta-bomba-em-aeronave-da-azul-que-pousou-em-brasilia">l Metrópoles,</a> que acompanha o caso.
O episódio ocorreu na noite de quinta-feira (7/8), quando um bilhete com ameaça de bomba foi encontrado no banheiro da aeronave, levando a tripulação a declarar emergência. O voo AD4816 havia decolado de São Luís (MA) às 18h27 com destino ao Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), onde deveria pousar por volta das 21h30. Após a descoberta da mensagem, o plano de voo foi alterado, e o avião seguiu para a capital federal.
&nbsp;A aeronave aterrissou em Brasília às 20h45, conforme dados do site Flight Aware, que monitora o tráfego aéreo. No local, equipes especializadas realizaram uma varredura antibombas, que confirmou que não havia qualquer explosivo a bordo.
No momento do pouso, 170 passageiros e a tripulação conseguiram desembarcar sem intercorrências. Após a inspeção, a PF liberou o avião para retomar as operações.
As investigações continuam para identificar a autoria da ameaça. Até o momento, a corporação não divulgou detalhes sobre suspeitos ou possíveis motivações para o crime.

Tudo sobre azul