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      Governo Lula monitora possível impacto do tarifaço de Trump no Bolsa Família

      Taxação de 50% anunciada pelos EUA pode elevar inflação e desemprego, forçando reajustes no benefício e ampliando número de famílias atendidas

      Lula e Wellington Dias (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
      Guilherme Levorato avatar
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      247 - O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está em estado de alerta diante da taxação de 50% imposta pelos Estados Unidos a produtos brasileiros, anunciada por Donald Trump no último dia 9 de julho. Segundo o Metrópoles, interlocutores do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome avaliam que a medida pode ter consequências diretas sobre o programa Bolsa Família, tanto no valor dos benefícios quanto no número de famílias atendidas.

      Dentro da pasta responsável pela gestão do principal programa social do país, já circulam projeções preocupantes. O impacto do tarifaço pode se traduzir em aumento da inflação, especialmente nos preços de alimentos, e na eliminação de postos de trabalho. Em uma situação de agravamento econômico, haveria duas consequências diretas: a necessidade de reajustar os valores pagos atualmente aos beneficiários e um aumento da demanda por acesso ao programa, ampliando o número de famílias em situação de vulnerabilidade.

      Apesar de o desejo do governo ser o de ampliar o valor do benefício por razões de justiça social, há o temor de que essa ampliação acabe sendo forçada por fatores externos, como a alta do custo de vida. Isso contraria o objetivo estratégico da atual gestão, que busca gradualmente retirar famílias do programa por meio da elevação da renda e da inclusão produtiva.

      Dólar e extrema pobreza: preocupação adicional - Outro fator monitorado com atenção é o câmbio. Uma escalada no valor do dólar não afeta apenas os preços internos — ela também modifica o critério internacional que define a extrema pobreza, usado por organismos multilaterais. Segundo esse padrão, são consideradas extremamente pobres as pessoas que vivem com menos de US$ 2,15 por dia. Ou seja, quanto mais caro o dólar, maior o número de brasileiros incluídos nessa faixa, mesmo que sua situação de fato não tenha se deteriorado no Brasil. Isso poderia afetar a imagem do país no cenário internacional, especialmente em ano pré-eleitoral.

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