Efeito Lula: Ibovespa bate recorde histórico e ultrapassa 158 mil pontos
Índice fecha em alta pela 15ª sessão consecutiva após divulgação do IPCA de outubro e ata do Copom
247 - O Ibovespa superou nesta terça-feira (11) a marca histórica dos 158 mil pontos, impulsionado pelo desempenho positivo de grandes companhias como Petrobras e Itaú Unibanco, além do clima otimista com a divulgação de balanços corporativos e dados macroeconômicos favoráveis. De acordo com informações da Reuters, o índice atingiu 158.467,21 pontos na máxima do dia, subindo 1,49% por volta de 12h55, e acumulando sua 15ª alta consecutiva — um feito inédito na história do mercado brasileiro.
O movimento foi sustentado principalmente pela valorização das chamadas blue chips, enquanto investidores analisavam a ata mais recente do Comitê de Política Monetária (Copom) e os números do IPCA de outubro. O volume financeiro somava R$ 14,3 bilhões no horário mencionado.
Banco Central indica possível início de corte na Selic em 2026
O Copom reforçou em ata divulgada nesta terça-feira que a manutenção da taxa básica de juros (Selic) em 15% por um período prolongado pode garantir o cumprimento da meta de inflação de 3%. O documento também sinalizou uma melhora na dinâmica inflacionária, com desaceleração nos serviços e retirada do trecho anterior que apontava núcleos de inflação acima da meta.
Economistas do Bradesco interpretaram a comunicação como um indicativo de que o Banco Central está “abrindo espaço para o início do ciclo de cortes no começo do próximo ano”. A instituição financeira projeta redução de 0,25 ponto percentual em janeiro e taxa de 12% ao final de 2026.
Inflação desacelera e surpreende mercado
Segundo o IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,09% em outubro, após alta de 0,48% em setembro. No acumulado de 12 meses, a inflação ficou em 4,68%, abaixo da expectativa de 4,75% dos analistas consultados pela Reuters.
Para a economista-chefe do PicPay, Ariane Benedito, “o resultado de outubro confirma um processo de desinflação mais consistente, com surpresas baixistas concentradas em bens e administrados”. Ela explicou ainda que a difusão se manteve em 52% e que as medidas de núcleo de inflação mostraram novo arrefecimento. Após os dados, Benedito revisou sua projeção para o IPCA de 2024, reduzindo de 4,9% para 4,6%, sustentada pela política monetária e pela estabilidade cambial.

