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Dólar fecha quase estável antes de decisão do Banco Central sobre juros

As preocupações em torno do conflito entre Israel e Irã deram sustentação à moeda norte-americana, mas a divisa teve dificuldades para se manter em alta

Notas de dólar (Foto: Luisa Gonzalez / Reuters)
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SÃO PAULO (Reuters) - A expectativa antes das decisões sobre juros do Federal Reserve e, em especial, do Banco Central do Brasil manteve o mercado de câmbio travado nesta quarta-feira, com o dólar encerrando a sessão muito próximo da estabilidade ante o real, pouco acima dos R$5,50.

O dólar à vista fechou em leve alta de 0,07%, aos R$5,5012, já após o anúncio do Fed, mas com investidores à espera da decisão do BC brasileiro, ainda na noite desta quarta. No ano, o dólar acumula baixa de 10,97%.

Às 17h03 na B3 o dólar para julho -- atualmente o mais líquido no Brasil -- subia 0,10%, aos R$5,5125.

As preocupações em torno do conflito entre Israel e Irã deram alguma sustentação ao dólar nas primeiras horas da sessão, mas a divisa teve dificuldades para se manter em alta ante o real.

Mais do que a disputa no Oriente Médio, o mercado brasileiro manteve o foco nas decisões de juros da “superquarta”, no Brasil e nos Estados Unidos. Por conta disso, investidores pouco se movimentaram durante o dia.

Após marcar a cotação máxima de R$5,5123 (+0,27%) às 9h50, o dólar à vista atingiu a mínima de R$5,4756 (-0,39%) às 11h09. Da máxima para a mínima a variação foi de apenas -0,67%, em um claro sinal de que o mercado de câmbio estava engessado.

A decisão do Federal Reserve, no meio da tarde, pouco alterou o cenário. O Fed informou, como esperado, a manutenção dos juros na faixa de 4,25% a 4,5%, indicando que espera por pelo menos dois cortes da taxa ainda em 2025. Após a decisão, o dólar seguiu oscilando próximo da estabilidade no Brasil.

Mais do que para o Fed, a ansiedade do mercado se manteve voltada para a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, marcada para depois das 18h30, quando os negócios já estarão fechados.

No mercado de renda fixa, a precificação indicava pouco mais de 60% de probabilidade de o colegiado elevar a taxa básica Selic em 25 pontos-base, de 14,75% para 15,00% ao ano. Pouco menos de 40% das chances apontavam para manutenção em 14,75% ao ano.

Com as apostas bastante divididas, os participantes do mercado de câmbio preferiram aguardar pelo Copom.

No exterior, o dólar tinha sinais mistos ante as demais divisas no fim da tarde, sustentando leves ganhos ante uma cesta de moedas. Às 17h12, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,07%, a 98,906.

Pela manhã, em sua operação diária de rolagem, o Banco Central vendeu toda a oferta de 35.000 contratos de swap cambial tradicional.

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