HOME > Economia

Consórcio das chinesas CNOOC e Sinopec vence disputa por área do pré-sal

Petroleiras arremataram bloco de Ametista, na Bacia de Santos, após oferecerem 9% de excedente em óleo à União no 3º Ciclo da Oferta Permanente de Partilha

Plataforma de petróleo operada pela CNOOC (Foto: Divulgação / CNOOC)

247 - As petroleiras CNOOC e Sinopec, duas das maiores companhias de energia da China, conquistaram nesta quarta-feira (22) o bloco de Ametista, localizado na Bacia de Santos, durante o 3º Ciclo da Oferta Permanente de Partilha (OPP), realizado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), no Rio de Janeiro.

Segundo reportado pela Petronotícias, o consórcio chinês, liderado pela CNOOC, com 70% de participação e operação, e pela Sinopec, com 30%, apresentou a única proposta para a área, ofertando 9% de excedente em óleo — percentual que define a parte da produção destinada à União.

O resultado reforça a presença crescente de grupos asiáticos no setor energético brasileiro, especialmente em projetos de exploração do pré-sal, considerado um dos maiores potenciais de produção de petróleo em águas ultraprofundas do mundo.

Sete blocos ofertados no pré-sal

O 3º Ciclo da OPP ofertou sete blocos localizados no polígono do pré-sal, sendo Esmeralda e Ametista na Bacia de Santos e Citrino, Itaimbezinho, Ônix, Larimar e Jaspe na Bacia de Campos.

Ao todo, 15 empresas nacionais e estrangeiras estavam habilitadas a participar do leilão, incluindo Petrobrás, 3R Petroleum, BP Energy, Chevron, CNOOC, Ecopetrol, Equinor, Karoon, Petrogal, Petronas, Prio, QatarEnergy, Shell, Sinopec e TotalEnergies.

A Petrobrás marcou seu retorno aos leilões do pré-sal após dois anos de ausência, arrematando dois blocos (Citrino e Jaspe), um deles em consórcio com a Equinor.

Como funciona a Oferta Permanente de Partilha

A Oferta Permanente de Partilha é hoje o principal modelo de licitação para a exploração e produção de petróleo e gás natural no Brasil. Diferentemente das rodadas tradicionais, esse formato mantém blocos disponíveis de forma contínua, permitindo que empresas apresentem ofertas a qualquer momento, desde que estejam habilitadas pela ANP.

O regime de partilha de produção, em vigor para áreas estratégicas do pré-sal, estabelece que uma parte do petróleo e gás extraídos seja destinada à União — o chamado excedente em óleo.

Nesse modelo, a empresa ou consórcio contratado tem direito a uma parcela da produção suficiente para recuperar seus custos de investimento (o chamado custo em óleo), e o volume restante é dividido entre a contratada e o governo federal. O vencedor da disputa é aquele que oferece o maior percentual de excedente em óleo à União, sempre a partir de um valor mínimo definido em edital.

Artigos Relacionados