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China resiste ao tarifaço de Trump e cresce 5,3% no primeiro semestre

Dados oficiais mostram que a economia chinesa superou desafios externos e registrou crescimento acima da meta estabelecida para 2025

Panorama de Xangai, metrópole chinesa (Foto: Global Times)

247 – A economia chinesa demonstrou forte resiliência no primeiro semestre de 2025, crescendo 5,3% em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados divulgados nesta terça-feira pelo Escritório Nacional de Estatísticas da China (NBS), informou a agência Xinhua.

De acordo com o balanço apresentado pelo NBS, o crescimento econômico manteve-se firme, superando a meta anual de aproximadamente 5% fixada pelo governo chinês. No segundo trimestre deste ano, o Produto Interno Bruto (PIB) teve uma alta de 5,2% na comparação anual, com expansão de 1,1% em relação ao trimestre anterior, mesmo diante das dificuldades impostas pelo cenário externo.

O vice-diretor do NBS, Sheng Laiyun, destacou a importância do desempenho econômico frente aos obstáculos recentes. “Não é fácil alcançar tais resultados em um ambiente internacional turbulento e com aumento claro na pressão externa”, afirmou Sheng, segundo a Xinhua.

Os dados também mostraram que, apesar do aumento significativo nas tarifas impostas pelos Estados Unidos desde abril — chegando a 145% sobre produtos-chave como veículos elétricos —, a China manteve crescimento expressivo nas exportações. Segundo a Xinhua, houve alta de 5,9% nas exportações totais no primeiro semestre, com destaque para o aumento de 5,8% em junho. O desempenho foi impulsionado principalmente pela trégua parcial no conflito tarifário desde maio.

O comércio exterior com diversos mercados se mostrou robusto. As exportações chinesas para os Estados Unidos se recuperaram após a imposição das tarifas, enquanto o comércio com o Sudeste Asiático avançou com crescimento de até 16,8%, evidenciando o dinamismo das relações comerciais da China com outras regiões do mundo.

A Xinhua ressaltou que, apesar das incertezas externas, os fundamentos da economia chinesa seguem sólidos, com avanço contínuo na transformação industrial e na modernização tecnológica. O desempenho da primeira metade do ano reforça a perspectiva de que o país deve alcançar a meta de crescimento prevista para 2025.

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