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BYD inicia distribuição de veículos produzidos em Camaçari na próxima semana

Regime de produção SKD é a etapa inicial da nacionalização dos carros da BYD em Camaçari, com planos de produção local ampliados

Um veículo de nova energia da BYD em exibição em Camaçari, no estado da Bahia, Brasil, em 1º de julho de 2025.  (Foto de Lucio Tavora/Xinhua) (Foto: Lucio Tavora)

247 - A montadora chinesa BYD deu um passo importante na sua expansão no Brasil, com a inauguração de mais uma etapa de sua fábrica em Camaçari, na Bahia. A partir desta quinta-feira (9), a empresa dará início à distribuição de veículos montados localmente. Os carros que estavam parcialmente montados no regime SKD (Semi Knocked Down) começam a ser entregues às concessionárias a partir da próxima semana, dando sequência ao processo de nacionalização da produção no Brasil.

Segundo a Folha de S. Paulo, o início da produção no regime SKD aconteceu na última semana de julho, pouco após a obtenção da licença ambiental necessária. Este modelo de produção, que implica em veículos parcialmente montados, é apenas a primeira fase de um processo mais amplo. 

A empresa já tem planos para avançar para o regime CKD (Completely Knocked Down) em 2026, quando os carros chegarão totalmente desmontados da China. Com isso, a montadora poderá expandir a produção local, o que deve gerar mais incentivos fiscais e reduzir o Imposto de Importação.

Planos de nacionalização e expansão

A BYD está investindo fortemente na nacionalização de sua produção. A empresa anunciou que sua meta é ter 50% dos componentes dos veículos fabricados no Brasil até 2027. Para isso, foi criado o programa "BYD Quer Conhecer Você", cujo objetivo é incentivar a instalação de novos fornecedores na região de Camaçari. Até o momento, a única parceria confirmada é com a Continental, fabricante de pneus.

Apoio governamental e desafios fiscais

O evento de inauguração, contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de autoridades da indústria. Contudo, a BYD enfrentou desafios institucionais ao longo de 2025, especialmente em relação às questões fiscais. Ainda de acordo com a reportagem, no início do ano, a empresa pediu ao governo a redução do Imposto de Importação para kits SKD e CKD, mas a solicitação não foi totalmente atendida. O governo decidiu antecipar a volta da alíquota plena de 35% para janeiro de 2027, embora tenha concedido isenções fiscais temporárias para veículos eletrificados.

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