247 – A Great Wall Motor (GWM), maior montadora privada da China, inaugurou nesta sexta-feira (15/8) sua primeira fábrica no Brasil, localizada em Iracemápolis, no interior de São Paulo. O evento contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin. A notícia foi divulgada pela Agência Gov.
Com previsão de gerar 900 postos de trabalho até o fim deste ano e já com mais de 100 fornecedores nacionais cadastrados, a montadora será a primeira habilitada no Programa Mover para a produção de híbridos plug-in (PHEV) no país. Até 2026, a expectativa é de atingir 60% de conteúdo nacional na produção, com investimentos estimados em R$ 4 bilhões. Entre 2027 e 2032, a empresa deve aplicar mais R$ 6 bilhões, totalizando R$ 10 bilhões no período.
<h2>Lula defende o Brasil como plataforma industrial</h2>
Durante a cerimônia, o presidente Lula ressaltou a importância da nova fábrica para a economia brasileira e incentivou a GWM a ampliar sua atuação na região:
<blockquote>&nbsp;“Façam do Brasil uma plataforma para vocês venderem o produto de vocês na América Latina. E contem com o governo brasileiro, que o que pudermos fazer para que outras empresas e indústrias venham para cá, para gerar empregos, a gente vai fazer”, disse Lula ao presidente da GWM, Mu Feng.</blockquote>
A fala do presidente reforça a estratégia de atrair novos investimentos produtivos e fortalecer a indústria nacional como protagonista no mercado latino-americano de veículos sustentáveis.
<h2>Alckmin destaca inovação e geração de empregos</h2>
O vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin destacou que a chegada da GWM se insere nos objetivos da Nova Indústria Brasil (NIB), política que busca modernizar a base produtiva e impulsionar a transição ecológica.
<blockquote>&nbsp;“A GWM é campeã da inovação e contará com um centro de pesquisa, desenvolvimento e inovação, além de um centro de provas em parceria com a Bosch”, afirmou.</blockquote>
Alckmin também sublinhou a relevância da cadeia automotiva para a economia nacional:
<blockquote>&nbsp;“A indústria automotiva tem uma cadeia longa, capaz de gerar milhares de empregos indiretos. A GWM tem incentivado toda a cadeia produtiva, como a indústria de autopeças, e nós temos os melhores trabalhadores e trabalhadoras do mundo. Tão bons que um trabalhador da indústria virou presidente da República”.</blockquote>
<h2>Capacidade de produção e modelos</h2>
A planta de Iracemápolis inicia sua operação com capacidade de produzir 30 mil veículos por ano, podendo chegar a 50 mil. O foco estará em modelos híbridos e elétricos da linha Haval (H6), Poer e H9, consolidando a GWM como uma das principais protagonistas no setor de mobilidade limpa no Brasil.
Pelo Programa Mover, a empresa deverá investir em pesquisa, desenvolvimento, qualificação profissional e atender metas de eficiência energética, segurança veicular e conteúdo local. Em contrapartida, terá acesso a créditos tributários, mecanismo fundamental para estimular inovação e sustentabilidade.
<h2>Importância estratégica para a economia brasileira</h2>
O setor automotivo brasileiro é um dos pilares da indústria nacional. Em 2024, a produção cresceu 9,7% em relação ao ano anterior, totalizando 2,5 milhões de veículos. O Brasil ocupa hoje a 7ª posição no ranking mundial de mercado automotivo e a 8ª em produção.
As exportações de veículos de passeio atingiram US$ 4,2 bilhões em 2024, tendo Argentina, México, Colômbia, Uruguai e Chile como principais destinos. Atualmente, o setor emprega cerca de 130 mil pessoas diretamente e mais de 1 milhão indiretamente.
Com a chegada da GWM, o Brasil se fortalece como polo estratégico de inovação e sustentabilidade automotiva, reforçando a posição do país como liderança regional em mobilidade verde.

Redação Brasil 247

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Economia

Montadora chinesa GWM vai investir R$ 10 bilhões até 2032

25 de junho (Reuters) - As vendas de carros novos da Tesla na Europa caíram 27,9% em maio, na comparação com o mesmo período do ano anterior, mesmo com o salto de 27,2% nas vendas de veículos totalmente elétricos na região. O modelo atualizado do SUV Model Y ainda não deu sinais de recuperação do desempenho da montadora norte-americana.
As vendas totais de carros na <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Europa+">Europa </a>subiram 1,9%, com o maior crescimento vindo dos modelos híbridos plug-in e dos veículos movidos a combustíveis alternativos, segundo dados da Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA).
<h3>Importância do dado</h3>
As vendas da Tesla na Europa recuaram por cinco meses consecutivos, num cenário em que consumidores migram para modelos elétricos chineses mais baratos e, em alguns casos, boicotam a marca em razão das posturas políticas do CEO Elon Musk.
A participação de mercado da <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Tesla+">Tesla </a>na Europa caiu de 1,8% em maio de 2024 para apenas 1,2% em maio deste ano.
A atualização do Model Y foi projetada para renovar a linha de veículos da empresa diante da ofensiva de montadoras tradicionais e concorrentes chinesas, que têm lançado novos modelos com rapidez, em meio a tensões comerciais.
Mesmo com as tarifas da União Europeia sobre os carros elétricos chineses, as fabricantes da China mantiveram forte desempenho no continente no mês passado. Segundo dados separados divulgados nesta terça-feira pela Jato Dynamics, as montadoras chinesas venderam 65.808 veículos e dobraram sua fatia de mercado para 5,9%.
A BYD registrou quase o mesmo número de veículos da Tesla em maio, após ter ultrapassado a montadora norte-americana em abril.
<h3>Os números</h3>
As vendas de carros novos na União Europeia, Reino Unido e na Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA) totalizaram 1,11 milhão de veículos em maio, após uma queda de 0,3% registrada em abril, segundo a ACEA.
As matrículas da estatal chinesa SAIC Motor subiram 22,5%, enquanto a alemã BMW teve alta de 5,6%. Já a japonesa Mazda registrou queda de 23%.
Somente na União Europeia, as vendas totais de carros acumulam recuo de 0,6% em 2025 até agora.
Esse resultado ocorre apesar da crescente demanda por veículos eletrificados. As vendas de modelos totalmente elétricos (BEV) aumentaram 26,1%, enquanto os híbridos plug-in (PHEV) cresceram 15% e os híbridos elétricos (HEV), 19,8%.
Na UE, os carros BEV, PHEV e HEV juntos representaram 58,9% das matrículas de carros de passeio em maio, ante 48,9% no mesmo mês do ano anterior.
Entre os principais mercados da União Europeia, as vendas de novos carros cresceram 18,6% na Espanha e 1,2% na Alemanha, mas caíram 12,3% na França e 0,1% na Itália.
No Reino Unido, o aumento foi de 1,6%.

Luis Mauro Filho

Projeção em fábrica da Tesla na Alemanha - 23/01/2025

Mundo

Vendas da Tesla desabam 27,9% na Europa em maio mesmo com alta dos carros elétricos

247 - A indústria automotiva global está enfrentando sérios entraves produtivos devido à escassez de terras raras e ímãs de origem chinesa, fundamentais para a fabricação de veículos elétricos e componentes eletrônicos. Segundo reportagem da agência Reuters, restrições impostas por Pequim à exportação desses insumos críticos vêm desorganizando cadeias de suprimentos e levando à suspensão de linhas de produção em diferentes países.
Esses materiais são essenciais em motores elétricos e peças como vidros automatizados e alto-falantes, tornando-se insubstituíveis nas atuais plataformas veiculares. A nova onda de interrupções expõe a dependência estrutural da indústria global em relação aos recursos controlados pela <a href="https://www.brasil247.com/search?term=China">China</a>.
<h3>Fábricas paradas e montadoras sob pressão</h3>
Entre as paralisações mais significativas, está a da Ford, que suspendeu por uma semana, em maio, a produção do utilitário esportivo Explorer na unidade de Chicago. A montadora atribuiu a interrupção diretamente à escassez de terras raras.
Na Ásia, a Suzuki Motor paralisou a montagem do modelo Swift, um de seus principais produtos, desde 26 de maio. A empresa prevê um retorno parcial das operações em 13 de junho, com retomada completa esperada para depois do dia 16. Embora não tenha oficializado os motivos da suspensão, duas fontes ouvidas pela Reuters confirmaram que a medida está relacionada às restrições chinesas. A companhia, por sua vez, preferiu não comentar o motivo exato.
A crise também afetou os fornecedores europeus. De acordo com a CLEPA, associação que representa os fabricantes de autopeças do continente, diversas fábricas e linhas de produção precisaram ser fechadas recentemente em razão da escassez dos insumos.
<h3>Alerta global e riscos no horizonte</h3>
A Bajaj Auto, fabricante indiana de motocicletas e veículos elétricos, fez um alerta direto sobre os riscos de descontinuidade: segundo a empresa, novos atrasos na obtenção de ímãs de terras raras poderão “impactar seriamente” a produção até julho.
O impacto não se limita à linha final de montagem. Grandes fabricantes de autopeças também estão lidando com gargalos em suas cadeias internas. A alemã Bosch relatou que fornecedores têm enfrentado dificuldades adicionais devido à necessidade de documentação extensa para garantir as licenças de exportação chinesas.
Na Alemanha, a ZF — fornecedora de componentes automotivos — declarou que alguns de seus parceiros já sentem os efeitos da escassez, ainda que a empresa, diretamente, não compre matérias-primas. A BMW, por sua vez, afirmou que sua rede de fornecedores foi afetada, mas garantiu que suas próprias unidades continuam operando normalmente.
Na Índia, a Maruti Suzuki declarou que ainda não sofreu impactos imediatos, mas está dialogando com o governo do país para acompanhar de perto o cenário.
<h3>Dependência estrutural e disputa geopolítica</h3>
A situação escancara a vulnerabilidade da indústria global em relação a matérias-primas estratégicas controladas por um único país. Terras raras são um grupo de 17 elementos químicos com propriedades únicas, usados em produtos de alta tecnologia, cuja cadeia de mineração e refino é, em sua maioria, dominada pela China.
As restrições impostas por <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Pequim">Pequim</a>, nesse contexto, têm implicações que vão além da indústria automotiva, refletindo disputas comerciais e geopolíticas em torno da autonomia tecnológica e energética de diversas economias.

Uma visão geral de uma linha de produção da fabricante alemã de automóveis Mercedes-Benz em uma fábrica em Rastatt, Alemanha, 4 de junho de 2025

Mais montadoras anunciam paralisação em produção pela escassez de terras raras

TÓQUIO, 17 de maio (Reuters) - A Nissan está considerando planos para fechar duas fábricas de montagem de automóveis no Japão e fábricas no exterior, incluindo no México, disseram fontes no sábado, como parte de um plano de corte de custos que a empresa sinalizou no início desta semana.
A montadora está considerando fechar a fábrica de Oppama, no Japão, onde a Nissan iniciou a produção em 1961, e a fábrica de Shonan, operada pela <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Nissan+">Nissan </a>Shatai, na qual a Nissan tem 50% de participação, disseram as fontes, o que a deixaria com apenas três fábricas de montagem de veículos no Japão.
No exterior, a Nissan está considerando encerrar a produção em fábricas na África do Sul, Índia e <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Argentina">Argentina</a>, e cortar o número de fábricas no México, disse uma das fontes.
A terceira maior montadora do Japão revelou novos cortes de custos na terça-feira, dizendo que reduziria sua força de trabalho em cerca de 15% e diminuiria o número de fábricas de 17 para 10 em todo o mundo, enquanto busca impulsionar uma recuperação .
O jornal Yomiuri, que foi o primeiro a noticiar o possível fechamento de fábricas no Japão e no exterior pelas montadoras, disse que duas fábricas no México estão sendo consideradas.
A Nissan disse em um comunicado em seu site que os relatos sobre o possível fechamento de certas fábricas eram especulativos e não baseados em nenhuma informação oficial da empresa.
"Neste momento, não faremos mais comentários sobre este assunto", afirmou a Nissan no comunicado. "Estamos comprometidos em manter a transparência com nossos stakeholders e comunicaremos quaisquer atualizações relevantes conforme necessário."
As medidas de recuperação mais agressivas reveladas pelo novo CEO Ivan Espinosa marcam uma ruptura brusca com a estratégia da Nissan sob o comando de seu antecessor Makoto Uchida, que tinha grandes esperanças de expandir a produção global e se recusou a fechar fábricas nacionais.
As vendas da montadora no ano fiscal de 2024 foram de 3,3 milhões de veículos, uma queda de 42% desde o ano fiscal de 2017.
Em seu comunicado no sábado, a Nissan disse que havia anunciado anteriormente que consolidaria a produção das picapes Nissan Frontier e Navara do México e da Argentina em um único centro de produção centralizado na fábrica da Civac no México.
Disse também que anunciou em março que a parceira da aliança francesa Renault, abre uma nova abacompraria sua participação em seu negócio conjunto na Índia, a Renault Nissan Automotive India Private Ltd.
O fechamento de fábricas nacionais seria o primeiro da Nissan desde o fechamento de sua fábrica em Murayama em 2001.
Manter apenas três fábricas nacionais abertas — a fábrica de Tochigi e as fábricas da Nissan Motor Kyushu e da Nissan Shatai Kyushu, no sul da prefeitura de Fukuoka — seria mais do que suficiente para atender ao mercado interno e manter as exportações do Japão, disse uma fonte.
A fábrica de Oppama tem capacidade anual de cerca de 240.000 carros e empregava cerca de 3.900 trabalhadores no final de outubro. Em 2010, tornou-se a primeira fábrica da Nissan a começar a produzir o Leaf, amplamente considerado o primeiro veículo elétrico de massa do mundo.
A fábrica de Shonan, que produz vans comerciais, tem capacidade anual de cerca de 150.000 unidades e emprega cerca de 1.200 pessoas.
Reportagem de Maki Shiraki e Daniel Leussink; Edição de Chris Reese, Sandra Maler, Sam Holmes e Sonali Paul

O logotipo da Nissan é retratado em Cuautitlan Izcalli, México, 30 de janeiro de 2025

Nissan estuda fechar fábricas no Japão e no exterior em plano agressivo de reestruturação

247 - Executivos da Norinco, estatal chinesa especializada em defesa e segurança, tiveram uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta segunda-feira, 12 de maio, em Pequim. O encontro com o diretor da empresa, Cheng Fubo, e sua comitiva não resultou em assinaturas de acordos, mas gerou declarações importantes sobre o futuro da empresa no Brasil. O ministro Rui Costa (Casa Civil) afirmou que a Norinco não enfrentará obstáculos para estabelecer negócios no país, inclusive no que diz respeito a uma possível compra de participação na Avibras. As informações são do jornal <a href="https://www.estadao.com.br/economia/negocios/lula-se-reune-com-norinco-e-estatal-chinesa-pode-atuar-em-seguranca-e-ter-parte-da-avibras/">O Estado de S. Paulo.</a>
A Avibras, fabricante de sistemas de defesa e aeroespaciais, é responsável por tecnologias estratégicas como o sistema Astros, usado pelo Exército Brasileiro. A empresa, que desenvolve um sistema de disparo guiado de foguetes de precisão, enfrenta dificuldades financeiras, com um passivo de mais de R$ 600 milhões, o que motivou sua recuperação judicial em 2022. Em meio a esses desafios, a Avibras tem sido alvo de propostas de compra de empresas de diversos países, incluindo a Norinco.
“Como nação, é importante preservar o capital nacional majoritário em empresas que detêm tecnologia de armamento em desenvolvimento. Não estamos na ponta, mas temos um acúmulo que deve ser protegido”, afirmou Rui Costa. O governo monitora de perto a venda do controle da Avibras e as possíveis consequências políticas de sua desnacionalização, já que o sistema Astros também utiliza componentes fabricados nos Estados Unidos, país que impôs sanções à Norinco. Apesar das preocupações, o ministro negou qualquer veto à venda da empresa.
A Norinco, por sua vez, anunciou que enviará uma delegação ao Brasil até o final de maio para explorar oportunidades de negócios em áreas como defesa, segurança, óleo e gás e mineração. De acordo com a reportagem, o governo brasileiro tem interesse em aplicar a expertise da Norinco em tecnologias de segurança pública, como sistemas de reconhecimento facial, drones e centros de monitoramento. Uma das possíveis parcerias seria no desenvolvimento de um centro nacional de comando e controle, integrando segurança, defesa civil e saúde.
Além do setor de defesa, Lula também se reuniu com executivos de empresas chinesas do setor de energia renovável. O diretor da Envision, Lei Zhang, e o presidente do conselho da Windey Technology, Chen Qi, discutiram parcerias no Brasil para o desenvolvimento de turbinas eólicas, sistemas de gerenciamento de energia e armazenamento. O país enfrenta desafios no equilíbrio entre geração e demanda de energia renovável, e o Ministério de Minas e Energia deve lançar editais para grandes sistemas de armazenamento de energia.
Ainda no setor de energia, Costa anunciou que empresas chinesas irão investir US$ 1 bilhão na produção de combustível sustentável de aviação (SAF) a partir do etanol de cana-de-açúcar, uma parceria que também envolverá a formação de engenheiros e o desenvolvimento de uma cadeia de suprimentos de energia.
O Brasil também avançou em negociações no setor da saúde. Uma nova parceria entre a Sinovac e a Eurofarma expandirá a produção de vacinas e o desenvolvimento de novos medicamentos. Além disso, acordos com a Nortec permitirão a produção de insumos farmacêuticos, enquanto a GAC Motor, fabricante de automóveis, anunciou investimentos de US$ 1,3 bilhão no Brasil, com planos de montar veículos no país, incluindo modelos elétricos e híbridos.

Paulo Emilio

Lula em audiência com representantes da Norinco

Norinco pode entrar no setor de defesa brasileiro e adquirir participação na Avibras

Reuters - A General Motors reduziu sua projeção de lucro para 2025 nesta quinta-feira, após receber esclarecimentos e um alívio da Casa Branca esta semana em relação às tarifas automotivas.
A presidente-executiva da GM, Mary Barra, disse em carta a acionistas que a empresa manterá o diálogo com o governo Trump sobre comércio e outras políticas à medida que elas evoluem.
"Há discussões em andamento com parceiros comerciais importantes que também podem ter impacto", disse Barra.
A montadora de Detroit divulgou a nova previsão dois dias após ter descontinuado uma anterior, de janeiro, que não considerava as tarifas automotivas, e depois que o governo do presidente norte-americano, Donald Trump, fez alterações nelas. As ações da empresa subiam cerca de 1% nas negociações desta quinta-feira.
A montadora prevê lucro operacional ajustado anual entre US$ 10 bilhões e US$ 12,5 bilhões, incluindo uma exposição atual a tarifas entre US$ 4 bilhões e US$ 5 bilhões. Essa exposição inclui cerca de US$ 2 bilhões referentes aos veículos mais baratos que a GM importa da Coreia do Sul, onde produz modelos de entrada das marcas Chevrolet e Buick, informou o diretor financeiro da GM, Paul Jacobson, a analistas em teleconferência nesta quinta. O novo "guidance" da montadora pressupõe que a empresa possa compensar pelo menos 30% dos custos tarifários, disse Jacobson.
"Desde a eleição, nossas equipes de fabricação e cadeia de suprimentos têm se concentrado em desenvolver estratégias para ajudar a mitigar o impacto de potenciais tarifas", afirmou Jacobson. "Essas estratégias estão agora sendo ativamente implementadas... tomaremos medidas adicionais de mitigação, incluindo metas de redução de custos, quando fizer sentido."
A projeção anterior da GM para seu lucro antes de juros e impostos estava entre US$ 13,7 bilhões e US$ 15,7 bilhões. A empresa espera lucro líquido entre US$ 8,2 bilhões e US$ 10,1 bilhões no ano, abaixo da faixa anterior de US$ 11,2 bilhões a US$ 12,5 bilhões. A GM prevê investimentos em torno de US$10 bilhões a US$ 11 bilhões em 2025.

GM corta projeção de lucro para 2025 e prevê impacto de até US$ 5 bi por tarifas

Reuters - O lucro da chinesa BYD no primeiro trimestre aumentou 100,4% em relação ao ano anterior, o ritmo mais rápido em quase dois anos, à medida que a gigante chinesa de veículos elétricos amplia sua liderança no competitivo mercado doméstico, após lançar uma guerra de preços com veículos elétricos inteligentes.
O lucro líquido totalizou 9,2 bilhões de yuans (US$ 1,26 bilhão), conforme registrado em documento divulgado na sexta-feira, dentro da faixa estimada anteriormente pela empresa, de 8,5 bilhões a 10 bilhões de yuans.
A receita alcançou 170,4 bilhões de yuans no trimestre, um aumento de 36,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, embora inferior ao crescimento de 52,7% registrado no trimestre anterior.
A maior fabricante de veículos elétricos da China agitou o mercado nos últimos meses ao oferecer seu sistema de assistência ao motorista chamado "God's Eye" como recurso padrão, sem custo adicional, em toda a sua linha de veículos. Além disso, revelou uma nova plataforma de tecnologia para veículos elétricos com capacidade de supercarregamento.
O aumento da competitividade da <a href="https://www.brasil247.com/search?term=BYD+">BYD </a>pressionou rivais como a Leapmotor, a Geely e a Toyota &nbsp;a seguirem o exemplo, oferecendo veículos elétricos acessíveis com recursos inteligentes.
Ao abrir uma nova frente na guerra de preços em curso no maior mercado automotivo do mundo, a BYD busca ampliar sua liderança no mercado interno, onde respondeu por 13,6% das vendas entre janeiro e março, ante 12,1% no mesmo período do ano passado.
Em contraste, as duas joint ventures da Volkswagen na China viram sua participação de mercado combinada cair para 12,1% no primeiro trimestre, ante 13,7% no ano anterior.
No entanto, no Salão do Automóvel de <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Xangai+">Xangai </a>desta semana, a BYD e outras montadoras evitaram se vangloriar dos recursos avançados de assistência ao motorista, optando por enfatizar a segurança.
Fora do mercado interno, que representa cerca de 90% de suas vendas totais, a BYD tem como meta exportar 800.000 veículos em 2025.
A empresa também está reformulando suas operações europeias, após enfrentar tropeços estratégicos, conforme informou a Reuters.
(US$ 1 = 7,2868 yuan renminbi chinês)
Reportagem de Qiaoyi Li, Zhang Yan, Ethan Wang e Brenda Goh. Edição de Mark Potter.

O logotipo da BYD em uma concessionária em Reze, perto de Nantes, França, em 27 de março de 2025

Lucro da BYD dobra no primeiro trimestre e pressiona rivais com veículos elétricos mais acessíveis

247 - A General Motors (GM) planeja intensificar a produção de picapes leves em sua unidade de Fort Wayne, no estado de Indiana, como resposta direta às tarifas de importação impostas pelo presidente dos <a href="https://www.brasil247.com/search?term=eua">Estados Unidos</a>, Donald Trump.&nbsp;
A informação foi divulgada em primeira mão pela agência Reuters, que teve acesso a uma comunicação interna enviada aos trabalhadores da fábrica.
A decisão estratégica da montadora de Detroit está ligada à nova política tarifária implementada pelo governo Trump, que estipulou uma alíquota de 25% sobre automóveis fabricados fora do território norte-americano.&nbsp;
Para além dos veículos estrangeiros, no entanto, a medida também atinge autopeças e outros insumos essenciais para a montagem de carros, o que já provoca aumento de custos e pressões inflacionárias em diversos segmentos da cadeia <a href="https://www.brasil247.com/search?term=automotiva+">automotiva </a>dos EUA.
A GM, que também produz picapes no México e no Canadá, agora se movimenta para evitar o impacto financeiro dessas tarifas e preservar sua competitividade no mercado.&nbsp;
De acordo com o diretor da fábrica de Fort Wayne, Dennys Pimenta, a empresa poderá incluir dias extras de trabalho no cronograma da planta. “As medidas aumentarão o número de empregos na região com a contratação de várias centenas de trabalhadores temporários”, afirmou uma fonte da empresa à Reuters.
<h3>Taxação de componentes dos veículos gera inflação no mercado</h3>
A guerra tarifária promovida por Trump visa forçar a repatriação de cadeias produtivas e a valorização da indústria nacional, mas já repercute em aumentos nos preços de veículos e componentes, além de gerar tensões diplomáticas com parceiros comerciais como México e <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Canad%C3%A1">Canadá</a>.&nbsp;
Ao mesmo tempo, a decisão da GM representa uma tentativa de adaptação à nova realidade imposta pelo governo, com impactos diretos, a curto prazo, no emprego e na estrutura industrial norte-americana.

Fábrica da General Motors em Ramos Arizpe, México, que exporta veículos para o Canadá e os Estados Unidos - 29/1/2025

GM amplia produção de picapes nos EUA após tarifas impostas por Trump

Reuters - A tarifa de 25% imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre as importações de automóveis pode custar aos consumidores norte-americanos mais de US$ 30 bilhões em preços mais altos de veículos e redução das vendas de automóveis no primeiro ano completo, disse a empresa de consultoria Anderson Economic Group (AEG) em um relatório nesta quinta-feira.
Espera-se que os fabricantes arquem com parte dos custos tarifários no primeiro ano, mas acabarão alterando a produção e possivelmente interromperão a importação de determinados modelos de baixo volume para o mercado dos EUA.
A AEG espera que os fabricantes reduzam o número de modelos vendidos nos EUA, transfiram parte da produção para o país e repassem quase todos os custos relacionados à tarifa para os consumidores.
"Se você estiver procurando um carro novo e encontrar um que lhe agrade, meu conselho é comprá-lo imediatamente", disse o presidente-executivo da AEG, Patrick Anderson.
"Se você tem um carro usado em que confia, meu conselho é garantir que ele tenha uma boa manutenção, pois é provável que você o use por um tempo maior do que o planejado anteriormente."
Trump anunciou uma tarifa de 25% sobre carros e caminhonetes importados no mês passado.
A tarifa abrange mais de US$ 460 bilhões em importações de veículos e autopeças por ano, de acordo com uma análise da Reuters.
Para modelos fabricados ou montados nos EUA, a AEG estimou que as tarifas poderiam custar um adicional de US$ 2.500 a US$ 5.000 para carros econômicos, de US$ 5.000 a US$ 8.000 para veículos de médio porte e de US$ 10.000 a US$ 15.000 para SUVs e modelos de luxo.
Os carros importados da Europa e da Ásia podem ter um impacto tarifário potencial de US$ 8.000 a US$ 10.000 para modelos menores e de até US$ 20.000 ou mais para modelos de luxo, utilitários esportivos e esportivos, estimou a empresa de consultoria.

Automóveis novos em pátio de San Diego, na Califórnia
26/03/2025
REUTERS/Mike Blake

Tarifa automotiva custará mais de US$ 30 bi a consumidores dos EUA no primeiro ano, aponta relatório

247- O setor automotivo brasileiro recebeu em 2024 um expressivo aporte de R$ 3,6 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), conforme noticiado pela <a href="https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painel/2025/01/bndes-aprova-r-36-bilhoes-ao-setor-automotivo-em-2024-maior-valor-desde-2018.shtml">Folha de S. Paulo</a>. Trata-se do maior volume desde 2018 e quase o dobro do registrado em 2023. &nbsp;
O montante, que inclui financiamentos e créditos, foi distribuído em grande parte para as montadoras (R$ 2,2 bilhões) e para o setor de autopeças (R$ 1,4 bilhão), indicando uma estratégia voltada ao fortalecimento da cadeia produtiva. Os dados ajustados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) revelam que, nos dois primeiros anos do governo Lula (PT), o total de recursos destinados pelo banco ao setor automotivo alcançou R$ 5,5 bilhões. Em comparação, os quatro anos do governo de Jair Bolsonaro (PL) somaram R$ 5,85 bilhões, enquanto o governo de Michel Temer (MDB) destinou R$ 5,7 bilhões em dois anos. &nbsp;&nbsp;&nbsp;
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou que os investimentos refletem um compromisso com a modernização da indústria automotiva e com a sustentabilidade. "Ao mesmo tempo que o investimento no setor automotivo fomenta uma cadeia produtiva de alto valor agregado, também estamos incentivando a produção de carros híbridos e elétricos, contribuindo de forma decisiva para a transição energética e a descarbonização".
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), também ressaltou a importância do programa Mover, que promoveu investimentos de R$ 130 bilhões no setor automotivo nos últimos dois anos. Segundo ele, em 2024, o setor registrou crescimento de 15% nas vendas de veículos novos, 11% na produção e a criação de 100 mil postos de trabalho. &nbsp;
As medidas aquecerão o setor automotivo nacional, que já está em ascensão. No ano passado, cresceram significativamente as vendas de veículos novos, usados e também eletrificados, que atingiram um recorde.&nbsp;

Guilherme Levorato

Presidente Lula, Geraldo Alckmin e Aloizio Mercadante

Indústria

Investimento recorde no setor automotivo: BNDES aprova R$ 3,6 bilhões em 2024

247 - O Brasil encerrou o ano de 2024 com um importante avanço na indústria automobilística, recuperando a 8ª posição no ranking mundial de produção de veículos, segundo dados divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). O país ultrapassou a Espanha após registrar um crescimento de 9,7% na produção, alcançando 2,55 milhões de unidades fabricadas. China, Estados Unidos, Japão, Índia, México, Coreia do Sul e Alemanha permanecem à frente do Brasil neste ranking.
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), celebrou a conquista em suas redes sociais. "O Brasil encerrou 2024 com resultados importantes para nossa indústria automobilística. Voltamos a ocupar a 8ª posição entre os maiores fabricantes de veículos do mundo, superando a Espanha. Demonstração clara do aumento da confiança de nossos empresários e consumidores com o trabalho do governo do presidente Lula, por meio de programas como o Mover, para gerar empregos, promover investimentos e fazer a roda da economia girar", destacou Alckmin.
Apesar da melhoria na posição global, a indústria automobilística brasileira ainda enfrenta desafios para retornar aos níveis de produção anteriores à pandemia. Em 2019, antes da crise sanitária, o país produziu 2,94 milhões de veículos. Para 2025, a Anfavea projeta um crescimento de 7,8%, o que pode elevar a produção para 2,75 milhões de unidades, ainda abaixo dos patamares pré-pandemia.
Durante a apresentação dos resultados de 2024, a direção da Anfavea alertou para a crescente concorrência externa, especialmente de marcas estrangeiras, como as chinesas, que têm ampliado sua participação no mercado brasileiro, relata a <a href="https://www.cnnbrasil.com.br/economia/mercado/brasil-passa-espanha-e-volta-a-ter-oitava-maior-producao-de-veiculos-do-mundo-diz-anfavea/">CNN Brasil</a>. Esse cenário levou a entidade a defender a recomposição total das tarifas de importação de veículos eletrificados, prevista apenas para julho de 2026. O presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, ressaltou: “é urgente, uma questão de responsabilidade conosco, com o País, com os investimentos que vêm sendo feitos. Houve um excesso de importação. O mundo fechou, o mundo está elevando as suas tarifas em relação às entradas de produtos. O Brasil precisa fazer, tem que fazer o mesmo”.
Para contornar esses desafios e impulsionar a indústria, a Anfavea está dialogando com o governo e o Congresso sobre a implementação de um programa de renovação de frotas e a antecipação da cobrança de alíquotas sobre veículos híbridos e elétricos importados. Essas medidas são vistas como essenciais para equilibrar o mercado e estimular a produção interna.
Apesar dos desafios, as exportações para a Argentina apresentaram um crescimento de 48%, amenizando a queda geral de 1,3% nas exportações da indústria automotiva brasileira. Esse desempenho reforça a importância de estratégias para ampliar a presença do Brasil em mercados internacionais.
Com essas ações, o setor automobilístico busca retomar o patamar de 3 milhões de veículos produzidos, consolidando o Brasil como um dos principais polos globais da indústria automotiva.

Brasil volta a ter 8ª maior produção de veículos do mundo e Alckmin celebra: "clara confiança de empresários e consumidores"

Agência Gov – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil está pronto para se tornar uma potência econômica. Lula participou nesta sexta (12/4) de cerimônia de inauguração da nova sede da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), em São Paulo.
“O Brasil tem uma oportunidade no século 21 que não teve no século 20. O país está pronto para se tornar uma potência. E não há hipótese de o governo não estar disposto a fazer o que for necessário para o país voltar a crescer, gerar mais empregos e mais renda. Este país pode virar uma grande potência econômica”, disse Lula, durante seu discurso.
Para o presidente, a necessidade de o planeta fazer a transição energética para uma matriz menos poluente é essa oportunidade. “Nós temos que tirar proveito disso”, completou. Lula afirmou estar cansado de o Brasil ser visto como um país em vias de desenvolvimento.
<h3>“Nós precisamos aprender a ser grandes. Isso é gerar sonho na cabeça do nosso povo. A gente não quer um país de gente que só ganhe salário mínimo, que viva do Bolsa Família, em que as pessoas tenham medo de se tornar inúteis com esta revolução digital. A gente quer um país em que as pessoas possam se transformar em cidadãos de classe média, do ponto de vista da formação, do ganho salarial”.</h3>
O presidente esteve acompanhado (na foto de abertura, da esquerda para a direita) dos ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Ricardo Lewandowski (Justiça), Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria e Comércio) e Fernando Haddad (Fazenda). E do presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Moisés Selerges.
No início da cerimônia, o presidente da Anfavea, Marcio Lima, havia afirmado que um discurso proferido por Lula em 2004, na antiga sede da associação, serviu de inspiração para o setor: “Aquela foi mais que uma fala, para nós foi um plano de ação, perseguido desde então pela nossa indústria”, disse Lima.
Naquele discurso, lembrou o dirigente da Anfavea, Lula destacou a importância da indústria automotiva e conclamou o setor à ousadia. “Saímos de uma produção média de 1,6 milhão de carros naquele período e chegamos a 3,4 milhões. E nós vamos voltar àquele patamar, tenha certeza”, completou Lima.
No palco da Anfavaea, um telão, postado atrás dos ministros que acompanharam Lula, exibia a frase “O Maior Ciclo de Investimentos da Indústria Automotiva”. O texto faz referência ao anúncio de investimentos de R$ 125 bilhões até 2033, feito pelas montadoras de veículos. “A razão de existirmos são os investimentos”, afirmou o presidente da Anfavea
<h3>“Eu duvido que houvesse alguém nesta sala, na USP, na Unicamp ou no Vaticano, dois anos atrás, que imaginava que a indústria automobilística fosse anunciar essa decisão de investir”, disse Lula. “Aconteceu alguma coisa: a indústria passou a ter confiança no Brasil, a ter segurança jurídica, estabilidade econômica e social. Isso é tudo o que interessa para quem quer investir e para quem quer trabalhar.”</h3>
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, aproveitou para pedir apoio do setor automotivo para que a proposta de reforma tributária seja aprovada sem novas mudanças no Congresso. “É importante que a indústria esteja alerta para que a reforma não seja desvirtuada. A partir da semana que vem, o momento é de falar com os presidentes Arthur Lira e Rodrigo Pacheco para que a reforma tributária tenha celeridade”, afirmou Haddad.
Segundo o ministro, o presidente deve encaminhar uma mensagem ao Congresso, na próxima semana, pela votação da proposta de reforma tributária. Em sua fala, Lula reforçou o pedido, dirigindo-se à plateia e ao presidente da Anfavea: “Cada um de vocês aqui conhece alguns deputados. Não deixem o Haddad sozinho”.
<h3>Defesa de Padilha</h3>
Outro recado político que marcou a noite foi a defesa do ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais. “O Padilha está num cargo que parece o mais fácil, nos primeiros seis meses. Depois surgem as divergências”, comentou. E garantiu: “Só de teimosia, vai ficar muito tempo no cargo. Não tem ninguém mais preparado que ele para lidar com a adversidade no Congresso Nacional”.
O vice-presidente Geraldo Alckmin, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, destacou que os investimentos anunciados pelo setor automotivo são reflexo de projetos do atual governo como o Nova Indústria Brasil e o <a href="https://agenciagov.ebc.com.br/rede-nacional-de-radio/programas/direto-do-planalto/26-03-24-direto-do-planalto-mover-programa-de-mobilidade-verde.mp3" target="_blank">Mobilidade Verde</a> e Inovação (Mover). Alckmin afirmou que o conjunto dos projetos propõe o desenvolvimento da indústria local a partir do conceito da descarbonização. “Podemos ser um exemplo para o mundo.”
Durante a cerimônia, o presidente da Anfavea já havia destacado o diálogo permanente com os sindicatos dos trabalhadores do setor como um elemento de construção de planos de investimentos. “Quantas rodadas de negociação para discutir acordos com os trabalhadores, e isso nos ensinou muito, aprendemos a nos respeitar.”
Moisés Selerges, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, lembrou de projetos negociados entre as empresas e os sindicatos em outros momentos, como o Proálcool, na década de 1970, e câmara setorial que, na década de 1990, deu origem aos chamados carros populares. “Aquela acordo resultou em estancar uma crise e a reestruturação das fábricas foi feita de forma negociada”, disse Selerges.
Segundo o sindicalista, o desafio atual vai exigir mais do que as propostas já apresentadas. “Falei ao Alckmin que o projeto Mover é muito bom, mas deve ser mais ousado, ir além das metas estabelecidas de investimentos em pesquisa, mas considerar também metas de produção, de vendas internas e de exportação”, afirmou o líder metalúrgico. “O Brasil deve estipular a meta de saltar de oitavo para sexto maior produtor de veículos automotores do mundo”, completou.

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