Brasil tem 433 mil milionários em dólar e lidera desigualdade no mundo, aponta UBS
Relatório do banco suíço revela que país está entre os primeiros em heranças bilionárias e ocupa a 19ª posição global em número de milionários
247 - Um relatório divulgado pelo banco suíço UBS, referência global na administração de grandes fortunas, revelou que o Brasil possui atualmente 433 mil indivíduos com patrimônio superior a US$ 1 milhão — o equivalente a cerca de R$ 5,5 milhões. O levantamento, segundo o jornal O Globo, faz parte da edição anual do estudo Global Wealth Report, que analisou a concentração de riqueza em 56 países.
A liderança no número de milionários em todo o mundo continua com os Estados Unidos, onde vivem 23.831 mil desses detentores de grandes fortunas. Na sequência aparecem a China (6.327 mil) e a França (2.897 mil). O Brasil ocupa o 19º lugar nesse ranking. O documento também chama atenção para uma expressiva transferência de riqueza prevista para ocorrer nas próximas duas décadas, entre gerações ou dentro da mesma faixa etária familiar. Segundo a estimativa do UBS, o volume global transferido deverá ultrapassar US$ 83 trilhões no período de 20 a 25 anos.
Desse total, de acordo com a reportagem, cerca de US$ 9 trilhões dizem respeito a transferências "horizontais", ou seja, entre pessoas da mesma geração. Mas a maior fatia — mais de US$ 74 trilhões — está relacionada a transferências "verticais", que ocorrem entre diferentes gerações, como de pais para filhos.
Os Estados Unidos também lideram nesse campo, com projeção de mais de US$ 29 trilhões em heranças. O Brasil aparece logo atrás, com aproximadamente US$ 9 trilhões em patrimônio prestes a mudar de mãos. Segundo o UBS, esse número elevado se deve, em grande parte, ao tamanho da população brasileira com mais de 75 anos. A China surge em terceiro, com cerca de US$ 5,6 trilhões.
Outro ponto crítico abordado pelo relatório é a desigualdade. O Brasil figura entre os países com maior concentração de renda no topo da pirâmide social pelo Índice de Gini (quanto mais perto de 1, maior a concentração de renda). Junto com a Rússia, o país é considerado uma das economias mais desiguais entre as pesquisadas.
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