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Após cortes do governo, Galípolo defende 'cautela' nos juros

Presidente do Banco Central tabém disse ser contra o uso do IOF como medida fiscal

Gabriel Galípolo (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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247 - O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, elogiou nesta sexta-feira (23) a atuação econômica da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmando que eles são muito engajados em debater a questão fiscal, mas criticou o que qualificou como 'questão política' que afeta os trabalhos dos ministros.

Em seminário organizado pelo Centro de Estudos Monetários da Fundação Getulio Vargas (FGV) e Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), Galípolo afirmou que o governo pode ter uma equipe dedicada a atingir as metas fiscais, mas o canal necessário para 'fazer cortes' ou ajustes fica obstruído pela necessidade de buscar consensos com uma diversidade de agentes, de acordo com a agência Reuters. 

Apesar dos elogios, o chefe da autoridade monetária também criticou o cenário de 'incerteza' e afirmou que o BC não irá fazer movimentos bruscos na política monetária, pregando cautela na condução dos juros. 

As declarações surgem após o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciar uma contenção de R$ 31,3 bilhões no orçamento para cumprir regras fiscais, além de uma elevação de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A última medida foi amplamente rechaçada pela Faria Lima e também por Galípolo.

No seminário, ele disse ser contra o uso do IOF como medida fiscal. Galípolo afirmou que Haddad deve ser 'louvado' por suprimir parte da medida que estabelecia um aumento no IOF poucas horas após o anúncio.

"Cabe a todos nós reconhecer a tempestividade e a agilidade e com que o ministério da Fazenda atuou", disse Galípolo, destacando que as alterações não causaram dano com o mercado fechado.

A Fazenda recuou na noite de quinta-feira (23) de parte das medidas anunciadas horas antes para elevação do IOF, em mudança que deve reduzir o ganho de arrecadação do governo em aproximadamente R$ 6 bilhões até 2026. (Com informações da Reuters). 

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