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      Alimentação e bebidas têm queda de preços pelo segundo mês seguido

      IPCA de julho sobe 0,26%, influenciado por redução em itens da cesta básica como batata, cebola e arroz

      Brasil vai importar arroz para segurar preço (Foto: Marcello Casal Jr/Ag. Brasil )
      Guilherme Levorato avatar
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      247 - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho registrou alta de 0,26%, segundo dados divulgados nesta terça-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pelo segundo mês consecutivo, o grupo Alimentação e bebidas apresentou recuo nos preços, com variação de -0,27% na comparação com junho. 

      O resultado foi impulsionado principalmente pela queda na alimentação no domicílio, que recuou 0,69% no mês. Entre os destaques, a batata-inglesa apresentou retração de 20,27%, seguida pela cebola (-13,26%) e pelo arroz (-2,89%). Sem essa redução nos alimentos, a inflação de julho teria sido de 0,41%. No acumulado de 2025, o IPCA soma alta de 3,26%, enquanto nos últimos 12 meses o índice atingiu 5,23%, abaixo dos 5,35% registrados no período imediatamente anterior.

      Vestuário e comunicação também caem

      Além de Alimentação e bebidas, os grupos Vestuário (-0,54%) e Comunicação (-0,09%) também recuaram. No caso do vestuário, o recuo foi puxado por roupas femininas (-0,98%) e masculinas (-0,87%).

      Transportes: combustíveis em queda, passagens aéreas em alta

      O grupo Transportes acelerou de 0,27% em junho para 0,35% em julho, impulsionado pela alta de 19,92% nas passagens aéreas. Já os combustíveis recuaram 0,64%, com quedas no etanol (-1,68%), óleo diesel (-0,59%), gasolina (-0,51%) e gás veicular (-0,14%).

      Alimentação fora do domicílio em alta

      Enquanto comer em casa ficou mais barato, a alimentação fora do domicílio registrou alta de 0,87%, frente a 0,46% em junho. O lanche subiu de 0,58% para 1,90%, e a refeição, de 0,41% para 0,44%.

      Habitação e energia elétrica pressionam o índice

      O grupo Habitação teve a maior alta do mês (0,91%), com destaque para a energia elétrica residencial, que subiu 3,04% e representou o maior impacto individual no IPCA de julho (0,12 p.p.). O aumento reflete reajustes aplicados por concessionárias em São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, apesar da redução em parte das tarifas no Rio de Janeiro. Em julho, seguiu em vigor a bandeira tarifária vermelha patamar 1, com custo adicional de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos.

      Outros destaques: jogos de azar e saúde

      O grupo Despesas pessoais subiu 0,76%, impulsionado pelo reajuste de 11,17% nos jogos de azar, vigente desde 9 de julho. Já Saúde e cuidados pessoais avançou 0,45%, com destaque para higiene pessoal (0,98%) e planos de saúde (0,35%), refletindo os reajustes autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

      Como é calculado o IPCA

      O IPCA, medido pelo IBGE desde 1980, reflete a variação de preços para famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos, em dez regiões metropolitanas e capitais como Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e Brasília. O índice de julho foi calculado a partir da comparação entre os preços coletados de 1º a 30 de julho de 2025 e os vigentes de 30 de maio a 30 de junho de 2025.

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